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Dr. Mauro Luís de Mello Ferreira

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É possível transmitir o herpes mesmo sem a presença de feridas?

Feridas na pele de fundo avermelhado com vesículas agrupadas sobrepostas e que depois se rompem são os principais sintomas do herpes. “O herpes simples é uma dermatovirose crônica. Pode se apresentar na região genital, causada principalmente pela cepa HSV-2 , ou extragenital, sendo a boca o local mais comum, causada pelo HSV-1”, afirma a dermatologista Gabriela Itimura. Mas, é possível transmitir a doença sem a manifestação desses sintomas? Herpes provoca feridas, dor e ardência na pele Segundo a especialista, no período de ausência de lesões, o vírus está latente no tecido nervoso e não é transmitido. No entanto, além das feridas, o herpes provoca outros sintomas, menos detectáveis. “Há ardência e dor local. É nessa fase que ele é contagioso e pode ser confundido com candidíase, herpes zoster e pênfigo”, alerta a médica. Na primeira vez que surgem, os sintomas são mais intensos e o paciente pode apresentar até mesmo febre. O contato com o HSV-1 pode se dar logo na infância, enquanto a transmissão do HSV-2, por ser uma doença sexualmente transmissível, acontece geralmente a partir da adolescência, com o início da vida sexual. Medicações antivirais combatem o vírus do herpes Em alguns casos leves, as lesões tendem a desaparecer sozinhas, mas em outros, mais graves ou com episódios de crise mais demorados, é necessário intervir. Entre as opções de tratamento estão o uso de medicações antivirais – classe de remédios que age especificamente contra vírus, com diversos tipos de ações -, suplementação de lisina e produtos de uso tópico para diminuir o incômodo provocado pelas lesões. É preciso se cuidar, no geral, já que a infecção é crônica e o vírus pode voltar a provocar sintomas no mesmo paciente. Por outro lado, Gabriela traz uma boa notícia: “Vacinas estão em fase avançada de estudo, sendo uma perspectiva para as pessoas que sofrem com as lesões recidivantes”, afirma a médica. Por enquanto, evitar o estresse, a exposição exagerada ao sol e a baixa imunidade, além de uma dieta rica em lisina, são algumas das formas de evitar que os sintomas reapareçam. Como melhorar a imunidade e prevenir o reaparecimento da infecção? Para reforçar a imunidade, evitar o aparecimento dos sintomas do herpes e melhorar a resposta do organismo a outras infecções, como a causada pelo novo coronavírus (COVID-19), algumas ações são importantes. É necessário, por exemplo, manter uma alimentação balanceada e rica em ferro, zinco, selênio e nas vitaminas A, D e E. O ferro pode ser encontrado em boas quantidades no feijão, na couve, no espinafre e no agrião, enquanto o selênio está na composição do frango, da gema do ovo e da castanha-do-pará e o zinco em alimentos de origem animal, no gérmen do trigo e grãos integrais. A vitamina A, por sua vez, está presente em alimentos de cor laranja, como a cenoura e o mamão, enquanto a vitamina E é encontrada na semente do girassol, no abacate, na manga, em nozes e amêndoas. Já a vitamina D é sintetizada em grande parte a partir do contato direto com a luz solar, mas alimentos de origem animal também são fontes. É o caso de carnes, ovos e do leite. Praticar exercícios físicos também ajuda a melhorar a imunidade. Durante o período de quarentena, dê preferência aos que podem ser praticados dentro de casa, como pilates, flexões, abdominais, agachamentos e levantamento de peso. Além disso, é fundamental fazer corretamente o tratamento de outros problemas de saúde e cuidar da saúde mental. Quando pensar em COVID-19? A COVID-19 é uma doença causada por um tipo de coronavírus conhecido como SARS-CoV-2, que apresenta principalmente sintomas respiratórios muitas vezes semelhantes a quadros gripais. Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca, sendo que alguns pacientes podem ter dores no corpo, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Em alguns casos também pode causar tosse com catarro. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. O sintoma mais importante que deve fazer os pacientes procurarem um serviço de saúde é a falta de ar ou dificuldade de respirar, que pode significar uma piora do quadro pulmonar. Referências: Wei-jie Guan et al. Comorbidity and its impact on 1,590 patients with COVID-19 in China: A Nationwide Analysis. MedRxiv 2020. Ministério da Saúde. https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3 acessado em 13/04/2020.

