
Dr. Ricardo José Rodrigues
Cardiologia
Biografia
Dr. Ricardo José Rodrigues é cardiologista e graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Artigos
A caminhada pode ser usada para ajudar no controle da pressão arterial?
A hipertensão é uma doença cardiovascular marcada por um aumento da pressão arterial acima dos níveis recomendados pelos médicos. É um problema crônico e que precisa ser tratado com medicações e hábitos saudáveis de vida, como uma alimentação com pouco sal, redução da ingestão de gordura e a prática de exercícios físicos, o que inclui a caminhada. Caminhada é indicada no tratamento da pressão alta “A caminhada é uma atividade importante no processo de combate e também na prevenção da hipertensão arterial. Ela auxilia na vasodilatação, que é a dilatação dos vasos sanguíneos, na perda de peso e no controle do estresse, melhorando o condicionamento físico”, afirma o cardiologista Ricardo Rodrigues. A vasodilatação, vale destacar, ajuda a diminuir a pressão arterial. O paciente deve buscar orientação médica antes de iniciar a prática de uma atividade para saber como está sua situação de saúde e, assim, evitar riscos. Além disso, o especialista poderá indicar como a caminhada deverá ser feita. “O ideal é andar na velocidade em que se possa conversar, ou seja, em intensidade moderada”, explica o profissional. 30 minutos por dia de caminhada já fazem a diferença A recomendação dos cardiologistas é começar sem forçar o corpo, progredindo nos treinos gradativamente, sempre com supervisão profissional. O ideal é praticar por pelo menos 30 minutos todos os dias. Conforme o organismo for acostumando, é possível aumentar esse tempo. Para Rodrigues, não há diferença entre caminhar de manhã ou à tarde. No entanto, a caminhada não é a única atividade física recomendada para auxiliar no controle da pressão arterial. Os pacientes podem optar também pela corrida, natação e ciclismo. Junto à caminhada, esses exercícios aeróbicos são os mais indicados para quem está tratando a pressão alta. Foto: Shutterstock
Por que o colesterol costuma ficar alto durante a gravidez?
A gravidez é um período de muitas transformações físicas e mentais no corpo da mulher. Uma delas é o aumento dos níveis de colesterol, uma gordura transportada pelos vasos sanguíneos e que é muito importante para a construção de células e de hormônios, mas que em excesso pode gerar problemas ao organismo. Mudanças hormonais aumentam taxa de colesterol das grávidas “A elevação dos níveis de colesterol é comum na gravidez e pode aumentar em até 60%. O motivo principal são as alterações hormonais de estrógeno, progesterona e do hormônio placentário”, explica o cardiologista Ricardo Rodrigues. É preciso também destacar outros fatores que também favorecem o aumento do colesterol, como hipotireoidismo e diabetes gestacional. O médico afirma que, de maneira geral, não existem maiores riscos para a saúde da mãe e do bebê, com exceção dos casos em que a mãe é portadora da hipercolesterolemia familiar, uma doença transmitida geneticamente em que o colesterol aumenta significativamente. O tratamento desse problema é feito com substâncias não recomendadas durante a gravidez e a lactação. Os riscos do aumento do colesterol na gravidez “Os riscos mais frequentes são o desenvolvimento da aterosclerose e o aumento de fenômenos trombóticos, como trombose de veia e embolia pulmonar”, destaca Rodrigues. Já em relação ao bebê, segundo o cardiologista, existem descrições de início de estrias de gorduras nas artérias do recém-nascido, que representa o início da aterosclerose. Para o profissional, uma alimentação saudável é a chave para controlar e reduzir os níveis de colesterol durante a gravidez com segurança. Ele aconselha diminuir o consumo de produtos com gordura saturada e aumentar a ingestão de fibras, mantendo o peso e praticando exercícios recomendados para a gravidez. Há também a possibilidade de uso de resinas que impedem a absorção do colesterol. Dr. Ricardo José Rodrigues é cardiologista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)e atua em Londrina (PR). CRM-PR 11852 Foto: Shutterstock