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Dr. Leandro Minozzo

Geriatria

Dr. Leandro Minozzo

Biografia

Dr. Leandro Minozzo é formado em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), tem título de especialista em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e é mestre em Educação pela Universidade La Salle, em 2012, com dissertação sobre psicoeducação para idosos com depressão. É ainda pós-graduado em Geriatria e Gerontologia pela Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em 2009, e em Nutrologia pela ABRAN/Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, em 2012, além de membro da Associação Brasileira da Neuropsiquiatria Geriátrica (ABNPG) e da ABRAN.

Artigos

Evite brigas! A importância de não discutir com um paciente com doença de Alzheimer

Ao descobrir que um idoso na família foi diagnosticado com a doença de Alzheimer, filhos, sobrinhos e outras pessoas próximas geralmente assumem o papel de cuidadores. No entanto, o dia a dia com a doença não é nada fácil. É importante prestar atenção ao horário dos remédios e às refeições e evitar ao máximo brigas com o paciente com o transtorno, para não prejudicar seu tratamento. Brigas podem aumentar ansiedade de pacientes com doença de Alzheimer “Brigas e discussões levam a alterações de comportamento, como irritação, ansiedade, apatia ou mesmo agressividade. É inútil você discutir com alguém que apresenta uma capacidade reduzida ou nula de assimilar informações novas”, afirma o geriatra Leandro Minozzo. Essas mudanças de humor são frequentes entre os pacientes com doença de Alzheimer e fazem parte dos sintomas do transtorno. Além disso, brigar com o doente não é nada positivo. “Ao ser exposto a situações de estresse, o idoso com a doença de Alzheimer fica ainda mais confuso”, explica o profissional. Ele terá os mesmos sintomas físicos de descarga de adrenalina, só que não entenderá completamente o que está acontecendo e sofrerá mais com o estresse do que pessoas saudáveis. Entender a doença de Alzheimer é uma das formas de evitar discussões com idosos O primeiro passo para evitar as brigas vai além da aceitação do diagnóstico e envolve também a compreensão verdadeira do que é a doença de Alzheimer e quais são as mudanças que ela traz. “Demoram alguns meses quando os cuidadores têm as orientações e fazem os cursos, mas o conhecimento e a aceitação aliviam para todos os envolvidos”, destaca o especialista. Completado esse passo, será hora de estabelecer uma rotina, com tempo de descanso para o cuidador e sono adequado tanto para o paciente quanto para o cuidador. Por fim, é preciso ficar de olho no consumo dos medicamentos, que ajudam a controlar as alterações de comportamento do idoso, e buscar sempre melhorar a comunicação, já que erros de comunicação, segundo Minozzo, estão entre as principais causas para discussões. Foto: Shutterstock

Osteoporose: Existem variações da doença? Quais são?

A osteoporose é caracterizada por uma gradativa redução da densidade mineral do tecido ósseo, provocando uma fragilização dos ossos e, frequentemente, causando fraturas. A doença pode ser alocada em dois grupos com causas distintas: osteoporose primária e secundária. Quais as diferenças entre elas? Descubra! “A osteoporose primária se refere à maioria dos casos e está relacionada mais diretamente aos processos de envelhecimento (chamada de senil ou tipo II). Nela, está também a osteoporose pós-menopausa (classificada como tipo I). Já o tipo secundário é um conjunto amplo que engloba causas metabólicas e também aquelas relacionadas a fatores de risco, como o tabagismo”, explica o geriatra Leonardo Minozzo. Estima-se que pelo menos 30% das pessoas têm osteoporose em função de alguma doença. Entre as principais causas de osteoporose secundária estão as doenças renais crônicas, doenças hepáticas, distúrbios da tireoide, artrite reumatoide e doenças inflamatórias intestinais crônicas.  Existe diferença no tratamento entre a osteoporose primária e secundária? De acordo com o médico, o tratamento da maior parte dos casos é feito de forma ampla para ambos os tipos de osteoporose, incluindo uma alimentação com níveis adequados de cálcio e vitamina D, exercícios físicos para desenvolver resistência e força e uso de medicamentos.  No entanto, o tratamento pode variar a partir dos fatores relacionados à causa da doença que provocou a osteoporose secundária e também conforme o sexo do paciente. “Outro aspecto que pode modificar o tratamento é a resposta às medicações e o grau de diminuição de densidade óssea. Há, atualmente, medicações injetáveis com potencial de aumentar a densidade óssea. As indicações, no entanto, precisam ser bem analisadas”, completa o especialista. É possível prevenir o desenvolvimento da doença? Evitar alguns hábitos e fatores capazes de desencadear a osteoporose são formas de prevenir o problema. “O tabagismo, a desnutrição em suas diversas formas, o uso de medicamentos como corticoides e anticonvulsivantes por longo período, a insuficiência renal e doenças ligadas aos hormônios, como o hipotireoidismo, são considerados fatores de risco”, cita Dr. Minozzo. Além disso, há outras formas de prevenção, como ter uma dieta rica em nutrientes essenciais para a saúde dos ossos (cálcio e vitamina D), praticar atividades físicas de baixo impacto, como natação, caminhada e pilates, e se consultar frequentemente com um especialista, realizando exames preventivos, como a densitometria óssea.

