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Dr. Franco Martins

Medicina do Sono e Pneumologia

Biografia

Dr. Franco Martins é pneumologista pela Unicamp e fez residência médica em Medicina do Sono pela Faculdade de Medicina da USP, onde se estabeleceu como preceptor médico por dois anos. Após conhecer o serviço de Medicina do Sono em Barcelona, o Laboratório do Sono da USP foi base para seu desenvolvimento em pesquisa clínica, aulas e medicina baseadas em evidências, praticidade, gerenciamento de tempo e gestão de pessoas. Atualmente, é preceptor na residência médica do Hospital Santa Marcelina e na Faculdade de Medicina do ABC, faz parte do corpo clínico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Rede D’Or Assunção e atua na diretoria da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Associação Brasileira de Asma e Liga de Pneumologia da FMABC. É ainda vice-presidente da Regional ABC da Associação Brasileira de Medicina do Sono. Em 2018, criou o método AutoAjuda da Insônia, onde ensina online pessoas a dormirem melhor entendendo o sono e a insônia de forma didática e fácil. Busca novas tecnologias em medicina e inovação, disrupção focada no empoderamento do paciente e de colegas médicos. Escreve para blogs, sites de saúde, consultor de programas televisivos e tem capítulos de literatura técnica escritos e artigos na área.

Artigos

Refeições muito fartas no jantar podem prejudicar a qualidade do sono?

Ter boas noites de sono é de grande importância para a saúde do corpo. Dormir bem ajuda, por exemplo, na capacidade de aprender e memorizar informações, além de recuperar a energia perdida depois de um longo dia. No entanto, alguns hábitos, como fazer refeições muito fartas no jantar, podem prejudicar a qualidade do sono. Jantar farto pode interromper o sono no meio da noite “Comer muito durante a noite pode atrapalhar o sono e provocar pesadelos. O ponto principal está no tipo de alimento, nutrientes ingeridos e na carga calórica dessa refeição, que pode jogar contra ou a favor. Alimentos leves e em pouca quantidade não parecem interferir negativamente”, afirma o especialista em Medicina do Sono Franco Chies Martins. Além disso, é importante prestar atenção ao horário: o jantar deve ser feito até duas horas antes de dormir. De acordo com o profissional, o sono é um processo natural e devemos fazer o que for possível para não atrapalhá-lo. A feijoada no jantar, portanto, deve ser evitada, assim como alguns alimentos e bebidas. “Refrigerantes de cola, café, chocolate e chá preto estimulam a atividade cerebral, causando insônia e despertares, e bebidas com gás propiciam aparecimento de refluxo ao deitar, interferindo na estabilidade do sono”, afirma. Comer muito no jantar pode causar refluxo gastroesofágico O jantar também não deve conter bebidas alcoólicas, que relaxam a musculatura, intensificando o ronco e a apneia do sono, e desestabilizam a atividade do cérebro, fazendo com que o corpo acorde no meio da noite, resultando na ressaca matinal. Por outro lado, bananas, castanhas e amêndoas são boas opções por terem triptofano, envolvido na produção da melatonina, o hormônio do sono. Martins também recomenda chá de camomila ou erva doce, sem açúcar. Além de prejudicar o sono, jantares fartos aumentam as chances de ganhar peso e de desenvolver refluxo gastroesofágico, hipertensão arterial e alto nível de colesterol. “A refeição noturna farta promove pico de glicose e insulina, relacionados ao diabetes, colesterol e triglicérides, refletindo em risco cardiovascular”, alerta o especialista. Foto: Shutterstock

Insônia: Por que é difícil se concentrar após noites mal dormidas?

Os pacientes diagnosticados com insônia sabem que a condição é um grande obstáculo para se manter bem disposto e bem humorado no dia seguinte. Afinal, quem dorme mal ou simplesmente não consegue dormir pode ter uma queda na capacidade de concentração, aprendizado e memória, problema que pode afetar a rotina no trabalho e a relação com amigos e familiares. Insônia provoca dificuldades para se concentrar e memorizar “Uma noite mal dormida atrapalha o funcionamento do cérebro. Durante o sono, ocorre uma verdadeira limpeza de substâncias químicas acumuladas durante o dia, o que deixa o cérebro restaurado para se concentrar e ter bom desempenho. Quando o sono está inadequado, essas substâncias acabam se acumulando, prejudicando a performance cerebral”, explica o pneumologista e médico do sono Franco Martins. Esses, no entanto, não são os únicos prejuízos causados pelo sono de má qualidade. “Dormir mal está associado principalmente a distúrbios cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral, ganho de peso e alterações da glicemia relacionadas ao diabetes. Alterações de equilíbrio, irritabilidade e sensação de cansaço ou fadiga também podem ser decorrentes de noites mal dormidas”, alerta o médico. Exagerar no café para melhorar a concentração pode prejudicar o corpo Nesses casos, segundo Dr. Martins, é muito comum beber café excessivamente como uma tentativa de melhorar a atenção e a concentração. No entanto, grandes quantidades de cafeína provocam taquicardia, mal-estar e até arritmias cardíacas. “Uma dica é fazer pausas a cada uma hora de trabalho: levante, tome água e, tire um cochilo de quinze minutos após o almoço”, aconselha o especialista. Já em casa, o ideal é praticar a chamada higiene do sono, um conjunto de medidas que ajudam a dormir melhor. Manter um horário regular para deitar e despertar, somente ir para a cama na hora de dormir e manter um ambiente aconchegante e saudável são alguns dos principais hábitos. Não usar remédios sem indicação médica e não tomar café, refrigerante e bebidas alcoólicas perto da hora de dormir são outros exemplos. Foto: Shutterstock

