search
Avatar Dr. Benjamin Farbiarz Segal

Dr. Benjamin Farbiarz Segal

Cardiologia

Biografia

Dr. Benjamin Farbiarz Segal é formado em Medicina pela Fundação Técnico-Educacional Souza Marques (RJ) e é especializado em Cardiologia, Terapia intensiva, Emergência e Consultoria. Possui experiência no atendimento médico e coordenação de equipes em setores de Cardiologia Clínica, Medicina Preventiva, Terapia Intensiva (CTI adulto geral), Unidade Coronariana, Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca e Angioplastia, Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, Emergência Clínica, transporte em ambulância avançada, Auditoria Interna e Externa. É palestrante sobre diversos temas ligados à cardiologia e à medicina preventiva para público especializado e leigo. Tem treinamento e liderança de equipes multiprofissionais de saúde em hospitais, clínicas e atendimento externo. Faz trabalho voluntário de atendimento médico e promoção de palestras e autocuidado com população de baixa renda, asilos, entidades religiosas e clubes.

Artigos

Hipertensos correm mais riscos em procedimentos cirúrgicos?

Pessoas com pressão alta precisam de cuidados especiais quando se submetem a um procedimento cirúrgico. A hipertensão não controlada gera inúmeras complicações no corpo e uma delas é o maior risco de picos de pressão durante uma cirurgia. Se algo der errado, órgãos-alvos, como coração, cérebro e pulmões, podem ser afetados e precipitar infartos e AVC (acidente vascular cerebral). A importância da avaliação do risco cirúrgico Para prevenir que qualquer problema aconteça, antes do procedimento, o paciente se submete a uma avaliação do seu estado clínico, como aponta o cardiologista Benjamin Farbiarz Segal: “Antes de qualquer operação, é realizado um risco cirúrgico, feito geralmente pelo cardiologista ou clínico médico para detectar e, por vezes, tratar esses fatores de risco.” O anestesista deve checar os sinais vitais e manter o paciente estabilizado antes, durante e depois da cirurgia. “Contudo, devemos entender que esses fatores de risco podem ficar ocultos antes do procedimento e se agravar durante o ato cirúrgico”, alerta Segal. Acompanhamento médico é fundamental Segundo o cardiologista, picos de pressão podem ocorrer a qualquer momento. Mas, depois de uma cirurgia e quando o efeito da anestesia acaba, o paciente pode sentir dor e isso provocar um aumento da pressão arterial. Para o médico, é fundamental que o paciente seja acompanhado em todos os passos do processo de intervenção. Segal ainda afirma que, como o ser humano é dinâmico, o tratamento para a hipertensão pode mudar por causa de um procedimento. “Muitas vezes, temos uma cirurgia que visa corrigir um tumor ou uma situação que gere dor na pessoa e, quando retiramos esse fator desencadeante, a pressão diminui”, diz o cardiologista, concluindo que todas as mudanças do corpo impactam no tratamento médico.

Quais são os primeiros passos na prevenção de um segundo infarto?

Depois de um infarto do miocárdio, parte da musculatura do coração perde sua vitalidade. A partir daí, o organismo tem que se readaptar para tentar manter o funcionamento cardíaco o mais próximo da normalidade. No entanto, o próprio paciente e a equipe médica devem auxiliar na recuperação e na prevenção de um segundo infarto. Alimentação e atividade física reduzem risco de novo infarto “A intervenção médica e a prevenção secundária já começam imediatamente durante o próprio atendimento inicial do infarto, que não pode ser considerado um evento isolado, visto que temos uma alta taxa reincidência”, afirma o cardiologista Benjamin Farbiarz Segal. Quem já teve um infarto, tem de forma geral, 10 vezes mais chance de ter um novo evento em comparação a quem é saudável. “O tripé da saúde envolve medicação, alimentação e atividade física bem orientadas. Quem se compromete a mudar os fatores que dependem do comportamento diário, terá benefícios”, diz o profissional. No dia a dia, as refeições, por exemplo, devem ter uma quantidade equilibrada de gorduras, além de uma diminuição no consumo de sódio e carboidratos. Reduzir o estresse e abandonar o cigarro também são medidas importantes. Medicamentos são essenciais na prevenção de um segundo infarto De acordo com o especialista, o uso da medicação começa logo após o infarto. Existem várias classes de remédios, como beta-bloqueadores, antiagregantes plaquetários e anticoagulantes, que junto a procedimentos cirúrgicos, aumentam a sobrevida do paciente, controlam a hipertensão arterial e permitem que ele tenha uma boa qualidade de vida. Já a prática de atividades físicas só deve ser iniciada quando o cardiologista autorizar, para não colocar em risco a recuperação. Ainda assim, a frequência e a intensidade devem ser controladas. Manter o corpo em movimento é importante para trabalhar a musculatura cardíaca e perder peso, medida essencial de prevenção para quem tem sobrepeso ou obesidade. Foto: Shutterstock

