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Dr. Daniel Silva de Azevedo

Neurologia

Biografia

Dr. Daniel Silva de Azevedo é formado em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), fez residência médica em Neurologia na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e pós-graduação em Neurointensivismo no Hospital Israelita Albert Einstein e em Neurossonologia, Hemodinâmica Encefálica e Cuidados Neurocríticos pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Possui ainda doutorado em Neurologia pela FMUSP. É especialista em ultrassom transcraniano pela Faculdade de Medicina da USP, pela World Federation of Neurology e pela Academia Brasileira de Neurologia. Atua como neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Artigos

Dor de cabeça constante: o que fazer para lidar com o problema?

A dor de cabeça constante, ou seja, dor de frequência diária ou quase diária, é chamada pela Neurologia de cefaleia crônica. Segundo o neurologista Daniel Silva de Azevedo, ao notar a presença do problema, o paciente deve procurar um especialista que possa fornecer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, já que cada tipo de cefaleia requer medidas específicas. Outra atitude fundamental, segundo o médico, é acabar com o uso exagerado de medicamentos (saiba como eles atuam). “A primeira medida a ser tomada por quem tem dor de cabeça crônica, após o diagnóstico correto, é a retirada do abuso de analgésicos, que é perigoso para a saúde e tende a piorar o problema”, explica o profissional. O que causa a dor de cabeça constante? A dor de cabeça constante é uma síndrome que compreende quatro doenças principais: a enxaqueca crônica, cefaleia tensional crônica, hemicrania contínua e cefaleia nova diária. A dor de cabeça constante também pode ser secundária a doenças inflamatórias crônicas das estruturas da cabeça ou do pescoço, como uma sinusite crônica ou uma inflamação de uma das artérias da face. Hábitos saudáveis aliviam e podem eliminar dor de cabeça constante A adoção de medidas que visem uma vida mais saudável também é fundamental para aliviar a dor de cabeça crônica. “Não ficar longos períodos sem comer, não fumar, evitar o estresse, ter uma boa noite de sono, praticar atividades físicas regularmente e ter uma alimentação saudável são medidas que melhoram e previnem quadros crônicos de dor de cabeça”, recomenda Azevedo. Ao mesmo tempo, também é possível recorrer ao tratamento medicamentoso, particularmente, ao uso de medicações moduladoras da dor, como antidepressivos e anticonvulsivantes. De acordo com o neurologista, casos mais refratários também podem se beneficiar da aplicação da toxina botulínica e de sessões de acupuntura. Nos pacientes em que a dor é secundária a problemas da coluna cervical, são recomendadas correções posturais e fisioterapia analgésica. Foto: Shutterstock

A dor de cabeça pode ser sinal de uma doença grave?

Dor de cabeça é o nome mais frequentemente utilizado para se referir à cefaleia, sintoma caracterizado por dores que atingem a região da cabeça. Um dos maiores motivos de procura por atendimento médico, a dor é um sinal do próprio organismo indicando que há um problema a ser resolvido. Ela pode atingir apenas um ou os dois lados da cabeça e variar de intensidade, dependendo do indivíduo afetado e da causa. AVC e tumor podem causar dor de cabeça A dor de cabeça pode surgir como resultado de estresse, gripes, sinusites, dores de dente e desidratação. Até mesmo a ressaca e o consumo de alguns alimentos, como café e chocolate, pode gerar dor de cabeça. No entanto, também pode ser um sintoma de problemas mais graves, como AVC, glaucoma, meningite, aneurisma, tumor cerebral, trombose venosa cerebral e até ataques de pânico. Não são todas as dores de cabeça que indicam a presença de uma doença grave. Portanto, fique atento: “Dor de cabeça forte e inédita, persistente e de piora progressiva, associada a desmaio, crise convulsiva, alteração de comportamento e memória e de sonolência excessiva são indicativos de problemas graves”, afirma o neurologista Daniel Silva de Azevedo. Dor de cabeça acompanhada de confusão mental deve ser investigada Quem sentiu a primeira dor de cabeça depois de atingir os 55 anos de idade também deve ficar desconfiado. A mesma regra vale para pessoas que perceberam que o sintoma surgiu acompanhado de fraqueza ou dormência em algum lado do corpo, comprometimento da visão, dificuldade para falar, confusão mental, febre alta e náuseas. Nestes casos, recorrer aos analgésicos ou outro tipo de remédio para dor de cabeça acaba não resolvendo o problema. “Tomar remédio pode apenas aliviar a dor. Estes sinais são indicativos de problemas graves e que podem levar à morte se não rapidamente diagnosticados e tratados”, alerta o médico. Um neurologista deve ser procurado assim que possível. Foto: Shutterstock

Por que um analgésico pode aliviar dores diferentes do nosso corpo?

