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Dr. Mauricio Raffaelli

Ortopedia e Traumatologia

Biografia

Dr. Mauricio Raffaelli é médico formado pela Faculdade de Medicina do ABC e se especializou em Ortopedia e Traumatologia e em Cirurgia de Ombro e Cotovelo pela Irmandade Santa Casa de São Paulo (Pavilhão Fernandinho Simonsen). É membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC). É ainda membro internacional da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS) e do corpo editorial da ACTA of Shoulder and Elbow Surgery. Atua como preceptor na especialização em Cirurgia de Ombro e Cotovelo, no Instituto NAEON, serviço credenciado na formação em Cirurgia de Ombro e Cotovelo pela SBCOC.

Artigos

Quais são as principais contusões musculares que podem acontecer durante a prática de esportes?

Por mais que a prática esportiva seja uma forma importante de condicionar o corpo e torná-lo mais resistente, o esforço repetitivo, principalmente na mesma região, tende a gerar desgaste, o que pode culminar em algum tipo de lesão. As contusões musculares são muito comuns entre os esportistas e podem ser classificadas em alguns tipos. “As lesões musculares são descritas em graus de lesão, ou quantidade de fibras musculares acometidas. O grau 1, ou estiramento, gera um acometimento pequeno de fibras (até 5% das fibras musculares); o grau 2, popularmente conhecido como distensão, resulta em um acometimento maior de fibras lesadas, porém não ultrapassando 50% das fibras musculares. Já o grau 3, ou ruptura, provoca um acometimento maior do que 50% das fibras musculares”, informa o ortopedista Mauricio Raffaelli.   Causas e riscos das contusões musculares esportivas   Segundo o especialista, essas lesões costumam ocorrem potencialmente por dois fatores: trauma (agressão direta ao músculo acometido) ou sobrecarga muscular (excesso de atividade). “Este segundo fator é o famoso ‘overtraining’, sobrecarga aguda com atividade maior que o suportado pela musculatura”, afirma Raffaelli. O médico aponta que as contusões musculares estão relacionadas com aproximadamente 50% dos afastamentos das atividades esportivas, o que deixa claro que seu impacto na função muscular e articular é muito grande. “Uma musculatura agredida dificulta ou impede um movimento articular normal e as atividades do membro acometido, seja por não conseguir realizar os movimentos (em caso de rupturas musculares), inchaço ou dor”.   Tratamento das contusões musculares esportivas   O tratamento dessas lesões varia de acordo com o grau de lesão presente, local acometido e necessidade de atividade física do atleta. Segundo o ortopedista, as lesões musculares, em geral, são tratadas com repouso, uso de medicação para alívio da dor e inflamação local, fisioterapia para melhora da função muscular e retorno à atividade física. “Em casos muito seletos em que exista uma lesão mais grave, a cirurgia pode ser necessária”, conclui.     Foto: Shutterstock

Costureira de Minas Gerais alivia dores da osteoartrite com tratamento

Diversos fatores podem favorecer o desenvolvimento de osteoartrite e um deles é o sobrepeso. Suportar os quilos extras no dia a dia por si só já é complicado e pode ficar ainda pior caso o indivíduo tenha o hábito de fazer movimentos desgastantes, como abaixar e levantar com frequência. Para tratar a doença, neste caso, é necessário que o tratamento contemple não apenas o uso de medicamento mas também o emagrecimento.   “A redução de peso protege, principalmente, as articulações de carga (coluna, quadris, joelhos, tornozelos e pés), diminuindo o esforço na utilização destas articulações. Consequentemente, isso resulta no prolongamento da vida da cartilagem”, explica o ortopedista e traumatologista Maurício de Paiva Raffaelli.   Interromper tratamento da osteoartrite pode fazer dores voltarem   Esta situação aconteceu com a costureira e dona de casa Célia Fátima F. R., de 59 anos, que vive em Miraí (MG). Ela conta que, no passado, esteve bem acima do peso e que começou a sentir bastante dor no corpo, especialmente na coluna e no joelho. Por conta disso, iniciou um tratamento medicamentoso que durou cerca de oito meses. “Após este período, o médico com quem eu me consultava na época decidiu que eu já poderia parar com o remédio. Fiquei bem durante um tempo, porém, mais recentemente, voltei a sentir dores e fui investigar de novo. Acabei sendo diagnosticada com osteoartrite e tive que retomar o tratamento com o mesmo remédio, mas dessa vez acompanhada por outro profissional”, afirma Célia.   Manutenção da dieta é essencial para sucesso do tratamento   Célia voltou a tomar o medicamento há cinco meses e, nesse tempo, ela vem notando algumas melhoras. “A dor nas costas que antes era insuportável agora já está bem menos intensa. Ainda incomoda, mas de fato melhorou em comparação com o que era antes. O mesmo vale para o joelho”. Além disso, ela mantém a dieta que já havia sido indicada no primeiro tratamento. “Além do remédio, o meu médico atual recomendou que eu seguisse a dieta que já vinha fazendo. Desde que a iniciei, já consegui perder 12 kg. Gosto bastante do profissional que vem me acompanhando. Ele é muito bom, me explica tudo direitinho, tira todas as minhas dúvidas e me deixa tranquila para seguir o tratamento e a minha vida da melhor forma”, completa a costureira.    

