
Dr. Paulo Roberto Dias dos Santos
Ortopedia e Traumatologia
Biografia
Dr. Paulo Roberto Dias dos Santos é formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, fez especialização em Ortopedia e Traumatologia na Escola Paulista de Medicina (Unifesp), onde também fez doutorado em Ciências, pelo Departamento de Ortopedia e Traumatologia. Realizou curso de Terapia por Ondas de Choque na International Society for Medical Shockwave Treatment, na Áustria, além de estágios em Berlim e em Viena (Treinamento em Ondas de Choque). É chefe do Grupo de Ondas de Choque do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp, responsável pelo Ambulatório de Ondas de Choque de Medicina Esportiva da mesma instituição, sócio de um centro médico de tecnologia avançada, onde também é o responsável pelo Curso de Ondas de Choque.
Artigos
Como sofrer menos com as dores nas costas?
A dor nas costas, conhecida também como lombalgia afeta mais de 80% da população mundial em algum momento da vida. Mais de 60% das pessoas que sofrem com dores nas costas acabam aceitando e convivendo com a dor e não procuram tratamento e, por isso, este mal tem impactado tanto na saúde da população. O QUE PODE CAUSÁ-LA Esta dor está relacionada a um conjunto de causas como, por exemplo, fatores sociodemográficos (idade, sexo, escolaridade e renda), estilo de vida (sedentarismo, tabagismo e má alimentação), estado geral de saúde e ocupação (trabalho que exige esforço físico intenso, realização de movimentos repetitivos, etc.). Estudos recentes descrevem o sedentarismo como o maior causador das dores nas costas, ganhando até mesmo de pessoas que trabalham utilizando força física intensa diariamente, o que chama a atenção para a necessidade de ser mais ativo1. COMO SOFRER MENOS COM AS DORES NAS COSTAS O tratamento para reduzir as dores nas costas dependerá da causa e estado de saúde da pessoa, por isso, é importante não se acostumar com esta situação e buscar avaliação profissional desde os primeiros incômodos na região. As opções para tratar este tipo de dor são muitas, mas as principais alternativas baseiam-se no uso de medicamentos, fisioterapia, realização de exercícios liberados e acompanhados por um profissional habilitado e acupuntura, por exemplo. A melhor opção para o tratamento será escolhida pela equipe de saúde, de acordo com as características pessoais de cada um. Antes de procurar ajuda é importante identificar o padrão da dor e se é agravada por movimentação, ou determinada postura, por exemplo, pois estas informações ajudarão na escolha do diagnóstico. Referências: Paulo Roberto Carvalho do, Costa. Leonardo Oliveira Pena. Prevalência da dor lombar no Brasil: uma revisão sistemática [online] Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol. 31 nº6Jun/ 2015 p.:1141-1155. [acesso em 20/06/2017] Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v31n6/0102-311X-csp-31-6-1141.pdf Coluna: cartilha para pacientes [online] Sociedade Brasileira de Reumatologia. [acesso em 20/06/2017] Disponível em: http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha%20Coluna.pdf
Osteoartrite: por que as articulações começam a desgastar na terceira idade?
Dores, inchaço, rangidos e dificuldade de movimentar certas partes do corpo são alguns dos sintomas da osteoartrite. A doença é também chamada de artrose e de osteoartrose e provoca o desgaste da cartilagem que reveste as articulações, podendo gerar alterações na estrutura óssea da região afetada. Por trás do desgaste articular Esse desgaste é causado, na maior parte dos casos, pelo envelhecimento natural do corpo somado ao uso repetitivo da articulação. É por isso que a doença é mais comum em idosos, mas também pode surgir em quem pratica esportes, como futebol e basquete, e está mais suscetível à ocorrência de lesões traumáticas. Existem ainda outros fatores que podem provocar o surgimento da osteoartrite. “Um dos principais motivos para o desenvolvimento da doença é a herança genética, mas a obesidade e a sobrecarga mecânica nas articulações também podem levar à destruição articular”, afirma o ortopedista Paulo Roberto Dias dos Santos. Outras consequências da osteoartrite Além das dores e da diminuição dos movimentos corporais, a osteoartrite também provoca a atrofia muscular. Com isso, há um aumento nos riscos de quedas e de fraturas. Em alguns casos, quando os joelhos e o quadril são afetados, pode haver a necessidade de realização de cirurgia para a colocação de uma prótese que substitua a articulação. É importante que o paciente procure auxílio médico assim que perceber os sintomas da doença para que o tratamento seja iniciado. Existem medicamentos que aliviam os sintomas e melhoram o quadro clínico. “Medidas coadjuvantes, como perder peso e evitar sobrecargas mecânicas nas articulações atingidas, além da reabilitação física, também são capazes de ajudar o paciente”, alerta o médico.
Remédios contra osteoporose podem ser usados de forma preventiva?
A osteoporose é um dos principais problemas ósseos da atualidade e vem despertando cada vez mais a atenção de autoridades médicas brasileiras por causa do aumento da população idosa no país. A doença surge por diversos fatores, mas é parte do envelhecimento natural do corpo e atinge principalmente as mulheres depois da menopausa. A preocupação com a doença alerta para a necessidade de acompanhamento médico. A osteoporose costuma ser silenciosa, sem causar dor ou sintomas, somente apresentando evidências de sua presença quando um osso é fraturado. Nesse sentido, a prevenção é fundamental para evitar que o problema surja e gere diversas complicações para o organismo. Como agem os medicamentos contra osteoporose “Os medicamentos utilizados no tratamento da osteoporose podem ser consumidos de forma preventiva em pacientes que fazem uso prolongado de corticosteroides e que tenham massa óssea diminuída, desde que haja indicação médica”, afirma o ortopedista Paulo Roberto Dias dos Santos. Existem diversos tipos de medicamentos que atuam contra a osteoporose. Alguns deles têm como foco a diminuição da reabsorção óssea. Ou seja, eles procuram impedir que ocorra a destruição do osso. Já outros estimulam a formação óssea e alguns combinam as duas formas de ação. Todos eles apresentam um objetivo em comum: melhorar a resistência do esqueleto. Outras formas de prevenção Além do uso de medicamentos, existem ainda outras formas de prevenção contra a osteoporose. “Sabe-se hoje da importância da ingestão adequada de cálcio e vitamina D, além da prática de exercícios físicos regulares e de uma vida saudável”, explica o médico. É importante também se expor com segurança à luz solar para que o cálcio seja fixado no osso.
