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Dr. Ana Carolina da Matta Ain

Alergia e Imunologia

Biografia

Dra. Ana Carolina da Matta Ain é graduada em Medicina pela Universidade de Taubaté (UNITAU), fez residência médica em Pediatria no Hospital Universitário de Taubaté e obteve o título de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria em 2007. Realizou Curso de Especialização em Alergia e Imunologia na Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP) e obteve o título de especialista em Alergia e Imunologia pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) em 2009. É filiada a Sociedade Brasileira de Pediatria, Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e Sociedade Latino Americana de Imunodeficiência (LASID) e, atualmente, é responsável pelo ambulatório de Alergia e Imunologia do Hospital Universitário de Taubaté e professora auxiliar do Departamento de Pediatria da UNITAU. Atua principalmente nas áreas de alergia e imunologia pediátrica.

Artigos

Quais exames podem mostrar como anda a imunidade do organismo?

O sistema imunológico exerce uma função muito importante para todo o corpo: ele é o responsável por criar a defesa do organismo e mantê-la em funcionamento, combatendo agentes invasores como vírus, bactérias e fungos. No entanto, nem sempre a imunidade funciona da maneira adequada. Quando isso acontece, é possível recorrer a alguns exames para checar se algum problema está afetando o sistema imunológico.  Para verificar como anda a imunidade, os médicos podem pedir uma série de exames, como cita a imunologista Ana Carolina da Matta Ain: “Hemograma, imunoglobulinas (IgG, IgM, IgA, IgE), subclasses de IgG (1, 2, 3 e 4), linfócitos T e B, complemento, respostas vacinais e o novo exame de triagem neonatal TREC e KREC. Temos também os exames para avaliação de fagócitos como dihidrorodamina”.  Como o hemograma ajuda a analisar a imunidade? O hemograma, por exemplo, mede a quantidade de leucócitos e hemoglobina, com base em uma amostra de sangue, para confirmar uma infecção ou um caso de anemia. Dra. Ana Carolina explica ainda que “os leucócitos são as células brancas do sangue e, nesse grupo, estão os linfócitos e neutrófilos, células muito importante para o sistema imunológico. Se estiverem em baixa quantidade, facilitam as infecções”. Já o exame conhecido como complemento (C3, C4 e CH50) é feito para verificar o que está provocando infecções e alterações na atividade autoimune. “Recentemente, surgiram os novos exames TREC e KREC, colhidos logo após o nascimento, da mesma forma que o teste do pezinho. Eles ajudam a detectar doenças que afetam gravemente a imunidade dos recém-nascidos”, afirma a imunologista. Segundo a médica, esses testes são solicitados quando o paciente apresenta algum dos sinais de alerta de infecções. “Nós seguimos alguns protocolos para pensar quando o paciente tem chance de ter imunidade baixa. Chamamos de 10 sinais de alerta. Muitas infecções de ouvido e pneumonia de repetição num mesmo ano, infecções graves com uso de antibiótico em adulto e criança que ficou em UTI são exemplos”, informa a especialista. Como é feito o tratamento da imunidade baixa Quanto antes a imunidade baixa for detectada, melhor será para o paciente, já que ele terá menos sequelas. Depois do diagnóstico, o médico indicará as melhores formas de tratamento. “Alguns pacientes com imunidade baixa precisam receber tratamento com antibiótico profilático, imunoglobulina subcutânea ou endovenosa, que são anticorpos para combater as infecções. Hoje em dia, podemos indicar para algumas imunodeficiências primária o transplante de medula e a terapia gênica, que é uma terapia inovadora e que já está chegando no nosso país”, explica a médica.  Foto: Shutterstock

Como as vacinas ajudam o trabalho do sistema imunológico?

