
Dr. Alexandre de Melo Kawassaki
Pneumologia
Biografia
Dr. Alexandre de Melo Kawassaki é graduado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), fez residência em Clínica Médica e Pneumologia pela Universidade de São Paulo (SP), é doutorado em Pneumologia (2010 a 2014) e especializado em Medicina Intensiva (2011 a 2013) pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP). Seu foco de atuação é a Pneumologia geral, com com ênfase no tratamento em doenças pulmonares intersticiais, doenças pulmonares em pacientes com câncer e pacientes com quadros respiratórios graves e educação da Pneumologia para residentes.
Artigos
Gargarejo para garganta inflamada – Água morna e sal
O gargarejo é um dos métodos utilizados para lidar com a garganta inflamada. Além dos medicamentos específicos para a inflamação local, há compostos caseiros destinados ao gargarejo. Simples e eficazes, eles são ótimas alternativas para complementar o tratamento e aliviar o incômodo. Causas da garganta inflamada Vários fatores podem irritar a garganta: Agentes químicos; Alergênicos (poeira, pólen, ácaros); Infecções diversas (vírus, bactérias e fungos); Refluxo gastroesofágico. O tratamento da afecção é feito a partir do seu agente causador. Porém, além dos medicamentos indicados pelo especialista, métodos caseiros podem ser aliados no alívio da dor e desconforto. Gargarejo para dor de garganta “Em geral, o gargarejo é considerado uma boa ideia contra a garganta inflamada, principalmente porque muitas vezes se nota alívio da dor após o gargarejo”, avalia o pneumologista Alexandre Kawassaki. Gargarejo com água morna e sal Recomenda-se que os gargarejos sejam feitos utilizando-se água morna com sal porque possui ação bactericida, antimicrobiana e desinfectante, ajudando a eliminar os microrganismos. Enquanto os sintomas persistirem, é recomendado que sejam feitos, ao menos, dois gargarejos por dia. Como fazer gargarejo com água morna e sal? Aqueça levemente 100ml de água; Despeje em um copo e acrescente uma pitada de sal; Faça o gargarejo por 30 segundos; Repita o processo até finalizar a quantidade de água aquecida. Outras opções recomendadas são gargarejo com água oxigenada, bicarbonato de sódio, vinagre, camomila ou arnica. Essas substâncias possuem ação semelhante à da água morna com sal. “Vinagre e sal ajudam a aliviar a dor e inflamação; alguns medicamentos específicos podem”, indica o médico. Quando há pus na garganta, fica mais difícil fazer o gargarejo e por isso os antibióticos passam a ser mais aconselhados. Para uma recuperação eficaz é recomendado repouso, descanso e boa alimentação.
Saiba como tirar catarro preso da garganta: Sintomas, causas e dicas
O catarro preso na garganta é um incômodo comum à maioria das pessoas e que pode se originar de diversas causas. O problema também conta com várias soluções. De acordo com o pneumologista Alexandre Kawassaki, há duas manobras principais para eliminar esse catarro preso: a tosse e a limpeza da garganta. Saiba mais sobre como tirar o catarro da garganta. Como tirar catarro da garganta? A eliminação do catarro na garganta pode ser feita de diferentes maneiras. Listamos abaixo, algumas soluções para te ajudar a alivar o pigarro na garganta. 1. Gargarejo para tirar catarro da garganta: O gargarejo com um copo de água de 100 ml morna e meia colher de chá de sal, ajuda a diluir o muco devido a ação do sal, dessa forma, facilita a eliminação do muco. Convém lembrar que a água com sal também desempenha a finalidade de antisséptico . Por último, a água morna auxilia na dilatação das artérias, aumentando assim a circulação sanguínea e consequentemente mais células de defesas chegarão até o local. 2. Chá de Gengibre e Mel: O chá de gengibre e mel é uma ótima opção para aliviar sintomas de resfriados, gripes, problemas respiratórios e catarro na garganta. Misture o pó de gengibre com uma colher de sopa de mel e água morna. Nesse caso além da água morna, temos também o gengibre e mel que possuem propriedades antibacterianas e antioxidantes, auxiliando a combater alguma possível infecção que pode ser a causadora do muco na garganta. 