A dor é uma sensação desagradável que surge como uma espécie de alerta para o corpo, para dizer que algo não está certo. Existem diversos tipos de dores, como dor nas costas e dor de cabeça, mas para o alívio rápido, é comum as pessoas frequentemente recorrerem, diante de qualquer dor, aos medicamentos analgésicos, devido à sua versatilidade. E existe uma razão para isso. Medicamentos analgésicos agem em todo o corpo Os analgésicos são capazes de aliviar dores diferentes do corpo, vindas das mais diversas regiões. “A sinalização da dor aguda no nosso corpo acontece da mesma maneira em órgãos e tecidos. Os medicamentos para dor, portanto, agem da mesma forma em todos os lugares do corpo, ao diminuir a sinalização da resposta dolorosa ao nosso cérebro”, afirma o neurologista Daniel Silva de Azevedo. Quando uma injúria tecidual surge, como uma lesão muscular, as células locais liberam substâncias, chamadas de mediadores inflamatórios, que estimulam terminações nervosas específicas responsáveis por sinalizar a resposta de dor ao cérebro. É aí que as pessoas sentem a dor e utilizam os analgésicos. Existem dois tipos de analgésicos De acordo com o médico, existem dois tipos clássicos de analgésicos: os opiáceos e os não opiáceos. “Os analgésicos não opiáceos, de maneira geral, agem inibindo a produção de algumas destas substâncias específicas e, portanto, diminuem a provocação da resposta dolorosa. Em contrapartida, os analgésicos opiáceos agem diretamente no nosso cérebro diminuindo a percepção da sinalização de dor”, explica o profissional. É importante lembrar que a resposta de cada indivíduo diante da dor é diferente. Para algumas pessoas, uma dor de cabeça pode levá-las a interromper um dia de trabalho, mas para outras, a dor de mesma intensidade pode ser vista como algo corriqueiro. A diferença de percepção é causada por muitos fatores, como experiências de vida e lesões prévias. Foto: Shutterstock

Como atua um remédio para dor de cabeça?

Existem diversos tipos de dores de cabeça e cada um pode ser causado por um fator diferente. Enquanto algumas pessoas são mais propensas à dor devido à genética, outras podem ter a dor causada por, entre outros motivos, desidratação, sinusite, ressaca, gripe, problemas nos dentes, consumo excessivo de medicamentos e até tumores. As dores de cabeça, na maior parte dos casos, são causadas pela liberação de substâncias que sinalizam a dor nas regiões dolorosas do crânio, da face e do pescoço. Nestes locais, estas substâncias estimulam terminações nervosas que levam o sinal de dor para o cérebro, alertando que existe a necessidade de protegê-lo. É assim que surge a sensação dolorosa. Analgésicos são os medicamentos mais utilizados para dor de cabeça “Em geral, para alívio dos diversos tipos de dor de cabeça, usam-se os analgésicos não opiáceos e os anti-inflamatórios não hormonais”, afirma o neurologista Daniel Silva de Azevedo. O médico explica ainda que, para alguns tipos de dores de cabeça mais específicos, também podem ser usados anticonvulsivantes, antidepressivos, neurolépticos e até toxina botulínica. A atuação dos medicamentos para dor de cabeça varia dependendo do tipo específico escolhido. “Eles agem diminuindo a produção local tecidual de substâncias estimuladoras de dor ou diminuindo a transmissão de dor e a captação do sinal doloroso pelo cérebro”, diz o profissional, se referindo aos analgésicos não opiáceos e aos opiáceos, respectivamente. Neurologista deve ser procurado em casos de dores de cabeça frequentes Os analgésicos não opiáceos, de maneira geral, podem ser sempre usados para aliviar as dores de cabeça. “As principais contraindicações são ‘alergias’ aos componentes das fórmulas, presença de problemas renais, histórico de sangramento digestivo ou de doenças gástricas”, alerta o médico. Mas, caso haja necessidade de uso frequente desses medicamentos, é preciso procurar um neurologista para avaliar se há algo de errado. Foto: Shutterstock

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