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Dr. Alexandre de Souza Carlos

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Existem massagens que podem aliviar o incômodo causado pelos gases?

A formação de gases no organismo se dá através do ar que se engole em excesso ao beber ou comer, e, principalmente, da fermentação de substâncias não digeridas pelo estômago, com consequente produção de gás (hidrogênio, dióxido de carbono e metano) pelas bactérias presentes no intestino grosso (cólon). “Quando há formação de gases em excesso, uma pessoa pode sentir a necessidade de arrotar, pode ter o abdome distendido com ou sem desconforto abdominal, além de flatulência excessiva, às vezes com odores desagradáveis”, comenta o gastroenterologista Alexandre de Souza Carlos. Técnicas de massagens para gases O médico explica que há ainda algumas condições patológicas que implicam em maior predisposição para a formação de gases. “Síndrome do intestino irritável, doença celíaca, intolerância à lactose e parasitoses são alguns exemplos”. Práticas comuns e rotineiras também contribuem na formação de gases no organismo, tais como comer e falar muito rápido. Segundo o profissional, algumas massagens podem ser realizadas na tentativa de aumentar o peristaltismo intestinal e facilitar a eliminação de gases. “Há duas técnicas básicas de massagens que podem ser realizadas. Uma delas é semelhante à que praticamos no bebê. O paciente deita de costas e dobra as pernas sobre o abdome. A outra consiste em fazer massagens circulares suaves na região do abdome com as palmas das mãos de baixo para cima e em sentido horário por entre cinco e dez minutos”. Alimentação rica em fibras contribui para uma boa digestão Por mais que muita gente se incomode com a presença dos gases, sua produção no organismo é inevitável. O importante é manter o intestino funcionando plenamente para que a eliminação dos gases se dê da melhor maneira possível. Não conseguir liberá-los pode de fato trazer desconforto. Comer alimentos ricos em fibras, tais como algumas frutas (maçã, por exemplo), é ideal para ter uma boa digestão.    Foto: Shutterstock

Por que a úlcera dói principalmente quando o estômago está vazio?

A úlcera gástrica, que atinge estômago, consiste em feridas relevantes nesses órgãos, comprometendo sua integridade e provocando dores importantes. Este sintoma característico do quadro pode ser intensificado por alguns fatores externos, como por meio da ingestão de determinados alimentos e pelo fato do estômago estar vazio.  Úlcera estomacal e alimentação “Umas das explicações para a associação entre estômago vazio e dor provocada pela úlcera é que quando o estômago está vazio a secreção ácida gástrica fica em contato direto com a parede inflamada (úlcera). Isso pode provocar irritação e dor”, explica o gastroenterologista Alexandre de Sousa Carlos. Contudo, apenas se manter constantemente comendo algo não significa que o problema está resolvido. É preciso ter cuidado com o que será ingerido, pois algumas comidas e bebidas também podem contribuir para intensificar as dores. Café e outras bebidas com cafeína, álcool, refrigerantes e molhos/temperos fortes são alguns exemplos.   “Na presença de úlceras ativas, o ideal é uma dieta leve e fracionada, sem alimentos ácidos, sem frituras, além de evitar bebidas alcoólicas e gasosas”, afirma o especialista. Alimentos com fibras também são altamente indicados, assim como carnes magras, leite e derivados, nozes e castanhas. Tratamento medicamentoso contra o H. pylori Além da questão alimentar, é muito importante que os pacientes com úlcera estomacal busquem o tratamento medicamentoso adequado junto a um médico especialista para controlar as dores e demais sintomas. Como o problema muitas vezes se manifesta em função da infecção pelo H. pylori, é necessário buscar um remédio capaz de agir contra esta bactéria.   Foto: Shutterstock

A intolerância à lactose pode causar diarreia nas pessoas?

A intolerância à lactose se estabelece quando há ausência parcial ou total de uma enzima chamada lactase, a qual é responsável por digerir a lactose, um dos principais açúcares presentes no leite. Quem possui esta condição sofre com os efeitos que ela costuma causar. Cólica, distensão (inchaço) abdominal e diarreia são alguns desses efeitos. Perigos da diarreia causada pela intolerância à lactose “A intolerância à lactose é uma condição frequente e de caráter benigno que se manifesta com sintomas exclusivamente gastrintestinais. Os mais frequentes são dor abdominal, flatulência e diarreia”, aponta o gastroenterologista Alexandre de Sousa Carlos. Esses sintomas aparecem logo após a ingestão de algum produto lácteo, entre 30 minutos e duas horas depois do consumo. A intensidade dos sintomas costuma variar de acordo com a quantidade de lactose ingerida por quem tem a intolerância. Se por acaso um paciente acabar consumindo mais lactose do que deveria, pode ter uma diarreia bastante volumosa e com perda excessiva de líquido, ou seja, uma complicação grave. Por isso é ideal adequar a alimentação, evitando a lactose ao máximo.   Causas da intolerância à lactose e formação dos sintomas no organismo A causa da intolerância à lactose é, em muitos casos, genética, mas também pode estar associada a doenças gastrointestinais. Gastroenterites virais ou bacterianas, por exemplo, podem destruir as células produtoras de lactase que revestem o intestino delgado, fazendo com que a digestão da lactose seja dificultada. Em condições normais, a lactose é digerida no intestino delgado sem libertação de bolhas gasosas. Quando ela não é digerida adequadamente, passa para o intestino grosso, onde é degradada apenas em parte pelas bactérias presentes. Isso contribui para a formação dos sintomas da intolerância, o que inclui gases. “A produção de gases em excesso (flatulência) é bastante comum na intolerância a lactose. Isto se deve à fermentação da lactose não digerida por bactérias do intestino grosso”. Foto: Shutterstock

Helmintíases: Quais as principais características desse tipo de parasitose intestinal?

Conhecidas popularmente como vermes, os helmintos são os parasitas que provocam as helmintíases. Eles afetam, na maioria das vezes, o intestino e causam diversos sintomas similares aos de outras parasitoses intestinais. O tratamento, assim como em toda parasitose, se baseia no uso de medicamento específico para eliminar o agente infeccioso em questão (antiparasitários).   Causas, sintomas e tratamento das helmintíases “As helmintíases são parasitoses provocadas por vermes que, geralmente, habitam o intestino. As principais helmintíases são as seguintes: ascaridíase, enterobíase, estrongiloidíase, ancilostomíase, teníase, himenolepíase e esquistossomose”, informa o gastroenterologista Alexandre de Sousa Carlos. Segundo o especialista, os sintomas mais comuns provocados pelas helmintíases são: dor abdominal, diarreia, anemia carencial por deficiência de ferro e prurido anal. “O tratamento recomendado para controle desses sintomas consiste em antiparasitários. A escolha do que usar dependerá de qual helminto seja o responsável pela doença”, explica o profissional. Principais cuidados de prevenção Tendo em vista que as parasitoses intestinais são transmitidas por meio de alimentos, água, objetos e até terra contaminados pelos cistos dos agentes infecciosos, é fundamental estar em estado constante de atenção com a higiene de modo geral. Esse tipo de cuidado auxilia demais na prevenção de infecções do gênero. Portanto, deve-se lavar sempre as mãos, ao chegar da rua, antes das refeições e antes de colocar as mãos na boca por qualquer razão; limpar bem os alimentos antes de ingeri-los, principalmente verduras, frutas e legumes; e ingerir somente água devidamente filtrada. Não é por acaso que nas regiões onde o saneamento básico é deficiente os riscos de contaminação são maiores.       Foto: Shutterstock

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