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Dr. Alexandre Proença

Biografia

Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, fez residência médica em Psiquiatria pela Fundação Municipal de Saúde de Niterói (FMS/HPJ) e é membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Artigos

Esquizofrenia: Pacientes podem consumir bebidas alcoólicas em moderação?

O consumo de bebidas alcoólicas é responsável por agravar diversas doenças e até mesmo por facilitar o desenvolvimento de problemas de saúde, como é o caso do diabetes e da hipertensão. A situação não poderia ser diferente com os transtornos psiquiátricos, como a esquizofrenia e a depressão. Esquizofrênicos não devem consumir álcool De acordo com um estudo feito pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, o abuso de álcool pode aumentar até três vezes as chances do desencadeamento da esquizofrenia. A situação oposta também acontece: segundo o psiquiatra Alexandre Proença, os pacientes esquizofrênicos são mais suscetíveis à dependência de bebidas alcoólicas. O uso é, portanto, fortemente desaconselhado. “O consumo de álcool não é indicado em nenhuma quantidade por pessoas esquizofrênicas. Além da interação medicamentosa com diversos remédios, as bebidas podem influenciar tanto na aderência ao tratamento, como na melhora dos sintomas”, explica o psiquiatra. Uso de álcool pode piorar sintomas da esquizofrenia “Sintomas delirantes, como pensamentos de perseguição, desconfiança e até mesmo o ciúme patológico, podem piorar na associação entre a doença e o álcool”, alerta Proença. Além disso, episódios de agitação e de agressividade protagonizados por pessoas com o transtorno mental também podem estar associados ao consumo de bebidas alcoólicas. Muitas pessoas que sofrem diariamente com os efeitos da doença recorrem ao álcool como válvula de escape, uma forma de atenuar os sintomas. Entretanto, a melhor opção para estes pacientes é procurar ajuda médica para que a dependência da bebida alcoólica seja tratada junto à esquizofrenia, aumentando assim as chances de uma melhora geral do quadro de saúde. Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) atende em Niterói e São Gonçalo (RJ). CRM-RJ: 52905674 – www.alexandreproenca.com.br Foto: Shutterstock

O tratamento para diferentes tipos de esquizofrenia é o mesmo?

O tratamento para a esquizofrenia, geralmente, mantém o mesmo padrão. Todos os tipos da doença exigem o uso de remédios, psicoterapia e interação social. O que pode variar mais são os medicamentos, já que cada pessoa pode reagir de forma diferente ao mesmo produto receitado.   Remédios para esquizofrenia apresentam efeitos variados   “O tratamento da esquizofrenia consiste em medicação (antipsicóticos, principalmente), psicoterapia e atividades de inserção e reabilitação social. Não existe grandes variações entre o tratamento para os tipos de esquizofrenia, o que acontece é que muitas vezes, um paciente responde bem a uma medicação e outro não”, afirma o psiquiatra Alexandre Proença. Além disso, há variações de foco e efeitos entre os medicamentos destinados ao tratamento da esquizofrenia. “Existem medicações que possuem maior efeito na melhora de sintomas positivos (ex: alucinações e delírio) e outras com maior efeito nos sintomas negativos (ex: déficit cognitivo, afeto embotado), por exemplo”.   Sintomas da esquizofrenia   Quando se fala em esquizofrenia, logo se pensa nos sintomas principais, que são os delírios, alucinações e isolamento social, mas é importante ter em mente que a doença não se resume a esses sinais. Existem diversas outras manifestações, as quais são distribuídas pelos variados tipos da doença. Um paciente com esquizofrenia pode apresentar ainda: desordem dos pensamentos, redução do afeto e da fala, dificuldade para manter o foco e memorizar coisas, funcionamento intelectual baixo, comportamento socialmente inadequado, modo estranho de falar e se posicionar/movimentar, dentre outros.   Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) atende em Niterói e São Gonçalo (RJ). CRM-RJ: 52905674 – Site oficial   Foto: Shutterstock

Esquizofrenia: por que algumas drogas podem desencadear a doença?