Aposentada consegue controlar hipertensão seguindo tratamento

Diversos fatores podem explicar a manifestação de um quadro de hipertensão. Maus hábitos de vida possuem grande influência nesse sentido, tais como tabagismo, alimentação com excesso de gordura e sal, estresse, obesidade e sedentarismo. Porém, uma pessoa que leva uma vida saudável também pode sofrer com o problema. Isso se deve à genética. Pessoas com genética desfavorável devem se cuidar desde cedo Este é o caso da aposentada Genelonísia M., de 75 anos, que vive em Itapevi (SP). Ela conta que mesmo praticando atividade física regularmente e mantendo uma alimentação saudável, sofre de hipertensão e já teve um infarto. “Não como carne gordurosa, nem muito temperada, nem frango com pele, nada disso. Além disso, sempre tive o hábito de fazer caminhada. A pressão alta deve ser de família, já que tenho muitos parentes com esse problema”, afirma. De acordo com o cardiologista Benjamin Farbiarz Segal, mesmo atletas profissionais, com toda alimentação controlada, podem apresentar hipertensão arterial. “Por isso se diz que a origem desta forma da doença geralmente está ligada à prevalência familiar. Os fatores genéticos são, isoladamente, um risco alto de incidência de hipertensão. Aqueles que têm uma genética desfavorável devem se cuidar desde cedo”, explica o médico. A aposentada se trata com remédios para hipertensão há cerca de oito anos, mas só conseguiu encontrar um produto de fato eficaz quatro meses atrás. “Todos os medicamentos que usei antes não conseguiam abaixar a pressão. Somente agora estou conseguindo mantê-la controlada. Antes minha pressão girava em torno de 22 por 12. Hoje fica em 11 por 7”, conta Genelonísia. Outros sintomas da hipertensão Apesar da hipertensão ser considerada uma doença silenciosa, ou seja, que cursa sem manifestação de sintomas, a aposentada afirma que sentia desconfortos em função do quadro. “Além da pressão elevada, eu sentia alguns incômodos, como fôlego curto, o que me fazia sentir constantemente cansada, e também uma dor forte, ‘ardida’, como se fosse uma azia, mas no coração”, completa a aposentada. Foto: Shutterstock

Saiba mais sobre o estágios da hipertensão

A hipertensão é classificada em três tipos: leve (pressão arterial de 14/9 até 15/9), moderada (16/10 até 17/10) e grave (17/10 ou mais). Depois que a doença é diagnosticada, o cardiologista vai indicar o tratamento de acordo com o estágio da patologia, além de analisar todo o histórico do paciente. “O controle da hipertensão deve ser feito de maneira regular e com acompanhamento médico para se chegar a um alvo pressórico adequado a cada caso. Um jovem se comporta de uma maneira diferente de uma pessoa mais idosa, assim como as diversas causas de hipertensão irão estabelecer necessidades de tratamento diferenciados”, explica o cardiologista Benjamin Segal, do Rio de Janeiro. A hipertensão é uma doença crônica, mas pode ser facilmente controlada com o tratamento adequado Segundo o especialista, as causas da hipertensão são em 85% não determinadas e multifatoriais, incluindo o perfil genético do paciente (histórico familiar). Os outros 15% são causas secundárias. “Fatores ambientais, doenças, alimentação que podem gerar hipertensão arteral e, uma vez corrigidos, podemos sim ter uma cura da doença”, enfatiza o médico, afirmando que o medicamento funciona para fazer algo que sozinhos não podemos. “O que devemos é modificar nossos hábitos de vida, costumes e alimentação para termos uma vida mais saudável”. Alimentação saudável e exercícios físicos são fundamentais para hipertensos A alimentação saudável é o primeiro passo para uma pressão arterial controlada. O sal é o grande vilão para hipertensos, por conta da retenção de líquido. Uma dieta equilibrada aliada com exercícios físicos vale para qualquer doença ou condição clínica. “O hipertenso deve ter a alimentação rica em fibras, minerais, proteínas de origem vegetal ou animal de baixo teor de gordura, vegetais em suas diversas formas e livres de agrotóxicos, hidratação abundante e com baixa ingesta de açúcares, sal e frituras. Tanto o plano alimentar, quanto o plano físico devem ser individualizados e acompanhado de profissionais adequados”, conclui o cardiologista.  

Converse com um dos nossos atendentes