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Dr. Gualter Maldonado de Azevedo

Ortopedia e Traumatologia

Biografia

Dr. Gualter Maldonado de Azevedo é médico ortopedista, traumatologista e especialista em cirurgia da coluna pela Universidade de São Paulo (USP). Possui pós-graduação em osteoporose/osteometabolismo e dor e é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Atua em Marília (SP) com as seguintes especialidades: cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral, tratamentos para todas as patologias vertebrais, dor e osteometabolismo/osteoporose.

Artigos

Articulações rangendo são sempre um sintoma de osteoartrite?

O ranger das articulações é, até certo ponto, normal, pois o desgaste articular que o causa ocorre invariavelmente com o passar dos anos. Quando as articulações começam a ranger bastante, isso normalmente aponta para um quadro de osteoartrite. Mas mesmo assim é preciso haver outros sintomas envolvidos para que o diagnóstico dessa doença seja feito. “Na maioria das vezes as articulações rangendo são um sintoma de osteoartrite. Todavia, devemos lembrar que esse sinal também está associado a outros quadros, como lesões traumáticas, traumatismo do menisco e algumas situações de infecção e inflamação intensa (artrite por gota, por exemplo)”, informa o ortopedista Gualter Maldonado. Rangido é comum após esforços físicos, como subir e descer escadas Além das articulações rangendo, destacam-se os seguintes sinais em um quadro de osteoartrite: dor, hiperemia (vermelhidão) e calor local. “Muitas vezes o rangido articular e os sinais flogísticos surgem depois da realização de atividades físicas que utilizam a articulação em questão. É comum surgirem sintomas após subirmos escadas ou caminhar muito, por exemplo”. A osteoartrite é uma doença degenerativa da cartilagem, estrutura que fica entre as extremidades dos ossos para que os mesmos não se choquem e se desgastem durante o movimento. Portanto, a doença compromete a integridade dos ossos e articulações e a realização dos movimentos. O ranger articular é uma consequência imediata a esse processo. Tratamento da osteoartrite A cartilagem prejudicada resulta ainda em uma menor lubrificação das articulações, o que contribui para que o movimento fique mais difícil, “enferrujado”.  A suplementação pode ser uma boa alternativa para quem não conseguir os níveis ideais desses nutrientes apenas na alimentação.   Foto: Shutterstock

Qual é o papel das bengalas no tratamento da osteoartrite em idosos?

As bengalas normalmente são usadas para dar equilíbrio aos idosos e ganham ainda mais importância caso eles sofram de osteoartrite. Essa doença degenerativa da cartilagem compromete ossos e articulações e por isso todo impacto físico se torna perigoso. As bengalas, portanto, ajudam o idoso a evitar que a carga de seus próprios corpos durante o movimento prejudiquem sua estrutura óssea e articular.   “As bengalas, muletas e andadores diminuem o apoio e, consequentemente, a carga sobre a articulação com osteoartrite. Isso faz com que ocorra menos atrito intra-articular, o que diminui os riscos de inflamação e dor”, informa o ortopedista Gualter Maldonado. Como a osteoartrite piora com o passar dos anos, o uso de bengala por idosos que sofrem da doença é, em muitos casos, extremamente necessário. Situações em que o uso de bengala é recomendado É claro que nem todos os idosos com osteoartrite terão que usar bengala. Isso vai depender do nível de comprometimento da doença. “O objetivo dessa recomendação é evitar quedas e suas graves consequências. No caso de idosos hígidos, com boa saúde e boa musculatura, o uso pode ser dispensável”. A recomendação mais atual é que os idosos com osteoartrite e com maior risco de quedas, seja por sarcopenia (diminuição de massa muscular e da capacidade de sustentar e estabilizar o corpo) ou por doenças neurológicas e do equilíbrio, usem o apoio de acordo com sua dificuldade. “Aqueles com melhores condições de saúde, podem usar apenas bengala. Quem for mais debilitado, deve utilizar o andador”, indica o médico. Riscos do não uso da bengala tendo osteoartrite Os idosos que precisam, mas não usam bengala ou andador correm sérios riscos com quedas e eventuais fraturas. “Não usar bengala pode levar à piora dos sintomas da osteoartrite e ao risco de quedas, com fraturas que necessitem de tratamento cirúrgico, com todas as consequências potenciais”.   Foto: Shutterstock

Reforçando a musculatura: confira alguns exercícios que você pode fazer para complementar o tratamento da osteoporose

