
Dr. Bruno Vargas Aniceto
Dermatologia
Biografia
Dr. Bruno Vargas Aniceto é dermatologista, graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fez residência médica em Cirurgia Geral e tem especialização em Dermatologia Clínica, Cirúrgica e Cosmiatria. O médico é também membro titular e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Artigos
Medicamentos tópicos contra a calvície podem ajudar no crescimento da barba?
O crescimento da barba não é igual em todos os homens. Para uns, os fios crescem com volume e regularidade, enquanto outros têm a barba falhada e rala. Apesar dessas diferenças serem frequentes, elas podem incomodar e, para tentar corrigi-las, alguns homens têm apostado no uso de medicamentos tópicos contra a calvície para estimular o crescimento da barba. Afinal, esse tratamento funciona? Medicamentos tópicos podem ajudar no crescimento dos pelos da barba Ainda que a maior parte das pesquisas e das indicações para medicamentos tópicos com minoxidil seja para combater a calvície, esses produtos podem fazer efeito também no crescimento dos pelos da barba. “Há menos estudos relacionados ao seu uso na barba em comparação com a calvície, porém, por ser um medicamento seguro, os dermatologistas têm prescrito também para ajudar no crescimento da barba de homens que apresentam falhas ou pelos muito finos”, afirma a dermatologista Daniela Aidar. Além da medicação tópica, existem outras modalidades de tratamento para quem não consegue crescer uma barba. “Em casos onde a falta do pelo é constitucional, o implante de pelos na área de barba já é um tratamento disponível e eficaz”, informa o dermatologista Bruno Vargas. Para o implante, cada paciente deve ser avaliado individualmente para verificar se já teve problemas de cicatrização ou queloide. Os fios podem ser retirados da cabeça ou até mesmo da área embaixo do queixo. Já quem tem falhas na barba pode disfarçá-las deixando os fios bem aparados ou tendo paciência para que os fios cresçam com maior uniformidade. Como funcionam os medicamentos tópicos contra a calvície? Os medicamentos tópicos atuam tanto nos mecanismos de crescimento dos fios, quanto na circulação sanguínea da pele abaixo deles, favorecendo o crescimento. “Os medicamentos tópicos ajudam a estimular o crescimento capilar e melhoram também a circulação sanguínea, fornecendo mais oxigênio para a raiz dos cabelos, atuando como vasodilatador”, diz Vargas. Os resultados são vistos de acordo com o crescimento dos novos fios. Em geral, é possível notar diferenças a partir do segundo mês de uso contínuo, mas o tempo de uso desse tipo de medicamento é individualizado e determinado a partir do diagnóstico do paciente. Foto: Shutterstock
Qual é a importância de um anestésico tópico antes de fazer uma tatuagem?
Uma das maiores preocupações de quem vai fazer uma tatuagem pela primeira vez é, além da qualidade do desenho, a dor provocada pelo contato da agulha. Uma das formas de evitar o desconforto é escolher uma região da pele em que a dor é menos intensa. Outra é recorrer ao uso de anestésicos tópicos na hora de ser tatuado. Anestésicos tópicos aliviam a dor causada por procedimentos na pele Os anestésicos tópicos são substâncias aplicadas diretamente na pele para amenizar a dor diante de um procedimento, como fazer uma tatuagem e colocar um piercing. “O anestésico bloqueia a condução do estímulo nervoso quando aplicado em concentração apropriada no tecido”, explica o dermatologista Bruno Vargas. Segundo o especialista, qualquer procedimento realizado na pele e que possa causar dores no paciente pode se beneficiar do uso dos anestésicos tópicos. Entre eles estão os tratamentos a laser, epilação, escleroterapia e outros. A eficácia da substância, de acordo com o profissional, dependerá do tipo escolhido e da concentração do ativo presente no produto. Os cuidados antes e depois de fazer uma tatuagem Antes de ir até o estúdio para fazer a tatuagem, existem alguns cuidados que devem ser tomados. “É muito importante que o local não esteja bronzeado e, também, não apresente lesões ativas. Em peles negras deve-se ter muita cautela, uma vez que a melanina da pele pode absorver o laser e causar queimaduras ou queloides”, alerta o dermatologista. Sentir pouca ou nenhuma dor durante o procedimento não significa que algumas precauções devem ser deixadas de lado. O plástico colocado por cima da tatuagem, por exemplo, deve ser substituído a cada três dias para evitar a proliferação de bactérias. Use sabonetes antissépticos para higienizar a área e pomadas para ajudar na cicatrização e evite coçar e expor o desenho à luz solar. Foto: Shutterstock