O que são as fraturas por compressão? Saiba mais sobre essa possível consequência da osteoporose!

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), as fraturas ósseas decorrentes da osteoporose afetam pelo menos 30% da pessoas com mais de 60 anos. Elas são uma das principais complicações da doença e podem comprometer a movimentação e a qualidade de vida dos pacientes, principalmente dos idosos. Entre as lesões mais comuns estão as fraturas por compressão, que atingem as vértebras da coluna.  Fraturas por compressão diminuem a altura do corpo “Geralmente, quando se cai sentado com impacto vertical sobre a coluna, podem ocorrer fraturas compressivas nas vértebras. Elas são assim denominadas porque causam a diminuição da altura do corpo. No entanto, nem sempre há necessidade de traumas significativos para que elas ocorram. Em alguns casos, quando a doença é avançada, pequenos impactos, como solavancos, também podem causar esse tipo de lesão. Às vezes, o paciente não percebe de imediato o momento da lesão”, explica o geriatra Leonardo Minozzo. De acordo com o especialista, “é fundamental fazer uma boa investigação dessas fraturas porque elas podem nos mostrar a necessidade de intensificar o tratamento para osteoporose”, já que as fraturas por compressão costumam indicar a possibilidade de novas fraturas. Entretanto, vale lembrar que elas nem sempre são causadas pela osteoporose. Tumores ósseos, por exemplo, também podem provocar seu surgimento.   É possível se recuperar deste tipo de fratura? Segundo Dr. Minozzo, a maior parte dessas fraturas evolui para quadros sem dor depois de alguns meses. “O tratamento costuma ser conservador, ou seja, sem intervenção cirúrgica. São usados analgésicos e medicações para osteoporose e é indicado ficar de repouso, fazer fisioterapia específica e, muitas vezes, usar coletes e bloqueios nervosos para reduzir a dor. Quando essa forma de tratamento não é efetiva, a cirurgia pode ser indicada”, informa o médico. Existem ainda outras medidas que podem não só ajudar no tratamento, como também atuar na prevenção da osteoporose e, consequentemente, diminuir o risco de sofrer fraturas. É recomendado manter uma alimentação balanceada e rica em vitamina D e cálcio, nutrientes que fortalecem os ossos, praticar exercícios físicos de fortalecimento muscular e evitar hábitos nocivos à saúde, como o alcoolismo e o tabagismo. O acompanhamento com um especialista também é fundamental para avaliar a evolução da doença. Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG): https://sbgg.org.br/osteoporose-a-doenca-silenciosa/

A falta de tratamento para uma parasitose intestinal pode ser perigosa?

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), as parasitoses intestinais são as doenças mais comuns do mundo, afetando aproximadamente 25% da população mundial. Os sintomas de diarreia, vômito e dor abdominal muitas vezes não são levados a sério e, por isso, nem sempre a ajuda médica é buscada de imediato. Entenda abaixo quais são os perigos de não tratar uma parasitose intestinal. “Diversas são as parasitoses e a falta de tratamento pode ser perigosa. A pessoa pode ficar desnutrida, anêmica, sem energia, ter dores abdominais, diarreia e, em casos extremos, obstrução intestinal e até uma infestação por todo o organismo”, alerta a gastroenterologista Marta Deguti. Tratamento precoce evita maiores complicações  Os sintomas de um quadro de parasitose intestinal são pouco específicos. Por isso, é fundamental buscar auxílio médico assim que perceber os primeiros sinais. Dessa forma, o paciente pode receber o diagnóstico o quanto antes para, em seguida, começar o tratamento, evitando complicações mais graves, como anemia.  As parasitoses mais comuns são amebíase, giardíase, ascaridíase, ancilostomíase, mais conhecida como amarelão, enterobíase e teníase. Em todos os casos, a transmissão tem relação direta com as condições sanitárias e de higiene em que a pessoa está inserida, já que o contágio acontece pelo contato com terra, alimentos ou água contaminados.  Como prevenir e tratar uma parasitose intestinal Para evitar essas infecções, a SBMFC recomenda adotar algumas medidas de prevenção, como lavar bem os alimentos com água potável, cozinhar ou assar bem carnes e alimentos que apresentam risco de contaminação, ferver e filtrar a água, lavar as mãos antes de comer, andar sempre calçado e evitar contato com terra ou lama que possam estar contaminadas.  Segundo a médica, o tratamento pode variar de acordo com o tipo de parasitose e com o grau de comprometimento da saúde do paciente. “Cada pessoa deve ser aconselhada individualmente pelo seu médico. Existem medicamentos antiparasitários bastante eficientes e seguros para tratar, às vezes, em até uma única dose e outros em poucos dias”, explica a especialista. Dados da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC): https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/

O Doença de Alzheimer pode afetar as emoções dos pacientes?