3. Lavagem nasal como realizar? A especialista Dra.Vanessa Hartmann recomenda que lavagem nasal que seja realizada com soro fisiológico 0,9%. Para isso, pode se recorrer ao auxílio de seringas (sem agulha), colocando o soro fisiológico diretamente nas narinas, ou de dispositivos que possuem conta-gotas e sprays. “Alguns dispositivos disponíveis no mercado hoje em dia possibilitam a aplicação de jato contínuo e até mesmo aplicação 360º, o que facilita o procedimento com o soro fisiológico”. A doutora, ainda aponta que para aqueles indivíduos que possuam os sintomas de rinite alérgica, podem necessitar, além de uma higiene nasal frequente, o uso de sprays diretamente no nariz para reduzir a inflamação. Além disso: “O controle ambiental também é fundamental, evitando tapetes, carpetes, cortinas e mantendo a casa limpa, arejada e ventilada”. Perigos e causas do catarro preso na garganta De acordo com o pneumologista, o catarro preso na garganta, em geral, não é perigoso, pois, na maioria das vezes, essa secreção não é produzida na garganta. “Ela é formada em outra parte do corpo e acumula naquela região”. Pode haver perigo se, ao fazer a solução de água e sal para diluir o muco, você acabar engolindo a mistura. Isso causa desidratação. Deve-se apenas fazer o gargarejo e depois cuspir. A principal questão quando há o catarro preso na garganta, segundo o médico, é a definição das doenças que o causam, pois é a partir dela que se consegue fazer o tratamento. “Os dois principais diagnósticos são: doença do refluxo gastroesofágico e síndrome do gotejamento pós-nasal, representada por rinites e sinusites crônicas”.
Engolir catarro faz mal? A gripe ou resfriado pode piorar?
Quando um indivíduo está com gripe ou resfriado seu organismo fabrica muco, substância popularmente conhecida como catarro. Como o muco transita pelas vias respiratórias, engoli-lo acaba sendo normal, até porque nem sempre as circunstâncias permitem às pessoas expeli-lo. Mas será que há algum problema nisso? “Não há problemas em engolir catarro. Na verdade, fazemos isso grande parte das vezes, apenas não notamos. Essa secreção é completamente destruída no estômago e no intestino. Portanto, tal prática não deverá piorar quadros de gripe ou o resfriado”, afirma o pneumologista Alexandre Kawassaki. Importância de colocar o catarro para fora Os seres humanos ingerem muco o tempo todo, mesmo que em quantidades pequenas, pois a secreção desce pela garganta por meio da ação da gravidade ou dos cílios (espécie de filtros) existentes na mucosa nasal. Contudo, engoli-lo em excesso não é recomendado, pois assim ele irá demorar mais a sair do corpo. Apesar de não ver problemas em engolir o catarro, o médico explica que é importante expeli-lo. “É essencial expelir a secreção das vias aéreas, mas não há problemas em engoli-las. O acúmulo de secreção pode causar sibilância (chiadeira), falta de ar e até predispor infecções mais graves, como pneumonia”. Características do catarro O muco é composto por água, proteínas e restos celulares produzidos pelo revestimento respiratório que protege o corpo do ataque de microrganismos. Ele está sempre circulando pelo organismo e se renovando, mesmo quando a pessoa não está doente. Quando o catarro é notado e permanece assim por mais de uma semana, ele geralmente será eliminado apenas após a ação de antibióticos receitados por médicos. Foto: Shutterstock
Nariz entupido: Quais são as principais causas para o problema?
Todas as pessoas eventualmente ficam com o nariz entupido, umas com mais frequência, outras com menos. O problema pode ser causado por diversas causas, então para eliminá-lo efetivamente, deve-se tratar o quadro específico que o provoca. Para aliviar o incômodo, há alguns métodos padrão relativamente simples. “As principais causas para que o nariz fique entupido são infecções respiratórias de vias aéreas superiores (resfriados e gripes), rinites alérgicas e uso abusivo de descongestionantes nasais, este último responsável por um quadro chamado de rinite medicamentosa”, explica o pneumologista Alexandre Kawassaki. Nariz entupido pode ser perigoso se indicar problemas mais graves Segundo o médico, o nariz entupido em si não prolonga um resfriado, mas ele pode predispor ao desenvolvimento de sinusite. “Esta, por sua vez, caracteriza-se por maior produção de secreção, que pode escorrer pela garganta até os pulmões, causando pneumonia”. Portanto, o risco de desenvolver quadros mais graves é outro motivador para descongestionar o nariz, além, é claro, do incômodo. A congestão nasal é, em geral, algo normal, apenas um aborrecimento, mas deve ser investigada com mais cuidado caso indique problemas mais sérios. Se o sintoma permanecer por mais de dez dias e gerar febre alta por mais de três dias, se houver sangue na secreção nasal e dor no rosto, ou se a congestão estiver dificultando muito a respiração, deve-se procurar um médico. Como tratar o nariz entupido? A maneira ideal de desentupir o nariz, conforme Alexandre, é por meio da limpeza com soro fisiológico. “Há diversas formas de administrá-lo: com ampolas, sprays, conta-gotas, puffs e potes especiais (pote neti, usado na medicina indiana). Eu não recomendo o uso de descongestionantes nasais com medicamentos vasoconstritores, pois seu uso abusivo provoca a indução de rinites medicamentosas”, enfatiza. Foto: Shutterstock
O muco gerado em uma gripe pode chegar aos pulmões?
