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Dr. Juliana Fonte

Dermatologia

Biografia

Dra. Juliana Fonte é formada em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Iniciou sua carreira como residente no Ambulatório de Dermatologia Sanitária de Porto Alegre, tornando-se especialista em Dermatologia com certificado outorgado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (RQE 25.355). Ampliando sua especialização, realizou uma pós-graduação em Medicina Estética. É também mestre em Patologia, com ênfase em Transplante Renal, na UFCSPA.

Artigos

Por que as unhas não param de crescer?

As unhas são formadas por uma proteína chamada de queratina e se originam a partir do crescimento celular que ocorre na matriz ungueal, localizada junto à pele, logo abaixo da cutícula. São estruturas importantes para proteger as extremidades dos dedos das mãos e dos pés de qualquer tipo de trauma. E uma curiosidade: você já reparou que elas nunca param de crescer? As unhas crescem mais durante o verão “Conforme a célula vai ficando cheia de queratina, sua atividade vai diminuindo, ela acaba morrendo e seus restos celulares formam a unha. Como esse é um processo contínuo ao longo da vida, as unhas nunca param de crescer”, afirma a dermatologista Juliana Fonte. Elas são, portanto, um acumulado de tecidos mortos, motivo pelo qual o ato de cortar ou lixar suas pontas não provoca dores – saiba o que é melhor para cortar as unhas: cortador ou tesoura? O crescimento médio das unhas das mãos é de três milímetros por mês e de um milímetro para as unhas dos pés, mas existem condições que influenciam essa velocidade: “Os principais fatores que interferem são os hormônios, contato frequente com produtos químicos e a estação do ano. No verão, por exemplo, as unhas crescem mais”, explica a médica. As unhas das gestantes costumam crescer mais rapidamente, enquanto substâncias químicas podem retardar o crescimento. Diabetes e anemia atrapalham crescimento das unhas Além desses fatores, alguns problemas de saúde também são capazes de comprometer o crescimento das unhas. Diabetes, anemia, hipotireoidismo, patologias nas unhas, como psoríase e onicomicose, e infecções nas cutículas são alguns exemplos. Por outro lado, unhas que crescem rápido demais podem ser um sinal para o hipertireoidismo. Situações em que o crescimento é interrompido são raros, mas unhas quebradiças podem dar a impressão de que não estão crescendo. Nesses casos, é importante procurar um dermatologista para avaliar a causa do problema, já que diversas doenças, como a síndrome das unhas fracas e as micoses, a alimentação e hábitos do dia a dia podem fragilizá-las. Foto: Shutterstock

Quais são as diferenças entre herpes simples e herpes-zóster?

O herpes é uma infecção viral causada por dois tipos de vírus. Um deles, o herpes simples, é bastante comum entre a população, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), e se divide em dois subtipos – tipos 1 e 2. Já o outro é o varicela-zóster, o mesmo micro-organismo que provoca a catapora. Também conhecido como cobreiro, ele causa o herpes-zóster.  Herpes simples e herpes-zóster são causados por vírus diferentes “Os dois tipos de herpes se caracterizam pelo surgimento de vesículas e dor no local afetado. No cobreiro, as vesículas são unilaterais e seguem o trajeto do nervo acometido. Já no caso do herpes simples, as vesículas se localizam mais frequentemente nos lábios, dentro da boca, nariz, olhos e região genital”, afirma a dermatologista Juliana Fonte. O herpes simples é transmitido, principalmente, pelo contato direto com as lesões, sejam elas localizadas na face, no caso do tipo 1, ou na genitália, no tipo 2. “Já o herpes-zóster é transmitido ou pelo contato direto com as lesões ou por gotículas respiratórias no ar. Ele permanece em latência e pode se manifestar em situações de baixa imunidade”, explica a médica. A vacina da catapora, quando tomada na infância, pode diminuir as chances de ter a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia.  Como é o tratamento do cobreiro? E do herpes simples? Para o tratamento, de acordo com a especialista, são utilizadas as mesmas medidas: é possível recorrer a medicações antivirais, mas a dosagem para os casos de cobreiro deve ser maior. Também podem ser usados medicamentos para aliviar sintomas como a dor e é recomendado manter a região afetada bem limpa.  A prevenção, por sua vez, envolve medidas específicas, como cita Dra. Juliana: “No caso da varicela, é importante evitar contato com outras pessoas enquanto estiver com vesículas, e no caso do herpes genital, usar preservativos”. Vale ainda lavar as mãos caso haja contato com as lesões e se vacinar, abordagens que também servem para o herpes simples tipo 1. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/herpes/68/ https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/herpes-zoster/97/  Referência:  107. Pedrazini MC, Cury PR, Araujo VC, Wassall T. Effect of lysine on the incidence and duration of recurrent cold sore lesions. RGO Rev Gaucha Odontol. 2007;55:7-10. Portuguese. Foto: Shutterstock

Água dermatológica: Quais são os benefícios da arnica para a pele?