O mal de Alzheimer é um problema neurodegenerativo que atinge principalmente os idosos. Suas consequências são capazes de deixar uma pessoa dependente de um cuidador, seja para tomar banho ou até para se alimentar. Apesar de a perda da memória ser uma de suas principais características, a doença de Alzheimer também afeta outra parte importante de um paciente: suas emoções. Doença de Alzheimer pode provocar desinteresse e agressividade “É comum que, mesmo nas fases iniciais, surjam alterações que envolvam as emoções, em especial com uma mudança para o lado da tristeza, da apatia e de um desinteresse”, afirma o geriatra e nutrólogo Leandro Minozzo. Nesta etapa, também são frequentes os casos de mudanças de humor e aumento dos níveis de ansiedade. Muitas dessas alterações estão ligadas à perda das funções cognitivas, fazendo com que o idoso se guie pelas emoções. Com a evolução do Doença de Alzheimer, o especialista diz que o paciente também pode apresentar irritação e até mesmo agressividade. No entanto, é a indiferença a coisas e situações que antes despertavam alegria e empolgação que predomina. Muitos pacientes, por exemplo, acabam abandonando hobbies e atividades de que gostaram durante muitos anos. Paciente com Alzheimer sente raiva, mas não se lembra do motivo Além disso, quem tem Doença de Alzheimer pode experimentar sensações mesmo sem lembrar o motivo por trás do sentimento. “As emoções geram respostas fisiológicas e, com a perda da capacidade de memória recente e de atenção, o paciente pode sentir os efeitos fisiológicos das emoções, como raiva e nervosismo, e não saber o que as motiva”, destaca o profissional. A orientação dada pelo geriatra, portanto, é evitar brigas e situações de estresse. O cuidador deve ajudar o paciente a lidar melhor com suas emoções. “Ter a paciência necessária para explicar as situações com calma e clareza. O idoso com demência não reage bem ao ser desafiado, contestado ou a ser submetido a uma tarefa sem entender bem”, diz Minozzo. O cuidador precisa ainda controlar seu nível pessoal de estresse, o que influencia diretamente as respostas do familiar adoecido: quanto mais estressado se comporta, mais reativo fica o paciente com Doença de Alzheimer. Foto: Shutterstock

Alzheimer é hereditário? Entenda o papel da hereditariedade no desenvolvimento da doença

A doença de Alzheimer é uma condição que afeta, em sua maioria, indivíduos acima de 60 a 65 anos de idade, e tem como principal característica inicial a perda de memória recente. Chamada popularmente de Doença de Alzheimer, suas causas são complexas e ainda  estão sendo estudadas, mas já se sabe que há aspectos hereditários envolvidos. O geriatra Leandro Minozzo explica qual é o peso da hereditariedade no desenvolvimento da doença. Confira! Alzheimer: causas hereditárias não são o principal fator envolvido   “A hereditariedade é um fator que influencia no risco, mas não é sua principal causa. É uma doença essencialmente poligênica, ou seja, acredita-se que são diversos os genes envolvidos nas lesões que levam à doença e há influência de fatores genéticos. Temos mapeados genes de risco, ligados à doença de Alzheimer familiar”, afirma o médico.  Quando se considera o peso da hereditariedade no risco para a doença, ele é maior em casos de parentes de primeiro grau que desenvolveram Alzheimer precoce, antes dos 65 anos. “Essa informação, a idade em que os casos familiares surgiram, é fundamental. A forma familiar da doença é rara, sendo responsável por 1% dos casos totais. A grande maioria dos casos não tem a hereditariedade como causa”, explica o especialista.  Quem tem familiar diagnosticado com Alzheimer deve ter mais atenção   Quem tem pais ou avós diagnosticados com doença de Alzheimer deve ter atenção redobrada no cuidado com o estilo de vida. “Levantamentos apontam que, mesmo não sendo algo determinista, há um aumento no risco de pessoas que tiveram pais e avós com a doença de Alzheimer, mesmo na forma mais comum, chamada de esporádica e tardia”, alerta Dr. Minozzo. Nos casos de doença familiar e em que os sintomas surgiram precocemente, uma avaliação clínica para investigação da doença de Alzheimer pode ser feita por um profissional. 

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