O tratamento da osteoporose não se baseia apenas em medicamentos. É importante que o paciente adote uma série de cuidados e hábitos em seu dia a dia, que ajudam no controle do avanço da doença. A prática de exercícios físicos é um bom exemplo, pois garante, dentre outras coisas, o reforço da musculatura.    Intensidade dos exercícios não pode ser muito elevada nos casos de osteoporose “Todo exercício é benéfico para quem tem osteoporose. O osso é vivo e responde ativamente à carga imposta pelo exercício, se fortalecendo progressivamente. Caminhadas, corridas leves e ginásticas em geral são recomendadas, além de hidroginástica e hidroterapia, que possuem ótimo impacto sobre a massa óssea, diminuindo o risco de quedas”, aponta o ortopedista Gualter Maldonado. Apesar da importância da prática de exercícios físicos para quem tem osteoporose, o médico ressalta que atividades intensas podem fazer um osso osteoporótico sofrer fraturas, tanto por sua fragilidade quanto por estresse. “Além disso, a falta de massa muscular e fragilidade dos tendões e ligamentos podem facilitar a ocorrência de lesões, atrasando a reabilitação. Cada paciente tem a intensidade e o tempo próprio de acordo com seu status muscular”, alerta Maldonado. Além dos exercícios, boa nutrição também é essencial no tratamento da osteoporose Segundo o especialista, os exercícios devem estar associados a uma alimentação saudável no tratamento da osteoporose. “Além da parte física, é fundamental termos uma boa nutrição. No caso da osteoporose, os alimentos ricos em cálcio e vitamina D são os mais importantes. Leite e derivados, vegetais de folhagem verde escura, frutas diversas, fígado, salmão e sardinha são algumas boas fontes desses nutrientes”, recomenda. Caso haja dificuldade para consumir esses nutrientes por meio da alimentação, é essencial buscá-los na suplementação. “Existem ótimos produtos capazes de repor grande quantidade de vitamina D3 com baixo teor de calorias, além de suplementos de cálcio e colágeno, este também bastante importante para ossos, músculos, tendões e ligamentos”, completa Maldonado. Foto: Shutterstock

Por que a atividade física é importante para a prevenção da osteoporose?

A prática de atividades físicas é uma medida importante dentro do tratamento e prevenção da osteoporose, pois trabalha a favor da integridade dos ossos. O fortalecimento dos músculos cria uma camada de proteção que é importante para reduzir o risco de fraturas, por exemplo. Além disso, o exercício estimula a massa óssea, melhorando a densidade do esqueleto. Exercícios indicados para prevenir e tratar a osteoporose Os exercícios que atuam no desenvolvimento muscular geram contrações que são essenciais para a saúde óssea. Por isso, a musculação é uma opção bastante recomendada para evitar ou tratar a osteoporose. “Toda atividade física é benéfica para quem tem osteoporose. O osso é vivo e responde ativamente à carga imposta pelo exercício, se fortalecendo progressivamente”, afirma o ortopedista Gualter Maldonado. Por mais que as atividades com carga sejam importantes para a saúde óssea, deve-se ter cuidado com a intensidade, pois esforços demasiados podem ter o efeito inverso, aumentando os riscos de se desenvolver a doença ou piorá-la. Sendo assim, atividades de impacto menor, como caminhada, corridas leves, natação, pilates e hidroginástica, também aparecem como opções. Alimentação é aliada do exercício no combate à osteoporose Mesmo ajudando bastante, os exercícios por si só não conseguem evitar ou tratar um quadro de osteoporose. É preciso que outras medidas importantes atuem em conjunto. A alimentação, por exemplo, com foco no consumo de nutrientes essenciais para os ossos, é vital nesse processo. O cálcio é o expoente máximo dentre esses nutrientes. Outra substância fundamental é a vitamina D, especialmente por ela ajudar a aumentar a absorção intestinal do cálcio. A vitamina D é muito encontrada em peixes e frutos do mar, enquanto o cálcio se faz mais presente no leite e seus derivados (iogurte, leite etc). Caso haja deficiência desses nutrientes, a suplementação por meio de medicamentos pode ser uma solução interessante. Caso a osteoporose já esteja instalada, é importante que essas medidas (alimentação e atividade física) sejam acompanhadas do tratamento medicamentoso adequado. Foto: Shutterstock

Pacientes com osteoporose podem vir a ter depressão? Por quê?

Comum em pessoas de idade avançada, a osteoporose implica na perda de massa óssea, ou seja, os ossos se tornam mais frágeis. Os pacientes com esta doença, portanto, precisam tomar muito cuidado, pois o risco de uma queda resultar em fratura é muito alto, e isso pode ser fatal. Por viverem com uma condição tão crítica, algumas pessoas podem acabar desenvolvendo depressão. Depressão pode piorar quadro de osteoporose “Indivíduos que têm osteoporose podem sim desenvolver depressão, assim como qualquer paciente. Na maioria das vezes, isso ocorre em função do medo constante de dor e de fratura. O paciente começa a limitar cada vez mais suas atividades, até que os sintomas depressivos aparecem”, explica o ortopedista Gualter Maldonado. Além do fato do paciente com osteoporose que desenvolveu depressão ter que enfrentar duas doenças complicadas ao mesmo tempo, há ainda o risco do transtorno psicológico prejudicar o quadro da osteoporose. “Isso ocorre pois a depressão pode fazer com que o paciente não tenha uma boa adesão ao tratamento da osteoporose”. Tratamento de osteoporose dá confiança ao paciente para fugir da depressão Vale ressaltar que quando o tratamento da osteoporose é bem feito e apresenta resultados positivos, a tendência é de que o paciente se sinta mais motivado, esperançoso e confiante, o que pode ser uma arma e tanto contra a depressão. “Quando a pessoa volta a se sentir capaz de realizar atividades das quais havia se excluído, há um sentimento de bem estar e de vitória, diminuindo assim o risco de depressão”. Para que o paciente volte a se sentir bem e confiante para realizar suas atividades diárias normalmente, mesmo com os cuidados por conta da doença, é importante aderir ao tratamento não apenas com remédios, mas também com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis. Manter o peso ideal, praticar exercícios físicos e se alimentar adequadamente, buscando nutrientes importantes para os ossos, como o cálcio e a vitamina D, é essencial.     Foto: Shutterstock

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