Quais sinais podem indicar que sua noite de sono não está sendo suficiente?

Uma noite de sono ruim muitas vezes não precisa de sinais para ser percebida. Se você sente que não adormeceu plenamente durante todo o período e desperta muitas vezes ao longo da noite, saberá exatamente o motivo de acordar se sentindo cansado. Mas é possível também não perceber nada de anormal durante o sono e passar o resto do dia cansado. Principais sinais da noite de sono insuficiente Neste segundo caso, os sinais de que o sono não foi suficiente aparecem depois, no decorrer do dia. “Acordar sem disposição, sonolência diurna, irritabilidade, cansaço, menor rendimento no trabalho e estudos, dificuldades de concentração, menos controle emocional, problemas de memória são alguns exemplos desses sinais. No longo prazo isso pode trazer consequências mais graves”, informa o neurologista especialista em sono Shigueo Yonekura. Segundo o Dr. Franco Martins, especialista em medicina do sono e pneumologista, uma noite de sono ruim atrapalha o funcionamento do cérebro. “Durante o sono ocorre uma verdadeira limpeza de substâncias químicas acumuladas durante o dia, o que deixa o cérebro restaurado para se concentrar e ter bom desempenho. Quando o sono está inadequado, esse acúmulo aumenta, prejudicando a performance cerebral”, explica o médico. Isso resulta nos sinais antes mencionados – queda da capacidade de concentração, aprendizado e memória, irritabilidade, sonolência diurna etc. “Esses sinais, inclusive, são responsáveis por acidentes, devido a cochilos indesejados ou falta de atenção. Quem dorme menos do que devia também tende a envelhecer mais rápido”, afirma o Dr. Franco. Benefícios de dormir bem Portanto, ter uma noite de sono adequada é essencial para o bom funcionamento do organismo e a saúde de um modo geral. “Quando dormimos bem, o nosso sistema imunológico sai reforçado, os níveis de estresse e ansiedade baixam e a pressão arterial fica regulada”, informa o Dr. Shigueo. Quem sofre com problemas de sono deve recorrer a um especialista que indique o tratamento adequado, o qual muitas vezes se baseia no uso de medicamentos. Foto: Shutterstock

O que é insuficiência respiratória? Quais são os sintomas?

A insuficiência respiratória é uma condição na qual o sistema respiratório não consegue mais realizar as trocas gasosas de maneira adequada, prejudicando todo o funcionamento do organismo. Em resumo, o corpo não consegue mais respirar corretamente sem ajuda. O pneumologista Franco Martins dá mais detalhes sobre esse grave problema, que pode ser causado pela DPOC. DPOC pode provocar insuficiência respiratória “Os sintomas da insuficiência respiratória são falta de ar, aumento da frequência respiratória, ansiedade, tontura, palpitação e queda do nível de consciência, podendo levar ao óbito”, lista o especialista. Segundo o médico, vários fatores podem causar o quadro, uma vez que o funcionamento da respiração é complexo e envolve muitos órgãos do corpo. As causas principais da insuficiência respiratória são infecções, alterações do sistema nervoso central e obstruções dentro das vias aéreas. “Podemos citar pneumonia, embolia pulmonar, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, tuberculose, obesidade, aspiração de corpo estranho, intoxicação por fumaça ou produtos químicos e câncer”, informa Dr. Franco Martins. Tratamento da insuficiência respiratória Segundo o pneumologista, tomar vacina da gripe e da pneumonia, manter uma boa alimentação, ter boas noites de sono e fazer exercícios físicos são pilares de uma vida saudável e evitam o desenvolvimento de doenças que causam a insuficiência respiratória, como pneumonia, DPOC, enfisema pulmonar e infarto. Para o médico, o quadro deve ser identificado rapidamente para que o tratamento seja iniciado imediatamente, já que se trata de uma urgência. “Regularizar os níveis de oxigênio é o passo principal, por meio da descoberta e intervenção na causa do problema. Considerando que os níveis de oxigenação estão baixos, é possível ofertá-lo por cânulas nasais, máscaras e, em casos graves, intubação orotraqueal”, afirma. O objetivo é evitar que uma queda prolongada nos níveis de oxigênio causem sequelas graves, principalmente neurológicas.

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