Dezembro laranja: as manchas merecem atenção para o câncer de pele
Fim de ano é época de se preparar para as festas de Natal e Ano Novo e para o verão, mas também é quando acontece a campanha Dezembro Laranja, cujo objetivo é alertar a população brasileira a respeito dos perigos e da necessidade de se prevenir contra o câncer de pele. Este é o tipo de câncer mais comum no país: segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são cerca de 180 mil novos casos a cada ano. Pintas que mudam de cor são sinal de câncer de pele Para detectar o câncer de pele precocemente, é importante ficar de olho em mudanças no próprio corpo. “Prestar atenção nas características das pintas, sendo que alterações como mudança de coloração, bordas irregulares, sangramento e coceira são sinais de alerta”, afirma o dermatologista Bruno Vargas Aniceto. A formação de crostas com vazamento de líquidos também é uma característica da doença. O câncer de pele se manifesta ainda por meio de feridas que não cicatrizam ou de manchas nas cores rosa, preto e castanho e que aumentam de tamanho. De acordo com o especialista, surgem com maior frequência no pescoço, ombros, costas, face, orelhas e couro cabeludo. Na dúvida, não deixe de procurar um médico para uma avaliação. Conheça os tipos de câncer de pele “Existem dois tipos de câncer de pele. O tipo não melanoma, normalmente, não leva ao óbito e é o tipo mais comum. Geralmente, ocorre em áreas expostas e medidas de proteção solar, como o uso de filtro solar, são as mais eficazes na prevenção”, afirma o dermatologista. Além disso, o tratamento costuma ser menos intenso, feito com radioterapia ou cirurgia. Já o tipo melanoma pode levar a morte e o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja eficaz. Este tipo não se desenvolve necessariamente em áreas expostas aos sol e a melhor maneira de se prevenir é fazer o exame periódico das pintas, chamadas na literatura médica de nevos melanocíticos. Foto: Shutterstock
Os fios de quem tem calvície são mais frágeis do que o normal?
A calvície é uma condição vista principalmente nos homens e causada por diversos fatores, sendo a genética a razão mais frequente. Nestes casos, a calvície recebe o nome de alopecia androgenética, podendo ser tratada com medicações orais e tópicas. Além da queda intensa dos fios e de falhas cada vez maiores no couro cabeludo, outro problema é uma maior fragilidade dos fios, que surge junto à calvície. Genética e alimentação podem deixar fios mais frágeis De acordo com o dermatologista Bruno Vargas, é preciso investigar a causa da calvície para entender o motivo para os fios estarem mais frágeis: “Não existe uma resposta única para explicar porque uma pessoa está com queda de cabelo. A perda dos fios pode ser causada por fatores genéticos, má alimentação, alterações hormonais, uso de determinados medicamentos, desnutrição e estresse”. Uma dieta desequilibrada tem sua parcela de culpa, por exemplo, já que os fios precisam receber quantidades adequadas de proteína, cálcio, ferro e das vitaminas B, C e E para crescerem fortes: “A alimentação interfere na saúde de nosso organismo como um todo e a deficiência de determinadas vitaminas, por exemplo, tem impacto nos cabelos”, ressalta o médico. Remédio para calvície pode melhorar a saúde do cabelo O mais importante, segundo o especialista, é fazer um acompanhamento regular da saúde capilar com um dermatologista: “Existem exames precisos de tricoscopia (dermatoscopia digital), por exemplo, que avaliam a saúde do couro cabeludo, bem como dos fios, e auxiliam no diagnóstico do tipo de queda”. A partir daí, é possível estabelecer uma linha de tratamento mais eficaz. Dr. Bruno Vargas ainda cita os medicamentos que desaceleram o processo da queda e estimulam o crescimento de fios novos como opções de tratamento. O uso de medicamentos no couro cabeludo e até mesmo tecnologias a laser são aliados ao tratamento com remédios para reduzir a queda e, assim, impedir a fragilidade dos fios. Foto: Shutterstock
Mito ou verdade: Comer alimentos gordurosos deixa a pele mais oleosa?
