
Dr. Paulo Kanaji
Ortopedia e Traumatologia
Biografia
Dr. Paulo Kanaji é graduado em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Ribeirão Preto e em Ortopedia Pediátrica e Reabilitação na AACD de São Paulo.
Artigos
Como o médico analisa o risco de o paciente sofrer uma fratura óssea?
A osteoporose é uma doença que afeta pessoas a partir da meia-idade, especialmente as mulheres, provocando uma perda progressiva da massa óssea. Como consequência, essa condição deixa os ossos fracos, podendo uma causar fratura óssea. O ortopedista Paulo Kanaji explica como os profissionais da área avaliam os riscos de um paciente com osteoporose fraturar um osso. Capacidade do idoso de se equilibrar influencia risco de fratura óssea “Durante o processo de envelhecimento biológico, não apenas o osso, mas todas as estruturas componentes do aparelho locomotor são atingidas, ocorrendo alterações na estrutura óssea, nos músculos, nas articulações e nos tendões, nas várias regiões do organismo”, afirma o médico. Segundo o especialista, existem vários fatores de risco identificados como possíveis causadores de quedas em pacientes idosos e que favorecem uma fratura óssea: déficit visual e auditivo, alteração da marcha, equilíbrio, déficit cognitivo, uso de medicamentos, particularmente cardiovasculares e psicotrópicos, doenças degenerativas das articulações, fraqueza muscular e demências são alguns exemplos. É possível diminuir o risco de fraturas ósseas? A partir da análise de risco, o médico deverá orientar o paciente e os familiares sobre o que fazer para evitar uma fratura óssea. “Os aspectos sociais e cuidados com o ambiente dos idosos são fundamentais para diminuir os riscos de queda e, consequentemente, o risco de fraturas. A ideia de proporcionar um ambiente físico seguro ao idoso é extremamente importante para lhe garantir qualidade de vida e independência funcional”, destaca Dr. Kanaji. Para isso, é importante instalar pisos antiderrapantes e barras de apoio no banheiro, corrimãos nas escadas e dar preferência a móveis com cantos arredondados. Outra ação destacada pelo ortopedista envolve a programação de ações educativas e preventivas, como fazer exercícios físicos, o que ajuda a fortalecer os ossos e os músculos e, consequentemente, reduz o número de idosos internados por fratura.
Osteoporose: Quais são as consequências de uma fratura para um paciente idoso?
As fraturas ósseas são consideradas a principal complicação da osteoporose, doença que enfraquece os ossos a ponto de torná-los suscetíveis a quebras. Essas fraturas atrapalham a rotina de qualquer pessoa, mas nos idosos, elas podem ser mais graves, causando sérios prejuízos à saúde. Confira as consequências das fraturas na terceira idade. Hospitalização é uma das consequências das fraturas nos idosos “Restrição de mobilidade, incapacidade funcional, isolamento social e insegurança são consequências comuns das fraturas, que podem culminar em outros eventos prejudiciais à saúde e à qualidade de vida dos idosos. A fratura no idoso também tem como consequência a alta taxa de hospitalização e internação de longa permanência, além do aumento da mortalidade“, afirma o ortopedista Paulo Kanaji. O especialista explica que pacientes que precisam ser internados em decorrência de uma fratura estão sujeitos a infecções hospitalares, principalmente devido à dificuldade de administrar antibióticos no tecido ósseo e à necessidade de repetidas intervenções, como a retirada da prótese. “A incidência é ainda maior em idosos que já apresentam outros focos de infecção em locais como pele, dentes e trato respiratório e urinário”, completa o médico. Mudanças em casa ajudam a evitar acidentes e fraturas ósseas Para prevenir acidentes capazes de causar uma fratura, existem alguns cuidados simples que ajudam a melhorar a qualidade de vida na terceira idade. A primeira delas é estar sempre em contato com um especialista, como recomenda Dr. Kanaji: “O mais indicado é consultar um médico para identificar o problema e iniciar o tratamento, pois a doença é silenciosa e o paciente não sente dores”. Praticar exercícios físicos que visam o fortalecimento da musculatura e dos ossos também é importante para evitar as consequências de uma fratura. Pequenas alterações na casa do idoso também são bem-vindas: “Promover mudanças em casa para que ela fique bem iluminada, sem tapetes que possam escorregar e, de preferência, ter interruptores ao alcance das mãos e corredores largos, já que muitos idosos usam bengala e andadores”. Vale lembrar que o banheiro é o ambiente de maior risco para os idosos, já que cerca de 60% das quedas acontecem no trajeto da cama para o banheiro. Por isso, se o idoso morar sozinho, é indicado o uso de fraldas geriátricas para que não haja a necessidade de se levantar durante a noite. Além disso, instalar pisos antiderrapantes, inclusive dentro do box, e barras de apoio são atitudes importantes na prevenção de acidentes.
Artrose e osteoporose: entenda as diferenças entre as doenças ósseas!