Tomar vacinas é uma atitude essencial para manter o corpo saudável e prevenir doenças. Muitos desses problemas são graves e podem acarretar riscos sérios e permanentes à saúde. Mas, você sabe como as vacinas atuam em nosso sistema imunológico? A imunologista Ana Carolina da Matta explicou para a nossa equipe a importância da vacina para imunidade e a defesa do organismo.  Vacina gera memória imunológica para prevenir doenças A imunologista explica que o funcionamento da vacina se dá a partir de uma “memória” que o sistema imunológico cria para o nosso próprio corpo. “As vacinas ajudam o sistema imunológico porque elas são compostas de agentes (bacterianos ou virais), inativados ou vivos atenuados, que fazem com que nosso organismo ache que está tendo uma infecção. Estimula-se a produção dos anticorpos para quando o corpo realmente entrar em contato com aquele vírus ou bactéria”, afirma a médica.  Na hora de combater a doença de verdade, o sistema imune produz os anticorpos que já conhece, como esclarece Dra. Ana Carolina: “O organismo já entende que pode produzir anticorpos contra a doença, porque ele já foi estimulado uma vez, já tem uma ‘memória’ imunológica. Logo, haverá o combate à infecção”. Vacinar-se é proteger a si mesmo e ao outro   A médica destaca que a vacinação não é uma medicação: ela é um compromisso não só com a própria imunização, mas também com a saúde de outras pessoas. “Se você fica sem tomar uma vacina que está indicada no calendário, tem mais chances de adoecer”, explica a especialista. A imunologista ainda enfatiza que, ao adoecer após decidir não tomar uma vacina, nos tornamos um risco para o grupo de pessoas que não pode se imunizar. “Por outro lado, se você pode tomar a vacina e a toma, uma pessoa imunossuprimida, em transplante ou quimioterapia, que é impossibilitada de se imunizar, irá se beneficiar, pois você não será um transmissor para ela”, conta Dra. Ana Carolina.  Se não souber quando ou de quais vacinas precisa, a médica explica que é preciso se informar com seu médico para tirar todas as dúvidas: “Há o calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), que possui calendário para idosos, recém-nascidos, prematuros, adultos, crianças, gestantes, alérgicos, com imunodeficiência, entre outros. Procurando saber previamente o seu perfil com o médico ou em uma clínica de vacinação, já dá para ter uma noção de qual vacina poderá tomar”. Foto: Shutterstock

Quais vacinas devem ser tomadas antes do inverno?

No inverno, com as baixas temperaturas, não é raro observarmos que as condições climáticas acabam desencadeando processos alérgicos e doenças respiratórias, como gripes e resfriados, comprometendo a imunidade, principalmente nas crianças. Por isso, é essencial destacar a importância de algumas vacinas para as defesas do organismo. A imunologista Ana Carolina da Matta nos contou sobre quais vacinas devem ser tomadas antes do inverno. Entenda mais sobre as imunizações necessárias para a estação mais fria do ano.  Gripe e pneumococo: conheça as vacinas essenciais antes do inverno De acordo com a imunologista, a vacina da gripe, contra o vírus Influenza, é essencial para manter a imunidade antes do inverno e prevenir as formas graves da doença. “Temos a vacina trivalente, que protege contra três vírus e é oferecida pelo SUS para grupos de risco; e as vacinas tetravalentes, mais comuns nos últimos anos, que protegem contra quatro tipos de vírus Influenza e são oferecidas na rede particular para todas as idades. Na verdade, essa vacina deveria ser ofertada para todas as pessoas”, informa Dra. Ana Carolina. Outra vacina destacada pela imunologista é a que atua contra o pneumococo, ou Streptococcus pneumoniae, um conjunto de bactérias que pode causar diversas doenças. “A vacina pneumocócica combate a pneumonia, sinusite, infecção de ouvido, de garganta e um tipo de meningite”, diz a médica. “Essa vacina é oferecida pela rede pública para a imunização de crianças ou na rede particular em qualquer idade se houver alguma indicação, como asma, DPOC, faixa etária maior do que 50 anos de idade, ou até mesmo para quem queira se prevenir contra o pneumococo”, complementa.  Vacina contra coqueluche: reforço deve ser tomado de dez em dez anos “Outra vacina importante é a vacina contra coqueluche que, dependendo da idade, deve ser acelular, o que precisa ser avisado na clínica de vacinação”, comenta a médica. “As crianças tomam a vacina contra coqueluche, mas muita gente não sabe que a cada 10 anos é necessário tomar o reforço, principalmente pessoas mais velhas e profissionais de saúde”. Dra. Ana Carolina destaca ainda a importância de pais e cuidadores de crianças também se vacinarem contra a coqueluche para evitar a transmissão para a criança, que não só pode se contaminar mais facilmente como também tem altas chances de morbidade por coqueluche no primeiro ano de vida. “Essas vacinas devem ser ofertadas nessa época do ano pois é a época em que nós vamos ter mais contato com o frio”, reforça a imunologista. “Quando nós, médicos, atendemos o paciente no pronto-socorro, é necessário saber se ele já foi imunizado com essas vacinas para fazer o diagnóstico correto, até mesmo contra o novo coronavírus, pois não é todo mundo que receberá a vacina”, finaliza.  Foto: Shutterstock

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