Uma pele oleosa é aquela com aspecto mais espesso e brilhante devido à produção de sebo maior do que o normal. A Sociedade Brasileira de Dermatologia classifica a pele em três outros tipos: normal, seca e mista. A oleosidade excessiva traz uma maior tendência a cravos e espinhas e muitas pessoas acreditam que alimentos com alto teor de gordura podem deixar a pele mais oleosa. Será que é verdade? A dermatologista Juliana Fonte diz que sim. “O consumo de alimentos gordurosos pode provocar uma hiperinsulinemia o que leva ao aumento dos hormônios androgênicos e, consequentemente, aumento da produção sebácea”, explica. O que fazer para prevenir a oleosidade? Além de evitar os alimentos ricos em gordura saturada, como carnes, laticínios, chocolate, amendoim e frituras, as pessoas com pele oleosa também devem evitar os que inflamam o corpo, como aqueles que possuem um alto índice de açúcar. Esses alimentos podem ativar um mecanismo regulador inflamatório e aumentar a proliferação das células do ducto sebáceo e do sebo. Os alimentos que ajudam a combater a produção de oleosidade são os ricos em vitaminas A, C e E. Esses nutrientes têm função oxidante que ajudam a controlar a produção de sebo pelas glândulas sebáceas e podem ser encontrados em frutas como laranja, abacaxi, mamão, abacate, em cereais integrais, etc. Cuidados com a pele oleosa Quem tem a pele oleosa pode ter a reação inicial de querer lavar a pele com sabonete e água, mas o que aparentemente ajuda pode, na verdade, estar atrapalhando. Isso acontece porque os sabonetes comuns podem alterar o pH da pele e induzir o corpo a produzir ainda mais sebo, o chamado efeito rebote. É importante procurar a ajuda de um especialista para tratar corretamente esse tipo de problema, porque há sabonetes específicos para cada caso. Em geral, para cuidados com a pele oleosa, são indicados os sabonetes com limpeza profunda, ação adstringente, queratolítica e antimicrobiana. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/cuidados/tipos-de-pele/ Foto: Shutterstock
Molusco contagioso: há alguma forma de proteger seus filhos da infecção?
O molusco contagioso é uma doença causada por vírus da família Poxvirus. O principal sinal provocado pela infecção é o aparecimento de lesões na pele que, geralmente, são assintomáticas, mas que podem coçar. As lesões surgem amareladas, avermelhadas ou rosadas e frequentemente ficam nas dobras dos braços, das pernas e das axilas e no tronco. É importante proteger as crianças da doença, principalmente entre os 5 e 10 anos de idade, já que elas são o principal grupo de risco. “O molusco contagioso é muito comum na infância devido à baixa resistência do organismo nesta faixa etária”, afirma o dermatologista Bruno Vargas Aniceto. Casos em adultos com imunodeficiência também são relativamente comuns. Saiba como prevenir o molusco contagioso Segundo o especialista, a transmissão do vírus é feita, normalmente, por contato direto com um indivíduo infectado. Um simples aperto de mãos ou um abraço, por exemplo, podem transmitir o molusco contagioso. Para se prevenir, as crianças devem evitar compartilhar objetos pessoais, como roupas, calçados e toalhas. Tratamento das lesões pode ser feito por curetagem É importante que as crianças não cocem ou machuquem as lesões para evitar uma infecção bacteriana secundária. “O tratamento é realizado com a curetagem das lesões, mas podem ocorrer recidivas das lesões. Em alguns casos, o próprio organismo elimina o vírus com a resolução do caso”, explica o médico. Foto: Shutterstock