Você sabia que artrose e osteoporose não são a mesma coisa e que existem várias particularidades que distinguem essas duas doenças? É super comum que muita gente confunda essas patologias por serem condições que afetam o sistema musculoesquelético, do qual ossos e articulações fazem parte. Mas, quem é médico e especialista no assunto sabe exatamente como distinguir esses problemas. Para comemorar a Semana da Osteoporose e pensando em te ajudar a entender o que é artrose e o que é osteoporose, convidamos o ortopedista Paulo Kanaji para uma entrevista. O especialista esclareceu os sintomas de cada doença e recomendou o tratamento ideal para esses quadros. Veja só! Artrose e osteoporose: quais são as diferenças entre as duas doenças? Se por um acaso você pensou que artrose e osteoporose se tratavam do mesmo problema, não se sinta mal, pois muitas pessoas fazem a mesma confusão. Mas, o especialista Paulo Kanji garante que essas doenças são bem diferentes em praticamente todos os pilares, desde os sintomas, as causas até as formas de tratamento. O que é artrose? Também conhecida como osteoartrite, é uma condição que causa o desgaste da cartilagem que cobre as articulações, estruturas que ligam os ossos. A doença é resultado de um processo natural que acontece ao longo dos anos, mas pode ser acelerado pelo esforço repetitivo, pela obesidade e por doenças reumatológicas. Entre os principais sintomas de artrose estão dor, inchaço e rigidez. “Com o tempo, a cartilagem pode se desgastar completamente, fazendo com que os ossos se toquem, provocando dor intensa e limitação de movimentos”, explica Dr. Kanaji. O que é osteoporose? Se a artrose atinge as articulações e a cartilagem, a osteoporose afeta a densidade e a estrutura óssea. Isso significa dizer que, com o passar do tempo, os ossos ficam mais fracos e propensos a fraturas. “Os ossos se tornam porosos e mais finos, de modo que mesmo um pequeno impacto ou uma queda podem causar uma fratura. As áreas mais frequentemente afetadas pela doença são a coluna vertebral, os quadris e os punhos”, afirma o médico. Sintomas de osteoporose não são comuns, aparecendo apenas quando ocorre uma fratura. Outra diferença entre artrose e osteoporose está na faixa etária em que cada doença começa a se desenvolver. “A artrose é mais comum em pessoas a partir dos 65 anos, enquanto a osteoporose é bem comum em mulheres após a menopausa e em homens mais velhos”, esclarece o ortopedista. Como tratar artrose? É importante focar na melhora das articulações O tratamento da artrose envolve uma combinação de medidas, incluindo mudanças na rotina e uso de medicamentos, mas com o diferencial na realização de terapia física. “Mudanças no estilo de vida ajudam a aliviar a dor e a melhorar a função articular e podem incluir perda de peso, exercícios de fortalecimento muscular e fisioterapia voltada para melhorar a mobilidade e reduzir a dor. A terapia ocupacional também ajuda a adaptar o ambiente doméstico para facilitar as atividades diárias”, afirma Dr. Kanaji. Mas, além desses métodos não invasivos, também existem cirurgias para pessoas com artrose grave e que não melhoram com outras terapias. Entre as opções de procedimentos cirúrgicos que podem ser feitos estão a substituição total ou de parte da articulação afetada por uma prótese. Vale destacar que o tratamento de artrose é individualizado e depende das necessidades e circunstâncias de cada pessoa. Tratamento de osteoporose: ortopedista recomenda mudanças no estilo de vida Dr. Kanaji explica que o tratamento de osteoporose tem como objetivo reduzir o risco de fraturas e melhorar a densidade óssea: “O tratamento pode envolver uma combinação de mudanças no estilo de vida, incluindo uma dieta saudável e rica em cálcio e vitamina D, exercícios usando o peso corporal, exercícios de fortalecimento muscular, medicamentos e terapia de substituição hormonal”. Todas essas medidas ajudam a preservar a saúde dos ossos. A terapia de redução hormonal (TRH) pode ser uma opção para mulheres na menopausa, já que a redução dos níveis de estrogênio após esse período é um dos principais fatores da perda óssea, mas é preciso cautela. “A TRH pode ajudar a aumentar a densidade óssea e reduzir o risco de fraturas, mas também tem grandes chances de aumentar o risco de câncer de mama e outros efeitos colaterais”, alertou o médico. É importante frisar ainda que o tratamento de osteoporose é individualizado e depende das necessidades e circunstâncias de cada pessoa. É importante consultar um médico para discutir as opções de tratamento e encontrar a melhor abordagem para você. Pontos de atenção da artrose e osteoartrite Tanto a artrose quanto a osteoporose podem piorar se não forem tratadas o quanto antes. Dr. Kanaji conta que, caso isso aconteça, a osteoporose pode aumentar o risco de fraturas dolorosas e debilitantes: “Fraturas ósseas podem levar a complicações graves, como incapacidade física e até morte em alguns casos. No entanto, com o tratamento adequado, é possível reduzir o risco de fraturas e melhorar a densidade óssea”. Já a artrose pode causar dor, limitando a capacidade de uma pessoa de realizar atividades cotidianas, como andar pela casa ou subir escadas. No entanto, o médico garante que a artrose não é uma doença com risco de vida e o tratamento pode ajudar a aliviar a dor e melhorar a função articular. Um diagnóstico precoce é capaz de devolver a qualidade de vida do paciente. Não negligencie sua saúde! Procure ajuda profissional se sentir algo de errado e faça acompanhamento médico regularmente para detectar qualquer problema precocemente.