Ouvir vozes, sofrer com falta de motivação e ter dificuldades para falar e demonstrar afeto são apenas alguns dos sintomas da esquizofrenia, um grave distúrbio psiquiátrico. Sabe-se que o histórico familiar e má nutrição do bebê na barriga da mãe são importantes fatores de risco, mas o uso de drogas também tem sido apontado como um fator que influencia o desenvolvimento do transtorno. Álcool e maconha estão entre as drogas mais associadas à esquizofrenia “O uso isolado de drogas não desencadeia a esquizofrenia, porém, aumenta em mais de duas vezes a chance de apresentar um quadro psicótico crônico em pessoas com vulnerabilidade, principalmente a maconha”, explica o psiquiatra Alexandre Proença. Entre as drogas, um estudo feito pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca, destacou também o consumo de bebidas alcoólicas como fator de risco. Nestes casos, o mais importante é se prevenir. Os pacientes devem receber informações sobre os malefícios que o uso das drogas pode provocar, especialmente em pacientes com esquizofrenia. Já em situações em que a pessoa é viciada em determinada substância, é importante ter o apoio da família e receber orientações sobre como tratar o vício. Consumo de drogas aumenta frequência de surtos de esquizofrenia De acordo com o médico, o uso de drogas por pacientes que já têm o transtorno pode piorar os sintomas e dificultar o tratamento: “O uso de drogas é a comorbidade mais comum em pacientes esquizofrênicos. Essa associação piora e muito o prognóstico da doença, aumentando o número e a gravidade das crises, aumentando o tempo de internação, as taxas de recaídas, infecções, violência e suicídio e diminuindo a adesão ao tratamento”. A solução para esse problema é combater o consumo de drogas e, ao mesmo tempo, a esquizofrenia, com o tratamento prescrito por um especialista. O psiquiatra poderá indicar o uso de medicações antipsicóticas e de outros tipos, em associação a terapias, como a psicoterapia. Uma equipe multidisciplinar deverá acompanhar o paciente para melhorar seu convívio em sociedade e garantir que seu corpo trabalhe da forma mais adequada possível. Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) atende em Niterói e São Gonçalo (RJ). CRM-RJ: 52905674 – www.alexandreproenca.com.br Foto: Shutterstock

Surtos psicóticos são comuns durante o tratamento da esquizofrenia?

A esquizofrenia é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por dois tipos de sintomas. Os positivos englobam os delírios e as alucinações, enquanto o isolamento social, o déficit de afetividade e a deterioração da fala fazem parte dos sintomas negativos. Estas peculiaridades da doença ficam bastante afloradas durante os episódios de crises, que podem ocorrer mesmo com o tratamento. Maioria dos pacientes terá novo surto durante tratamento da esquizofrenia “Uma grande parcela dos pacientes tratados apresentará uma melhora dos sintomas, porém, com recidivas ao longo do tratamento. Uma média de 60% a 70% dos pacientes apresentará outro surto após o primeiro”, afirma o psiquiatra Alexandre Proença. Quem recebe o diagnóstico precocemente sai na frente e tem menos chance de sofrer novas crises.   De acordo com o especialista, existe uma variabilidade muito grande de comportamentos durante os períodos de surto. “Devemos ficar atentos a episódios de agressividade, isolamento e tentativas de suicídio. Nestes casos, é muito importante buscar atendimento especializado e, em alguns pacientes, a internação será necessária até que se consiga a remissão da crise”, alerta o médico. Antipsicóticos e terapias ajudam a evitar crises frequentes da esquizofrenia A maneira mais eficaz de evitar que o paciente passe por essas situações é continuar fazendo o tratamento conforme a indicação do médico. “A realização correta do tratamento ajuda a prevenir e a reduzir a gravidade das crises, além de melhorar o prognóstico da doença, ou seja, diminui a deterioração que o surto causa no indivíduo”, destaca o psiquiatra. O tratamento da esquizofrenia tem como base o uso de medicações antipsicóticas, na maior parte dos casos. São medicamentos que vão combater os delírios e alucinações típicos da doença e cujas doses poderão ser ajustadas ao longo dos meses e anos, de acordo com a necessidade do paciente. É importante também recorrer a psicoterapias, terapias ocupacionais e outras abordagens para dar mais qualidade de vida e preservar a funcionalidade do doente. Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) atende em Niterói e São Gonçalo (RJ). CRM-RJ: 52905674 – www.alexandreproenca.com.br Foto: Shutterstock

A depressão na adolescência é mais grave que em outras faixas etárias?