Bico de papagaio: médico explica condição comum em pacientes com artrose
Bico de Papagaio” é uma expressão popular, que se refere ao osteófito, uma das alterações que acontecem na artrose ou osteoartrite diagnosticada na coluna das pessoas. Vamos entender um pouco mais sobre essa condição que pode provocar dor nos pacientes. O surgimento do “bico de papagaio” se dá após o desgaste das cartilagens entre as vértebras da nossa coluna. Esse desgaste faz com que haja um crescimento de uma ponta do osso vertebral, ou seja, uma espécie de biquinho que pode ser visto por meio das radiografias. “O bico de papagaio é uma formação de tecido ósseo que surge junto ao bordo da articulação. Pode se formar devido ao envelhecimento, processo degenerativo, traumatismo ou por instabilidade mecânica. Uma das causas mais frequentes acontece na osteoartrite devido ao desgaste da articulação”, explica o ortopedista Paulo Roberto Dias dos Santos. Tratamento para o “bico de papagaio” Ainda segundo o médico, o fato de um paciente ter a osteofitose, como também é conhecida a doença, não significa que ele terá dores em todos os casos. No entanto, fatores como vida sedentária e obesidade aumentam os riscos de ocorrer alguma “sintomatologia dolorosa”. O tratamento recomendado pelos profissionais é a prática de atividades físicas, policiamento da postura no dia a dia e alguns medicamentos. De acordo com o Dr. Paulo Roberto, produtos à base de condroitina e glicosamina são alguns dos mais usados neste processo.
Veja algumas dicas para manter a disposição e o preparo físico na terceira idade
O aumento da expectativa de vida registrado no Brasil e no mundo nos últimos anos é consequência do avanço do conhecimento sobre o tratamento de doenças, além de uma maior conscientização sobre a necessidade da prevenção e do acompanhamento médico desde a infância até à velhice. A população brasileira é representada por um número cada vez maior de idosos. Isso chama atenção para a importância da adoção de hábitos saudáveis no dia a dia. Apenas assim será possível fazer com que o aumento na expectativa de vida seja acompanhado por uma melhor qualidade de vida. Exercícios, alimentação e hábitos saudáveis Existem diversos cuidados com o corpo que devem ser tomados ao longo da vida, a fim de garantir a disposição e o preparo físico na terceira idade. “Manter hábitos saudáveis na vida cotidiana que passam por aspectos nutricionais, evitando-se o sobrepeso. Deve-se resistir à ingestão exagerada de álcool, tabagismo e outras drogas que levam a muitos problemas e à dependência física”, destaca o ortopedista Paulo Roberto Dias dos Santos. O também ortopedista Lucio Nakada, acredita que para se manter bem na terceira idade é fundamental manter o corpo sempre em movimento: “A recomendação mais importante é nunca deixar de praticar exercícios físicos e sempre procurar o médico para checkups preventivos.” Atividades físicas ajudam a reduzir o risco de desenvolver doenças, como a osteoporose, diabetes e hipertensão. Saúde e felicidade andam lado a lado A disposição e a saúde física na terceira idade também são consequências dos cuidados com as questões psicológicas. “Atividades sociais e pessoais que levam ao bem-estar mental certamente ajudam a ter uma velhice mais saudável e feliz”, afirma Dr. Paulo Roberto. Portanto, a recomendação é não se isolar dentro de casa, mas sim manter contato com familiares e fazer grupos de amigos.
Glicosamina e condroitina: quais são benefícios para o tratamento da artrose?
Suplementos de glicosamina e condroitina têm sido utilizados no tratamento da osteoartrite, geralmente realizado com medicações e realização de atividades físicas leves. A doença, que também é conhecida como artrose, provoca um desgaste na cartilagem e alterações nas articulações e nos ossos, o que pode causar muitas dores. Glicosamina e condroitina Um paciente diagnosticado com osteoartrite tem suas cartilagens, como as dos joelhos, desgastadas, fazendo assim que haja um choque entre os ossos da região afetada pela doença. A glicosamina e condroitina são aliadas no processo de abrandamento das dores. “Estudos científicos têm demonstrado benefícios do uso combinado da glicosamina e condroitina na redução da dor e melhoria da mobilidade articular em pacientes que fazem uso contínuo deles”, afirma o ortopedista Paulo Roberto Dias. Ainda segundo o Dr. Paulo Roberto, em uma análise de grupo feita com 3.000 pacientes em 2016 (Rodionova), demonstrou que o uso combinado dos suplementos com anti-inflamatórios diminuiu a necessidade destes após um mês de terapia. “O uso prolongado de glicosamina e condroitina parece trazer maiores benefícios para o alívio da dor”, conclui o médico. Tratamento paralelo Além da suplementação, algumas atividades físicas são recomendadas como parte do tratamento. Musculação sem impacto ou sobrecarga nos joelhos, caso seja a região crítica, fortalecem os músculos e auxiliam a manutenção da mobilidade da articulação afetada. “O controle do peso do corpo também é um item de suma importância para controle da osteoartrite”, alerta Paulo.