Cuidar da pele nunca é demais. Além de ser importante para a saúde, mantê-la limpa e hidratada ajuda a deixá-la mais bonita, retardando o surgimento dos sinais da idade, como rugas e pés de galinha. Existem diversos produtos e ativos voltados para esses cuidados com a pele, e o uso da água dermatológica, um produto com arnica em sua composição, pode ajudar na conquista de resultados ainda melhores. Confira os principais benefícios da arnica.  Arnica combate inflamação da pele “Arnica é uma planta medicinal que tem ação anti-inflamatória, antimicrobiana, antifúngica, analgésica, antisséptica, fungicida, anti-histamínica, cicatrizante e cardiotônica”, afirma a dermatologista Juliana Fonte. Além da água dermatológica, a arnica também pode ser encontrada em pomadas, produtos homeopáticos e outros sprays. Ao ser aplicada, a arnica presente na água dermatológica ajuda na hidratação, regeneração e cicatrização da pele. De acordo com a médica, também contribui para manter a pele limpa, atuando como um antisséptico e antibacteriano. Além disso, pode ser usada ainda para diminuir a irritação causada pela picada de insetos. Veja como aproveitar os benefícios da arnica corretamente Nos dias quentes de verão, a arnica pode ajudar bastante a reduzir o desconforto causado pela exposição ao sol. “A arnica na água dermatológica tem a função de hidratar e acalmar a pele, sendo uma excelente opção para uso no pós-sol”, recomenda a dermatologista. Esses benefícios são potencializados por outros componentes da água dermatológica, como a água de flor de lótus. Para aproveitar seu potencial ao máximo, borrife o produto a 30 centímetros de distância da pele, seja após um banho ou mergulho na piscina, e deixe secar naturalmente. Foto: Shutterstock

Quais são os efeitos da poluição na pele?

Não é nenhuma novidade que a poluição pode causar sérios danos à saúde respiratória. Porém, não são só as vias aéreas que podem sofrer com o ar poluído: a pele também é diretamente afetada pela sujeira e pelos poluentes, que podem causar efeitos graves. A dermatologista Juliana Fonte ajuda você a entender quais as consequências da poluição na pele e o que fazer para reduzir os danos. Confira! Ressecamento é consequência da poluição na pele Primeiro, é preciso saber o que é poluição. Essa é uma resposta bem simples: as sujeiras do dia a dia, que podem ser piores conforme o ambiente, poeira e outras sujidades que ficam no ar (ou até mesmo na poluição da água) podem ser consideradas poluentes e inspiram preocupação e cuidado. Segundo a dermatologista, o principal efeito da poluição, quando em contato com a nossa pele, é sua ação sobre os radicais livres, elementos que favorecem o envelhecimento precoce da pele: “A poluição atmosférica facilita a ação deles, danificando as células e levando à degradação do colágeno, substância que confere sustentação à pele. Consequentemente, a pele fica opaca, flácida e ressecada e ganha precocemente um aspecto envelhecido, com manchas amarronzadas e rugas”.  Além do envelhecimento precoce, os poluentes podem facilitar o surgimento da acne. Isso ocorre porque a acumulação de sujeiras na superfície da pele obstrui os poros, o que pode levar à inflamação e favorecer cravos e espinhas. Há ainda uma maior dificuldade da pele para se renovar durante o sono.  Creme antipoluição funciona? Evite os danos causados pelos poluentes Para frear os efeitos danosos da poluição, é preciso adotar alguns cuidados com a pele. Fazer uma boa higiene, com sabonete facial e/ou água micelar, bem como tônicos faciais, é importante para mantê-la sempre limpa e livre de sujeira, como recomenda a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A hidratação também não deve ser deixada de lado: uma pele bem hidratada não só combate o envelhecimento precoce e a acne como também previne vários outros de problemas de pele.  Entre os dermocosméticos, é possível encontrar cremes e hidratantes com ação antipoluição. O ideal é que os produtos usados contenham substâncias importantes para a saúde da pele, como bioflavonoides de citrus, Aloe vera e extrato natural de Brassica oleracea, por exemplo, ativos que estão presentes no BioDTox.  “Esses ativos têm ação antioxidante na pele, diminuindo a quantidade de radicais livres. Os radicais livres causam danos a nível celular e, se não forem controlados, podem levar ao envelhecimento prematuro”, diz a dermatologista. Os ativos promovem a detoxificação da pele, protegendo-a não só da poluição, mas também do estresse, dos raios UV, do tabagismo e de certos medicamentos.  Para inibir a ação dos radicais livres, Dra. Juliana recomenda o uso não só dos antioxidantes, mas também de filtro solar, que previne os malefícios causados pela exposição solar inadequada, como queimaduras e melasma. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/cuidados/cuidados-diarios-com-a-pele/ Foto: Shutterstock

Qual é a relação entre ansiedade, depressão e o herpes?

