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Dr. Álvaro Cruz

Alergia e Imunologia

Biografia

Dr. Álvaro Cruz é pneumologista, alergista e imunologista, membro do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Artigos

Como a chegada do outono afeta quem tem asma e outras doenças respiratórias?

Você já deve ter ouvido falar por aí que a chegada dos meses frios aumenta a quantidade de pessoas doentes com problemas respiratórios, como asma, gripe e resfriado. Segundo a Fiocruz, isso realmente acontece. Não é à toa, por exemplo, que a campanha anual de vacinação contra a gripe do Ministério da Saúde começa em abril. Mas, você sabe quais são os efeitos da chegada do outono na saúde das pessoas com asma e com outras doenças respiratórias? A gente explica! Roupas guardadas podem atacar alergia respiratória   Segundo o alergista Álvaro Cruz, as temperaturas em queda do outono fazem com que as pessoas prefiram ficar em ambientes mais fechados e usem roupas que ficaram guardadas, às vezes empoeiradas e mofadas. “Tudo isso contribui para problemas respiratórios. A exposição ao ácaro e ao mofo e também a variação de temperatura podem agravar os sintomas respiratórios das alergias ou podem, por si só, desencadear sintomas, mesmo em pessoas que não são alérgicas”, explica o médico.  Há também um outro fator importante ligado à preferência por ambientes fechados nessa época do ano: “Há uma maior exposição a vírus respiratórios, como os vírus do resfriado, nas escolas e em lugares fechados e com aglomerações por causa da queda da temperatura. Esses problemas, em conjunto, levam à exacerbação da rinite alérgica e podem também causar sintomas mais gerais, como tosse, congestão nasal e desconforto na garganta, levando as pessoas a procurar atendimento médico”.  Asmáticos também podem sofrer no outono. “Quem tem asma tem o aparelho respiratório mais sensível. É o que se chama de hiper reatividade das vias aéreas. Qualquer coisa pode desencadear sintomas, como variação de temperatura, infecções respiratórias (como o resfriado) e, eventualmente, exposição aos ácaros da poeira. Isso é mais comum no outono, mas também pode acontecer no inverno”, explica o especialista.  Pacientes com asma não devem interromper tratamento da doença   Agora, você deve estar se perguntando: “E o que eu posso fazer para evitar ou amenizar os sintomas nessa época do ano?”. Não se preocupe, Dr. Cruz traz algumas orientações: “A pessoa deve se agasalhar e evitar se expor a variações extremas de temperatura, não entrando e saindo toda hora de ambientes com temperaturas diferentes. Cuidado especial com o vento, que agrava o problema da variação de temperatura no nariz e nas vias aéreas. Além disso, o ideal é pegar as roupas que ficaram guardadas, lavá-las com água morna ou quente e expô-las ao sol para matar parte dos ácaros”.  O médico também relembra de alguns aprendizados trazidos pela pandemia de COVID-19: lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel, evitar compartilhar copos e talheres e usar máscaras em ambientes com maior risco de contaminação são atitudes que podem evitar a transmissão de vírus respiratórios e, assim, diminuir o risco para pessoas que têm problemas respiratórios.  Dr. Cruz dá ainda um conselho específico para quem tem asma: “A doença pode sair do controle. Por isso, é muito importante que quem faz tratamento da asma continue a fazê-lo nesse período. Quem usa medicações somente quando necessário, de acordo com o plano de ação orientado pelo médico, deve recorrer a esse plano de ação a qualquer sinal de piora da asma”.  Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/43-infeccoes  Dados do Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/abril/ministerio-da-saude-da-inicio-a-campanha-de-vacinacao-contra-a-influenza-e-sarampo-nesta-segunda-04 

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