search
Avatar Dr. Alexandre Brandão Sé

Dr. Alexandre Brandão Sé

Ginecologia e Obstetrícia

15796/DF

Biografia

Dr. Alexandre Brandão Sé é formado em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB) e fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Universitário de Brasília. Após esse período de formação, se mudou para São Paulo, onde fez residência em Uroginecologia e Cirurgia Vaginal na Escola Paulista de Medicina (Unifesp), onde também defendeu mestrado, tornando-se mestre em Ciências Médicas pela EPM. Fez também especialização em Endoscopia Ginecológica no Iamspe. Após esse período, retornou para Brasília e se tornou professor de Ginecologia na UnB. Os estudos continuaram ao se tornar fellow em cirurgia laparoscópica e minimamente invasiva no Instituto Crispi de Cirurgias Minimamente Invasivas. Em 2017, se tornou docente de Medicina na Escola Superior de Ciências da Saúde e professor da pós-graduação de Fisioterapia no curso de Fisioterapia da Mulher e Assoalho Pélvico no UniCeub, em Brasília. Atualmente, é membro do curso de cirurgião pélvico pleno do Instituto Crispi e participa de projetos de pesquisa sobre endometriose.

Artigos

O DIU hormonal é uma opção de tratamento para endometriose?

Conviver com endometriose faz parte da rotina de muitas mulheres. A inflamação do tecido endometrial, que causa a doença, pode causar dor intensa e até mesmo incapacitar a mulher e demanda tratamento médico, que pode ser prescrito de acordo com a necessidade de cada paciente. Uma das opções é o DIU hormonal (ou DIU Mirena). Para entender melhor a relação entre esse contraceptivo e outros tratamentos para endometriose, conversamos com o ginecologista Alexandre Brandão. Confira! Sintomas de endometriose: o DIU de Mirena pode ajudar Primeiramente, é preciso entender o que é endometriose e se esse é o real diagnóstico, já que muitos de seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças. “Para se ter uma ideia, todo mês o endométrio recebe um estímulo hormonal do ciclo da paciente. Em uma gravidez, o embrião se implanta dentro dele. Não havendo feto, o endométrio que foi se desenvolvendo com a ovulação dia a dia, descama”, esclarece o especialista, que continua: “A endometriose nada mais é do que o desenvolvimento do endométrio fora do local dele, que é na cavidade uterina”. Dado o diagnóstico, o ginecologista deve avaliar o melhor tratamento para endometriose. Dr. Brandão aponta que há dois tipos de terapia para a doença: o clínico e o cirúrgico: “O tratamento clínico pode ser feito com uso de medicação hormonal e medicamentos analgésicos. Tratando-se de prescrição hormonal, no entanto, o DIU é considerado uma opção”. Mas como isso acontece? O médico explica: “O DIU hormonal libera progesterona continuamente dentro do útero, inibindo os hormônios e o ciclo normal da mulher e, consequentemente, o desenvolvimento do endométrio. A progesterona bloqueia o desenvolvimento desse tecido e impede que ele se alastre”. Como é um contraceptivo, é natural que mulheres fiquem na dúvida entre DIU de cobre ou hormonal. Contudo, caso a paciente tenha endometriose, o ginecologista faz um alerta: “Existem vários DIUs sem hormônio, como o de cobre ou de prata. O DIU não-hormonal pode causar aumento do sangramento e das cólicas menstruais, piorando os sintomas da doença. No caso de tratamento da endometriose, o mais indicado continua sendo o Mirena”.   Endometriose tem cura? Conheça outros tratamentos Apesar de ser um tratamento eficaz, o DIU hormonal nem sempre é a saída para a doença. “Não são todas as pacientes que podem e têm indicação para usar esse tipo de DIU, porque se houver lesões muito grandes ou fora do útero (endometriose profunda) podem não ter o controle com o Mirena”, afirma Dr. Brandão. Nesse caso, o ginecologista pode apontar a cirurgia de endometriose. “A indicação para o tratamento cirúrgico é: falha no tratamento químico, comprometimento na função de algum órgão, sintomas urinários, dor na relação sexual persistente e infertilidade”, diz o médico. O ginecologista também destaca outras formas de tratamento: “Acupuntura, fisioterapia e atividades físicas, cuidados com a saúde do corpo e com a alimentação, mantendo uma dieta anti-inflamatória, além de cuidados com a saúde mental e do sono. Os cuidados com a saúde mental podem incluir meditação, yoga e psicoterapia”.  Foto: Shutterstock

Predisposição genética é um fator que favorece o surgimento de varizes?