Alguns fatores podem desencadear a infecção e manifestação dos sintomas do vírus do herpes, o que inclui transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Todo quadro que compromete a imunidade do organismo será perigoso para a ocorrência do herpes, tendo em vista que todo vírus se beneficia quando encontra um organismo com as defesas vulneráveis.  Herpes, depressão, ansiedade e imunidade “Ansiedade e depressão podem enfraquecer o sistema imunológico, o que ajuda a ativar o vírus e favorecer o surgimento de lesões. Alguns estudos demonstram que, não somente a depressão, mas também momentos estressantes no geral podem diminuir a função dos linfócitos e aumentar o número de leucócitos circulantes”, informa a dermatologista Juliana Fonte.  Segundo a especialista, isso ocorre, provavelmente, pela ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e do sistema nervoso simpático, o que resultaria em níveis aumentados de catecolaminas e cortisol no sangue. Vale ressaltar que a grande maioria das pessoas já foi infectada pelo vírus, mas apenas uma minoria manifesta os sintomas. Portanto, uma baixa na imunidade pode ser suficiente para ativar o vírus em estado adormecido no organismo.   “Depois do primeiro episódio, o mais comum é que o vírus se torne inativo, ou seja, fique dormente nos gânglios nervosos. Dessa forma, não provoca mais infecção nem prejuízo. Porém, ele costuma ser reativado de tempos em tempos, fazendo com que os sinais e sintomas da doença reapareçam”, explica a dermatologista. Tratamento medicamentoso contra o vírus O tratamento contra o herpes é, essencialmente, medicamentoso, pois apenas assim é possível controlar e amenizar os sintomas e as crises (momento em que as lesões se intensificam). Os remédios com lisina em sua composição são opções interessantes, pois este aminoácido é um diferencial na redução das infecções de repetição causadas pelo herpes simples.   Referência:  107. Pedrazini MC, Cury PR, Araujo VC, Wassall T. Effect of lysine on the incidence and duration of recurrent cold sore lesions. RGO Rev Gaucha Odontol. 2007;55:7-10. Portuguese. Foto: Shutterstock

Por que condições como eczema causam coceira na pele?

Os eczemas são doenças inflamatórias da pele provocados por fatores da própria pele ou ambientes. O problema pode causar vermelhidão, edemas, secreção, descamação, formação de crostas e bolhas e até o espessamento da pele, sintoma chamado de liquenificação, dependendo da gravidade, extensão e cronicidade. Outra consequência bastante comum dos eczemas é a coceira na pele. Coceira causada pelo eczema pode provocar feridas na pele “A reação inflamatória gerada pelo eczema desencadeia uma resposta imunológica que leva ao prurido. A coceira pode provocar o espessamento da pele, tornando o tratamento do eczema mais longo e difícil”, afirma a dermatologista Juliana Fonte. Em alguns casos, o prurido chega a ser tão intenso que o paciente não resiste e coça a pele com os dedos. A pele seca, somada ao arranhar dos dedos, aumenta o risco de abrir feridas e de causar sangramentos. Quando isso acontece, outro problema surge: “A coceira pode favorecer a infecção do eczema por bactérias, já que normalmente temos bactérias embaixo das unhas”, alerta a especialista. A situação pode ser ainda pior se o paciente tiver a imunidade debilitada. Cremes e compressas com água fria ajudam a diminuir a coceira Para aliviar o sintoma, é importante procurar ajuda médica para iniciar o tratamento mais adequado para o quadro. “Para minimizar a coceira, o eczema deve ser tratado com cremes ou pomadas, compressas frias e, em casos muito extensos, crônicos ou graves, é necessário associar medicações orais que sedam a coceira”, completa a dermatologista. Uma consulta com um médico é essencial também para descobrir a causa do problema e classificá-lo, já que existem diversos tipos de eczema, como atópico, de contato, disidrótico, numular e asteatótico. Além disso, o diagnóstico ajuda a distinguir o eczema de outras doenças de pele que também têm a coceira e a vermelhidão como sintomas. Foto: Shutterstock

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