Hipertensão: Quanto tempo os remédios demoram para controlar efeitos da doença?

Como a hipertensão é uma doença que dificilmente provoca sintomas, seguir as recomendações médicas sobre como utilizar os medicamentos e adotar hábitos de vida mais saudáveis são de extrema importância para evitar complicações, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Respeitar as orientações de um especialista torna o tratamento mais eficaz e ajuda a evitar problemas, já que cada medicamento tem um período para efetivamente controlar os efeitos da doença. Medicamentos para hipertensão começam a fazer efeito em 40 minutos Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão exige que o coração trabalhe de uma forma muito mais intensa para distribuir o sangue por todo o corpo. Como consequência, ao passar pela parede das artérias, o sangue exerce uma pressão muito maior do que em organismos saudáveis, exigindo tratamento específico para controlar esse problema. De acordo com a cardiologista Caroline Nagano, o tempo de ação dos medicamentos depende se a administração é feita via oral, a forma mais comum, ou diretamente na veia. “Pela via oral, cada medicação pode ter seu tempo de início e de pico variados, porém levam em torno de 40 minutos, em média, para começar a fazer efeito agudo”, afirma a especialista. Já para que o medicamento cause um efeito crônico, ou seja, de controle efetivo da pressão arterial, é preciso mais tempo. “Em média, são necessárias quatro semanas para avaliar o efeito da medicação no organismo, tempo necessário para ele fazer as modificações e entrar em equilíbrio”, explica a profissional. Anti-hipertensivos de ação rápida são utilizados para emergências Levando em consideração esse tempo, o médico pode receitar um remédio de ação mais rápida para um paciente cujo quadro é mais grave, quando abaixar a pressão com maior rapidez se faz necessário. No entanto, este tipo de situação não é o mais comum, ocorrendo geralmente em casos de emergência e em setores de terapia intensiva. Caroline diz que a diminuição abrupta da pressão pode provocar até mais prejuízos que o aumento. A ação dos medicamentos nem sempre é a mesma, variando de acordo com a classe a qual a medicação pertence. “Cada um age em uma via do nosso organismo que está envolvida com o aumento pressórico, como rins, hormônios, sistema nervoso, vasos sanguíneos, já que a hipertensão é uma doença multifatorial”, ressalta a médica. Muitas vezes, é preciso mais de um medicamento para obter o controle da pressão, atuando em diferentes sistemas do corpo. Conheça outras medidas que ajudam a controlar a hipertensão No entanto, como já foi dito, o tratamento da hipertensão não é feito apenas com o uso de medicações. Recorrer a outras medidas para o controle do problema também é muito importante, especialmente durante a pandemia do novo coronavírus, já que pacientes com hipertensão fazem parte do grupo com mais chance de ter casos graves da COVID-19. O vírus pode, por exemplo, levar à necrose pulmonar e miocardite (inflamação do músculo do coração). O paciente com pressão alta deve buscar um estilo de vida saudável, começando pela alimentação: é fundamental diminuir o consumo de alimentos gordurosos e processados e reduzir a ingestão de sódio. Para isso, evite exagerar na ingestão de queijo, mortadela, pão francês, macarrão instantâneo, pipoca de micro-ondas e temperos. Já a soja, a aveia, a castanha e os alimentos ricos em ômega 3, como o salmão, ajudam a melhorar saúde cardiovascular. Evitar o estresse, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e fazer exercícios físicos regularmente são outros pilares do tratamento. Para o período da pandemia de COVID-19, é importante priorizar exercícios que podem ser feitos dentro de casa, como polichinelos, agachamentos, flexões, abdominais e pilates. Quando pensar em COVID-19? A COVID-19 é uma doença causada por um tipo de coronavírus conhecido como SARS-CoV-2, que apresenta principalmente sintomas respiratórios muitas vezes semelhantes a quadros gripais. Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca, sendo que alguns pacientes podem ter dores no corpo, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Em alguns casos também pode causar tosse com catarro. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. O sintoma mais importante que deve fazer os pacientes procurarem um serviço de saúde é a falta de ar ou dificuldade de respirar, que pode significar uma piora do quadro pulmonar. Referências: Wei-jie Guan et al. Comorbidity and its impact on 1,590 patients with COVID-19 in China: A Nationwide Analysis. MedRxiv 2020. Ministério da Saúde. https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3 acessado em 13/04/2020.

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