A osteoporose tende a se manifestar mais tarde em homens? Por quê?
A osteoporose é uma doença que afeta tanto os homens quanto as mulheres, embora sua principal complicação seja mais frequente no sexo feminino: segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo, 1 a cada 3 mulheres com mais de 50 anos sofre uma fratura óssea, contra 1 a cada 5 homens da mesma idade. Neles, a osteoporose costuma se manifestar mais tarde. Descubra os motivos logo abaixo. Osteoporose é menos frequente entre os homens “A osteoporose no sexo masculino, pode ser mais agressiva e perigosa do que no feminino, porém também é mais tardia, já que o pico de massa óssea (reserva de osso) ocorre entre 18 e 40 anos, mais tarde que na mulher, quando o pico fica entre 14 e 30 anos. Os homens ainda atingem um pico de massa óssea 8% a 10% maior que as mulheres”, afirma o ortopedista Paulo Kanaji. Entretanto, isso não significa que os homens só devem se preocupar com as medidas de prevenção na terceira idade. Quanto mais cedo, melhor. Essas medidas envolvem o consumo adequado de alimentos ricos em cálcio e vitamina D ao longo de toda a vida, prática regular de exercícios físicos e exposição à luz solar diariamente pela manhã ou no fim da tarde e são ainda mais importantes para quem tem um ou mais fatores de risco. Como é o diagnóstico da doença nos homens? Assim como nas mulheres, a osteoporose geralmente não causa sintomas nos homens. Esta situação, aliada à menor frequência dos homens nos consultórios médicos, pode dificultar o diagnóstico precoce. “É possível descobrir a doença por meio da avaliação dos fatores de risco e de alguns exames, como o de densitometria óssea, que mede a massa óssea do possível portador e estuda o metabolismo ósseo”, informa o especialista. É possível desconfiar que o paciente é portador de osteoporose quando surgem fraturas ou microfraturas, que causam dores agudas no local. Outra forma de identificar a doença, segundo Dr. Kanaji, é observar se o paciente está ficando corcunda e se está perdendo altura progressivamente, outras consequências da osteoporose.
Osteoporose: Quais são as consequências de uma fratura para um paciente idoso?
As fraturas ósseas são consideradas a principal complicação da osteoporose, doença que enfraquece os ossos a ponto de torná-los suscetíveis a quebras. Essas fraturas atrapalham a rotina de qualquer pessoa, mas nos idosos, elas podem ser mais graves, causando sérios prejuízos à saúde. Confira as consequências das fraturas na terceira idade. Hospitalização é uma das consequências das fraturas nos idosos “Restrição de mobilidade, incapacidade funcional, isolamento social e insegurança são consequências comuns das fraturas, que podem culminar em outros eventos prejudiciais à saúde e à qualidade de vida dos idosos. A fratura no idoso também tem como consequência a alta taxa de hospitalização e internação de longa permanência, além do aumento da mortalidade“, afirma o ortopedista Paulo Kanaji. O especialista explica que pacientes que precisam ser internados em decorrência de uma fratura estão sujeitos a infecções hospitalares, principalmente devido à dificuldade de administrar antibióticos no tecido ósseo e à necessidade de repetidas intervenções, como a retirada da prótese. “A incidência é ainda maior em idosos que já apresentam outros focos de infecção em locais como pele, dentes e trato respiratório e urinário”, completa o médico. Mudanças em casa ajudam a evitar acidentes e fraturas ósseas Para prevenir acidentes capazes de causar uma fratura, existem alguns cuidados simples que ajudam a melhorar a qualidade de vida na terceira idade. A primeira delas é estar sempre em contato com um especialista, como recomenda Dr. Kanaji: “O mais indicado é consultar um médico para identificar o problema e iniciar o tratamento, pois a doença é silenciosa e o paciente não sente dores”. Praticar exercícios físicos que visam o fortalecimento da musculatura e dos ossos também é importante para evitar as consequências de uma fratura. Pequenas alterações na casa do idoso também são bem-vindas: “Promover mudanças em casa para que ela fique bem iluminada, sem tapetes que possam escorregar e, de preferência, ter interruptores ao alcance das mãos e corredores largos, já que muitos idosos usam bengala e andadores”. Vale lembrar que o banheiro é o ambiente de maior risco para os idosos, já que cerca de 60% das quedas acontecem no trajeto da cama para o banheiro. Por isso, se o idoso morar sozinho, é indicado o uso de fraldas geriátricas para que não haja a necessidade de se levantar durante a noite. Além disso, instalar pisos antiderrapantes, inclusive dentro do box, e barras de apoio são atitudes importantes na prevenção de acidentes.