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Dr. Luis Renato Alves

Biografia

Dr. Luis Renato Alves é médico pneumologista formado em Medicina pela Universidade do Triângulo Mineiro (UFTM). Fez residência médica em Pneumologia no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP) e em Clínica Médica na UFTM. Possui título de especialista em Pneumologia e Endoscopia Respiratória pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Artigos

Asma: inaladores e bombinhas usados para tratar a doença são todos iguais?

A asma é uma doença crônica do sistema respiratório caracterizada pela inflamação dos brônquios, canais responsáveis pelo transporte de ar. O problema surge devido a uma maior sensibilidade do organismo diante de poeira, pólen, mofo e pelos de animais, por exemplo. Os pacientes tendem a sentir falta de ar quando entram em contato com essas substâncias e alguns usam a bombinha para asma para aliviar os sintomas. Quais são as diferenças entre os tipos de inaladores e bombinhas? Uma das formas de tratamento da doença é o uso de inaladores e de bombinhas, que não são todos iguais. Segundo o pneumologista Luis Renato Alves, existem dois tipos de inaladores, o convencional e o ultrassônico. O inalador convencional funciona com uma bomba de ar com acionamento elétrico e é acoplado a um micronebulizador. “Quando a bomba de ar é ligada, o ar passa em alta velocidade pelos orifícios do micronebulizador e arrasta o líquido nele presente, gerando uma névoa que deverá ser inalada pelo paciente”, explica o médico. Já os inaladores ultrassônicos transformam a energia elétrica em vibrações mecânicas que, por sua vez, produzem névoa e microgotículas que serão carregadas pelo ar. “A vantagem em relação aos convencionais é a ausência de ruídos durante o funcionamento e a possibilidade de inalar em qualquer posição”, afirma o especialista. Por outro lado, o inalador ultrassônico apresenta dificuldades na interação com os medicamentos corticosteroides, podendo haver produção de pouca névoa e acúmulo da medicação no aparelho. Já a bombinha de asma se divide em dois principais grupos. As bombinhas de manutenção não utilizam medicamentos broncodilatadores, enquanto as de alívio utilizam. As bombinhas de manutenção provocam a desinflamação dos brônquios e ajudam a reduzir o uso das bombinhas de alívio, que não tratam a asma e são utilizadas para proporcionar alívio rápido aos pacientes durante uma crise. Bombinha para asma não vicia De acordo com o profissional, um dos maiores mitos relacionados à Pneumologia é a afirmação de que o uso frequente de bombinhas causa dependência. “Isso não existe. Na verdade, é a doença que faz com que você necessite do uso dessas medicações continuamente”, alerta Luis Renato. Ele explica ainda que os efeitos colaterais do tratamento, como taquicardia e tremores, são causados pelos broncodilatadores, mas são geralmente leves e de duração rápida.

Trabalhador da zona rural do Maranhão ganha qualidade de vida com tratamento para asma

A asma é uma doença crônica que provoca a inflamação dos brônquios e, por isso, dificuldade para respirar. Apesar da causa do problema ainda ser motivo de pesquisas e estudos, sabe-se que alguns fatores podem desencadear os sintomas ou até piorá-los. Entre eles estão fungos, ácaros, pólen, pelos, poeira, fumaça de cigarro, poluição ambiental e até mesmo mudanças do clima. Antonio C. C. A., de 40 anos, trabalha como operador de máquinas na zona rural e descobriu que tem asma há pouco mais de um ano. “Eu não tossia, mas sentia muita falta de ar. Sempre gostei de jogar bola, mas quando começava a correr, logo sentia cansaço“, afirma o maranhense. Tosse, falta de ar e dores no peito são sintomas da asma A situação vivida por Antonio faz parte da realidade de muitos pacientes asmáticos por todo o Brasil, que veem os sintomas piorarem durante a prática de atividades físicas e nas estações mais frias. Durante uma crise, além da falta de ar, do cansaço e da tosse, a doença também pode provocar sudorese, broncoespasmos, confusão mental, dor no peito e ansiedade. Quando começou a sentir os sintomas, o operador foi ao médico para se diagnosticar e tratar a asma. “O principal tratamento para asma consiste no uso de corticosteroides administrados por via inalatória. Os broncodilatadores de longa ação podem ser associados em casos mais graves”, afirma o pneumologista Luis Renato Alves. As mudanças positivas logo foram percebidas pelo maranhense, que viu sua saúde e disposição melhorarem. Manter a casa limpa evita crises de asma Além do tratamento medicamentoso, algumas outras medidas ajudam no controle da asma, como evitar a inalação de produtos de limpeza, manter a casa, tapetes e cortinas sempre limpos e trocar o colchão a cada cinco anos. Em busca de bons resultados, Antonio seguiu as recomendações do médico: “A fumaça e a poeira não me incomodavam, mas passei a evitar”. Foto: Shutterstock

Quais são os riscos associados ao uso indiscriminado do narguilé?

O narguilé é um dispositivo apreciado especialmente pelos jovens. Funciona como um cachimbo d’água, uma espécie de alternativa ao cigarro. No entanto, o que muitos desconhecem é que o narguilé pode trazer problemas à saúde, como câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares.   O que é narguilé? Como funciona? O narguilé é utilizado para fumar tabaco aromatizado. Ele é aquecido e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante por meio de uma mangueira. De acordo com o pneumologista Luis Renato Alves, estudos associam o uso do dispositivo ao desenvolvimento de câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose, doença coronariana, doença periodontal e doenças respiratórias, além de expor os usuários a uma concentração de nicotina capaz de causar dependência. O dispositivo é aceso com o uso de carvão, que também é inalado por quem utiliza o narguilé. O tabaco é colocado entre o carvão, que irá aquecê-lo, e a água, que irá resfriá-lo. O resultado é a produção de uma fumaça bastante tóxica e prejudicial à saúde. “Além de ter todos os efeitos tóxicos do cigarro, os principais problemas relacionados ao narguilé são a intensidade de exposição aos produtos tóxicos, que é maior que no cigarro”, alerta o médico. O narguilé faz mais mal que o cigarro “A exposição à nicotina e a outras substâncias tóxicas é maior que no consumo de cigarro devido ao número maior de tragadas”, afirma o pneumologista. Segundo o profissional, em média, a cada vez que o narguilé é usado, são feitas aproximadamente cem tragadas, o que corresponde ao fumo de cem cigarros. Os perigos não param por aí. Quem utiliza o narguilé, além da intensa toxicidade do tabaco, pode estar exposto a doenças infectocontagiosas, como herpes, hepatite C e tuberculose, por causa do compartilhamento do bocal entre os usuários que podem estar contaminados por essas doenças.

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