O que são ligamentos? Conversamos com um ortopedista!

De forma geral, ligamentos podem ser definidos como estruturas resistentes e pouco elásticas, cuja função é unir dois ou mais ossos, estabilizando e protegendo as articulações do corpo. Pode-se dizer que essas estruturas agem como amortecedores, no intuito de evitar deslocamento dos ossos e lesões articulares. “Os ligamentos são essenciais para a função da estrutura musculoesquelética”, afirma o ortopedista Mauricio Raffaelli. Ligamentos: principais características e tipos Ligamentos são estruturas formadas por tecido fibroso (principalmente colágeno) que são responsáveis pela comunicação entre dois ossos nas articulações. Eles são responsáveis pela estabilidade das articulações e por isso sua presença é fundamental em todas as articulações. Eles possuem ainda a função de auxiliar na conservação e fixação de diversos órgãos internos no seu local fisiológico de origem. Útero, diafragma e bexiga são alguns exemplos. As estruturas que assumem essa função específica são classificadas como ligamentos suspensores. Já os que exercem a função de cabeças ósseas de uma articulação, são chamados de articulares. Tratamento para lesões nos ligamentos Como os ligamentos são pouco elásticos, é comum a ocorrência de lesões, seja por rupturas (totais ou parciais) ou extensões excessivas. “Normalmente, quando existe uma lesão completa dos ligamentos de uma articulação, esta perde sua estabilização, o que torna a sua função extremamente prejudicada”, explica Raffaelli. Segundo o médico, o tratamento das lesões nos ligamentos depende de alguns fatores, como o local acometido, se a lesão compromete todos os ligamentos e o grau destas lesões. “Porém, quando ocorrem lesões completas e de grande instabilidade articular, a cirurgia é necessária para a reconstrução destes ligamentos e retorno da estabilidade nas articulações”, completa. Foto: Shutterstock

Como o médico pode fazer a diferença na vida de um paciente com doença terminal?

O objetivo de todo tratamento prescrito por um médico é derrotar uma doença ou controlar os sintomas em um nível em que o paciente possa manter sua qualidade de vida. No entanto, nem sempre isso é possível. Muitos procuram um especialista ou apenas sentem os sintomas quando a condição clínica já está avançada, o que impede a eficácia de um tratamento. De acordo com o ortopedista Mauricio de Paiva Raffaeli, nenhum médico se prepara para informar a um paciente sobre seu estado terminal. “Infelizmente somos obrigados a dar tal notícia em alguma fase da vida profissional. Uma explicação clara, um olhar sincero e palavras de afeto devem estar sempre presentes”, explica o especialista. Respeito e honestidade são importantes nessa etapa Algumas atitudes podem ajudar o paciente e fazer a diferença nos momentos finais de sua vida. O ortopedista diz que é importante explicar aos familiares e ao doente todas as etapas dessa fase. “O médico sempre deve ter cuidado e precisa ser claro quanto aos resultados e as complicações esperados nessa fase”, afirma Raffaelli. O profissional destaca que toda promessa feita ao paciente em estado terminal é questionável. O médico sempre quer ajudar, mas em alguns casos, o melhor auxílio é não prometer nada e ser honesto e estar junto ao paciente, dando todo tipo de suporte. O controle da dor é importante Em estado terminal, é imprescindível que o paciente tenha toda a assistência disponível, além do apoio familiar, a fim de garantir uma boa qualidade de vida no tempo que ainda lhe resta. “O alívio da dor, o controle das queixas e o respeito fazem com que o médico ajude o paciente nesse momento difícil”, complementa Raffaelli.