Uma das consequências da gripe é a produção nas vias aéreas do muco, substância que faz a função de filtro, impedindo a entrada de partículas indesejadas no organismo. Esse muco, popularmente conhecido como catarro, pode chegar aos pulmões, provocando riscos. Segundo o pneumologista Alexandre Kawassaki, o principal deles é o desenvolvimento de pneumonia. Dicas para evitar que o excesso de muco vá para os pulmões “O muco gerado nas vias aéreas superiores (nariz e garganta) pode escorrer pela parte posterior da garganta, entrar na traqueia e chegar até os pulmões. Em casos mais intensos, o muco da gripe pode ser produzido na região dos brônquios, que já são as vias aéreas dentro dos pulmões”, explica. Para evitar o excesso de muco nos pulmões, o médico aconselha ingerir bastante líquido para fluidificar o muco; fazer lavagem nasal nos casos de rinite e sinusite; fazer inalação com soro fisiológico quando se nota excesso de muco nas vias respiratórias; e evitar medicações que reduzam o reflexo da tosse quando esta é produtiva (com presença de muco). Tosse é aliada no combate ao acúmulo de muco “É importante ter em mente que a tosse é um mecanismo de defesa do nosso sistema respiratório que previne o acúmulo de secreção, então não deve ser inibida. Isso pode ser feito apenas em casos específicos”, recomenda Kawassaki. Apesar da tosse ser a principal forma para expulsar e impedir que o muco se concentre nos pulmões, há um outro mecanismo, menos conhecido, que também ajuda nesse sentido. Trata-se do movimento ciliar. “Nas células do nosso sistema respiratório há cílios microscópicos que empurram o muco até a garganta, onde ele é engolido”, explica o médico. A tosse contribui, portanto, para que o muco não se acumule e vá parar nos pulmões. Por isso, o ideal é eliminar o excesso de secreção com as medidas já citadas (lavagem nasal, ingerir bastante líquido, etc.). Foto: Shutterstock
O excesso de tosse pode causar lesões na garganta?
A garganta eventualmente sofre lesões, o que se deve a fatores diversos, tais como forçar demais a voz ou engolir um objeto que a corte por dentro. O excesso de tosse também pode contribuir nesse sentido. Contudo, de acordo com o pneumologista Alexandre Kawassaki, a ocorrência dessas lesões pela tosse constante é incomum. “Durante a tosse fazemos um grande esforço no tórax, de forma que o ar sai sob alta pressão dos pulmões. Caso haja uma mucosa mais fragilizada na garganta, esse ar passando em alta velocidade pode causar pequenas escoriações e sangramentos”. Mesmo que isso não ocorra com tanta frequência, é possível, então deve-se ter cuidado. Tosse não causa lesões graves na garganta Ainda segundo o pneumologista, a tosse por si só não é capaz de causar lesões mais sérias ou até irreparáveis à garganta. Entretanto, a causa da tosse pode sim causar uma lesão grave. “Como exemplos podemos citar os tumores de garganta, tuberculose laríngea, abscessos, dentre outros tantos”. Amenizando as lesões na garganta O médico explica que a tosse é um mecanismo de defesa do organismo e, em geral, não deve ser inibida, especialmente quando é produtiva (com presença de muco). Todavia, nos casos em que a tosse causa lesões à garganta, o uso de remédios passa a ser uma alternativa. “Quando a tosse é seca e irritativa os antitussígenos podem ser utilizados”. Para que essas lesões sejam aliviadas e a integridade da garganta se mantenha preservada, o especialista aconselha ao paciente adotar uma medida bem simples em sua rotina. “Deve-se manter a garganta sempre hidratada. Para evitar ressecamentos, orienta-se beber bastante líquido e usar pastilhas”. Foto: Shutterstock