A depressão é uma doença psiquiátrica que provoca desinteresse, desânimo, tristeza e insegurança e pode até mesmo gerar alterações no apetite e no sono. O distúrbio atinge pessoas de todas as faixas etárias, no entanto, na adolescência, sua gravidade requer cuidados especiais e uma atenção maior dos amigos e familiares. “A depressão na adolescência pode ser tão ou mais grave que em adultos e um dos fatores que nos preocupa muito é o aumento do número de suicídios nesta faixa etária, que é bem vulnerável”, afirma o psiquiatra Alexandre Proença. Isso pode estar ligado às mudanças típicas dessa fase da vida, ao bullying e à pressão pela escolha profissional e por bons desempenhos na escola. Porém, segundo o profissional, a depressão em adolescentes responde bem ao tratamento. Abuso de álcool e outras drogas na adolescência aumentam risco de suicídio O suicídio nos casos de depressão está relacionado à falta de motivação para viver e ao desejo desesperado de dar um fim ao seu sofrimento, especialmente em quadros graves e não tratados. As tentativas e o desejo de suicídio também guardam relação com o uso de álcool e outros tipos de drogas, assim como situações muito impactantes, como perdas e abusos sexuais. Amigos e familiares podem ajudar um adolescente a tratar a depressão e evitar os riscos da doença. Para isso, é necessário conseguir identificar os sintomas. “É importante ter uma boa escuta e atenção e evitar minimizar os sintomas e queixas, dando importância aos sentimentos”, recomenda o profissional. Sinais e sintomas indicam gravidade da depressão em adolescentes Entre os sintomas destacados pelo especialista estão o isolamento, o baixo rendimento escolar e sentimentos de culpa e de vazio. Ao notá-los, é fundamental aconselhar o indivíduo a procurar auxílio médico para fazer uma avaliação e, caso necessário, começar o tratamento. É essencial ainda observar o risco de suicídio do adolescente. Alguns chegam a comentar com pessoas próximas sobre a falta de vontade para viver. Quem precisar de ajuda pode telefonar gratuitamente para o número 188 e conversar sigilosamente com os voluntários do Centro de Valorização da Vida. O atendimento está disponível em 16 estados brasileiros, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, mas deve estar presente em todo o país até julho de 2018. Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) atende em Niterói e São Gonçalo (RJ). CRM-RJ: 52905674 – www.alexandreproenca.com.br Foto: Shutterstock

O paciente em crise de esquizofrenia pode perder totalmente a noção da realidade?

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que deve ser diagnosticado precocemente e tratado de forma adequada. Quando isso não acontece, o paciente fica mais sujeito às crises da doença, capazes de provocar desorganização mental, delírios e alucinações e que podem ainda fazer a pessoa afetada pelo distúrbio perder totalmente a noção da realidade. Crise de esquizofrenia causa delírios, alucinações e mudanças no pensamento “Um paciente esquizofrênico em crise, ou seja, em surto psicótico, pode apresentar alterações do pensamento, como delírios, percepções distorcidas da realidade, alucinações e alterações da identificação de si próprio como pessoa, corpo e identidade”, caracteriza o psiquiatra Alexandre Proença. De acordo com o médico, a crise de esquizofrenia é um período em que ocorre uma reagudização da psicose. O paciente pode adotar um comportamento agitado, hostil e até agressivo, representando um risco para sua própria vida e para outras pessoas. Durante um surto, frequentemente, os esquizofrênicos acreditam que estão sendo perseguidos e ameaçados por pessoas ou seres que não existem. Manter a calma é importante durante surto de esquizofrenia Devido à perda da noção de realidade, é importante que amigos, familiares e pessoas que estiverem próximas não confrontem o paciente. O nível das alterações provocadas pela doença fará com que o esquizofrênico acredite veementemente em seus delírios e alucinações. O melhor a fazer nessas horas é manter a calma, tentar tranquilizá-lo e procurar o atendimento médico rapidamente. “A principal forma de evitar as crises é o tratamento adequado e a aderência ao tratamento farmacológico. A grande maioria das crises é causada pelo não uso ou até mesmo pelo uso inadequado da medicação”, afirma Dr. Proença. O tratamento da esquizofrenia é feito com terapias, como a psicoterapia, e uso de medicamentos antipsicóticos prescritos pelo psiquiatra. Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) atende em Niterói e São Gonçalo (RJ). CRM-RJ: 52905674 – www.alexandreproenca.com.br Foto: Shutterstock

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