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Dr. Quelson Coelho Lisboa

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O excesso de gases pode ser um sintoma da intolerância à lactose?

A produção excessiva de gases pode se tornar algo bastante incômodo e, dependendo da situação, pode até mesmo ser constrangedor. Os gases são produzidos normalmente pelo organismo, mas em quantidades exageradas são capazes de se transformar em um problema para saúde, indicando erros na alimentação e intolerâncias, como à lactose. Intolerância à lactose provoca dor, diarreia e náuseas Segundo o gastroenterologista Quelson Coelho Lisboa, um dos sintomas mais comuns da intolerância à lactose é o excesso de gases intestinais: “Na intolerância à lactose, não se consegue digerir a lactose que é ingerida. Quando essa lactose chega não digerida no intestino ela é fermentada pelas bactérias intestinais. Essa fermentação gera muitos gases, principalmente de hidrogênio”. O excesso de gases, no entanto, não é o único sintoma da intolerância à lactose. “Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos e gases. Pode-se usar medicações que atacam os sintomas, como analgésicos para dor abdominal, antiemético para náuseas e simeticona para os gases”, explica o médico, que complementa dizendo que estas medidas são apenas paliativas. Mudanças na alimentação ajudam a diminuir gases Para realmente diminuir a quantidade de gases, é preciso mudar a dieta, de modo a retirar a lactose dos pratos consumidos e evitar outros alimentos conhecidos por aumentar a produção de gases, como feijão, ervilha, repolho e refrigerantes – uma nutricionista poderá auxiliá-lo nesta tarefa. Outras atitudes que ajudam são beber água durante a refeição e realizá-las com calma, mastigando bem a comida. Dr. Quelson considera importante diferenciar a intolerância à lactose da alergia ao leite. “A alergia ao leite é, na verdade, alergia uma proteína presente no leite. Os bebês podem nascer com essa alergia e ter vários sintomas ao ingerir a bebida. O problema pode, com o tempo, ir diminuindo e a criança, já maior, consegue tomar o leite normalmente”, explica. Já a intolerância à lactose acontece, na maioria das vezes, na adolescência ou vida adulta, quando o intestino começa a diminuir a produção da enzima que digere a lactose. Foto: Shutterstock

Quando a flatulência passa a ser motivo de preocupação?

A produção de gases pelo organismo e sua posterior eliminação resultam da digestão dos alimentos, em um processo considerado normal pelos médicos e especialistas. No entanto, é preciso estar atento a certos sintomas: em alguns casos, gases podem causar dores e a flatulência se tornar um motivo de preocupação que deverá ser investigado. Excesso de gases deve ser investigado por um médico “Durante a digestão, o intestino produz, normalmente, uma certa quantidade de gases que são expelidas em forma de flatos. Porém, sempre que a flatulência incomodar a pessoa, ela deve procurar um médico para uma avaliação”, explica o gastroenterologista Quelson Coelho Lisboa. O excesso de gases, por exemplo, além de embaraçoso, pode indicar um problema de saúde. “O principal motivo para a produção de gases em excesso é alguma intolerância alimentar, principalmente intolerância à lactose ou intolerância ao glúten”, afirma o profissional. Uma das medidas que podem ser indicadas para minimizar os sintomas é retirar essas substâncias da alimentação. Flatulência associada à febre e dores abdominais é suspeita Em alguns pacientes, uma grande quantidade de gases pode estar associada à dor abdominal e à prisão de ventre, que podem indicar desde alteração no número de bactérias no sistema gastrointestinal até a presença de parasitas. Há ainda outros sintomas considerados suspeitos: febre, diarreia, perda de peso sem explicação e fezes escuras e com cheiro forte. Em outros casos, entretanto, a flatulência pode ser o único sintoma. Além da intolerância, a flatulência também pode ser sinal de problemas alimentares. “Outras causas estão relacionadas à alimentação, principalmente com a ingestão de bebidas gaseificadas, como refrigerantes, ou o sorbitol que é um produto natural que funciona como adoçante”, cita Lisboa. A síndrome do intestino irritável, muito associada à ansiedade, também é um problema preocupante e que gera excesso de gases. Foto: Shutterstock

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