O que fazer quando um paciente não explica seus sintomas adequadamente?

A comunicação entre um médico e seu paciente é um dos fatores que mais influenciam na rapidez e na eficácia do diagnóstico e do tratamento de um problema de saúde. O paciente deve explicar o que está sentindo e quais suas principais preocupações, enquanto o profissional deve utilizar seu conhecimento e sua capacidade de expressão para que a linguagem médica seja compreendida mais facilmente. Conforto e segurança ajudam na hora da consulta Entretanto, não é sempre que a consulta acontece sem contratempos. “É muito comum o paciente ter dificuldades para explicar os sintomas. O médico precisa ter paciência e fazer perguntas que auxiliem o paciente a se explicar”, afirma o ortopedista Mauricio de Paiva Raffaelli que complementa que a formação médica dedica muita atenção à compreensão dos sinais e dos sintomas.   A barreira na comunicação pode surgir também diante do desconforto sentido pelo paciente na hora de dizer como está se sentindo, mas a situação pode ser contornada. “O papel do médico, nesse instante, é de deixá-lo completamente confortável e demonstrar que não está ali para julgá-lo, mas sim para ajudá-lo”, explica Mauricio. Falhas na comunicação podem atrasar o diagnóstico As dificuldades encontradas na comunicação entre médico e paciente podem retardar a realização de um diagnóstico preciso. Por essa razão, é fundamental que haja uma relação de confiança. Quem vai a uma consulta deve perceber que o especialista está dedicado a atendê-lo e que possui conhecimento e experiência para tratá-lo. No entanto, Raffaelli não acredita que falhas no diálogo possam resultar em um diagnóstico errado: “Essa é uma expressão muito forte, porque o diagnóstico de uma patologia passa por diversas etapas, como a comunicação, exame físico detalhado e outros complementares.” Depois de descoberta e explicada a condição clínica, é preciso que o paciente se dedique ao tratamento.

O que faz os pacientes aderirem aos tratamentos prescritos por médicos?

Para que um paciente se cure de uma doença, infecção ou outro problema de saúde, procurar o auxílio de um médico é uma atitude imprescindível. É ele o responsável pelo diagnóstico e pela indicação das melhores opções de tratamento. Entretanto, a ajuda de um especialista não será tão eficaz se o paciente descumprir as recomendações. Desinteresse do médico dificulta a adesão do paciente Existem diversos motivos para que o tratamento não seja feito como deveria. “Todo o conjunto da realização do atendimento médico contribui para a adesão. Uma consulta realizada com calma faz com que o paciente adquira confiança e siga os conselhos”, explica o ortopedista Mauricio de Paiva Raffaelli. Por outro lado, uma consulta feita às pressas pode ser interpretada como desinteresse e atrapalhar o tratamento. É importante que o profissional se comunique de maneira clara durante a consulta. O paciente, por sua vez, deve fazer perguntas se tiver dúvidas sobre o diagnóstico, a forma de tratamento proposta, os resultados e as possíveis complicações. Quem busca a ajuda de um especialista precisa compreender o caminho traçado da descoberta da doença em direção à cura ou ao controle dos sintomas. O médico não pode obrigar a realização do tratamento Nos casos em que as recomendações não são seguidas, é importante que o especialista interfira. “Se o paciente não adere ao tratamento, o médico deve tentar ser mais claro e tentar entender se existe algo de errado”, afirma Mauricio. Caso a situação permaneça a mesma, é possível propor um novo tratamento, quando disponível. Cabe ao médico o papel de explicar a importância da busca pela solução ao problema de saúde e as possíveis melhorias na qualidade de vida do paciente e de sua família. Entretanto, a escolha é de responsabilidade do paciente. É ele quem deve dar a palavra final e decidir se seguirá ou não com os procedimentos e arcar com as consequências.

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