A endometriose profunda é uma forma mais grave da doença e pode causar diversos problemas para a saúde da mulher, podendo, inclusive, comprometer a fertilidade. Mas, afinal, quem sofre com esta manifestação da endometriose pode engravidar? O ginecologista Alexandre Brandão Sé é quem tira todas as dúvidas sobre o que é endometriose profunda, sintomas e cuidados para quem tem essa doença e deseja engravidar. Confira!  Sintomas de endometriose profunda? Saiba como descobrir a doença     A endometriose profunda, na verdade, é toda e qualquer lesão que tenha tamanho maior do que 5 milímetros. Existe a endometriose ovariana, adenomiose (que é a endometriose no útero), mas é possível ter endometriose intestinal e em outros órgãos pélvicos”, afirma o médico. Ela difere, por exemplo, da endometriose superficial, que se localiza somente na região do peritônio (camada que recobre os tecidos do abdome) e que pode ser menor do que 5mm, de acordo com o ginecologista.  Entre os sintomas da endometriose, é possível elencar: dores pélvicas, inclusive durante a relação sexual, cólicas e fluxo menstrual intensos, diarreia e/ou prisão de ventre constantes, além da dificuldade para engravidar. O diagnóstico da endometriose, profunda ou não, exige obrigatoriamente um exame de imagem, mais especificamente, a ressonância magnética. É bom lembrar que somente o ginecologista poderá fechar esse diagnóstico e indicar o melhor tratamento.  Com tratamento adequado, gravidez é possível     A endometriose profunda prejudica a fertilidade da mulher, mas o ginecologista garante que é possível, sim, planejar uma gestação mesmo com a doença. “Em alguns casos, a paciente pode engravidar espontaneamente; em outros, é possível fazer um período de tratamento clínico e daí, engravidar espontaneamente. Algumas pacientes, no entanto, só vão engravidar depois de cirurgia e outras precisarão de fertilização ou fertilização seguida de cirurgia. Porém, em todos os casos, é possível engravidar”, explica Dr. Sé.  De acordo com o ginecologista, o tratamento da endometriose profunda é o mesmo aplicado para outras manifestações da doença: “O tratamento é clínico, feito a partir de, medicações analgésicas, alimentação, cuidados com a saúde do corpo (fisioterapia, acupuntura e atividade física) e cuidados com a saúde mental e do sono. Esse é o tratamento que todas as pacientes deveriam fazer”, diz o especialista.  Em outros casos, entretanto, há a alternativa da cirurgia de endometriose, mas deve ser indicada exclusivamente pelo ginecologista. “O tratamento cirúrgico está indicado na falha do tratamento clínico. Ele é indicado para pacientes que continuam com dor, sofrem com a infertilidade, ou que têm o comprometimento de algum órgão, como uma semiobstrução do intestino (endometriose profunda intestinal), uma lesão no ureter ou em algum outro órgão”, finaliza o médico. 

Uma mulher com endometriose pode engravidar? Saiba os riscos!

A presença do endométrio, tecido que reveste o útero internamente, em outras partes do corpo, como nos rins, nos ovários e na bexiga, caracteriza uma doença chamada de endometriose, comum em mulheres ainda na idade fértil. Uma das maiores preocupações de quem é diagnosticada com o problema é a dificuldade para engravidar, já que a doença pode tornar as pacientes inférteis. Endometriose reduz chances de uma mulher engravidar “Uma mulher com endometriose pode engravidar, mas as taxas de gravidez são menores que as habituais. A infertilidade causada pela endometriose está relacionada ao grau de acometimento da doença”, afirma o ginecologista e obstetra Alexandre Brandão Sé. Portanto, quanto antes a doença for detectada e tratada, maiores serão as chances de engravidar, dependendo do sucesso do tratamento. A endometriose provoca danos em várias partes do sistema reprodutor feminino que podem tornar a paciente infértil. A endometriose pélvica pode levar a aderências, retrações dos ligamentos uterinos e distorções anatômicas causando obstrução tubária impedindo assim a fertilização. Os problemas não acabam aí: lesões nos ovários podem interferir no processo de ovulação e na qualidade dos óvulos. O profissional lembra ainda que a adenomiose, doença semelhante à endometriose, que provoca o crescimento do endométrio no útero, também pode estar associada à infertilidade. Endometriose aumenta chances de parto prematuro e aborto De acordo com o especialista, as mulheres que conseguem engravidar devem ser acompanhadas de perto. Há maiores chances de aborto, parto prematuro, hemorragia pós-parto, gravidez ectópica (quando o embrião se desenvolve fora do útero) e placenta prévia, complicação na qual a placenta cobre parcialmente ou totalmente o colo do útero. Existe ainda o risco maior de diabetes gestacional, crescimento menor do feto, ruptura prematura da bolsa e de admissão do recém-nascido na UTI.   Esses riscos podem ser reduzidos com a detecção precoce da doença. “Pacientes com cólicas menstruais, sangramento menstrual muito elevado, dor na relação sexual ou dificuldades para engravidar devem suspeitar de endometriose”, destaca Brandão. Nestes casos, a mulher deve ser avaliada e, depois do diagnóstico correto, existe a possibilidade do tratamento com uso de medicação ou cirurgia. O objetivo de ambos é interromper a progressão do problema e impedir suas complicações. Foto: Shutterstock

Endometriose: analgésicos podem complementar o tratamento? Converse com seu médico!

A endometriose é uma doença marcada pela presença do tecido que protege o útero internamente, chamado de endométrio, em áreas em que não deveria aparecer, como na bexiga e no intestino. Ao receber o diagnóstico, é importante conversar com seu médico para avaliar como o tratamento pode ajudar a aliviar os sintomas. Analgésicos ajudam a reduzir dor pélvica causada pela endometriose Durante a consulta, o médico deve avaliar o histórico da paciente e seu quadro completo para indicar as melhores formas de tratamento. Nos quadros iniciais, a endometriose pode ser tratada com medicações hormonais. Os anticoncepcionais orais, progesterona oral, DIU de progesterona e análogos do hormônio liberador de gonadotrofina são frequentemente usados. Em muitos casos, esse tipo de tratamento ajuda a reduzir bastante a dor. “Porém, algumas pacientes persistem com os sintomas. Nesses casos, o uso de analgésicos e anti-inflamatórios é indicado”, afirma o ginecologista e obstetra Alexandre Brandão Sé. Algumas mulheres podem se beneficiar também de técnicas de relaxamento, massagem e acupuntura. Endometriose pode ser tratada com cirurgias Quando o tratamento medicamentoso não tem o efeito esperado, é possível recorrer a intervenções cirúrgicas. “As técnicas cirúrgicas são variadas, como laparotomia, videolaparoscopia ou cirurgia robótica, e sempre serão adaptadas às possibilidades dos locais onde ocorrerão os procedimentos e também das equipes que farão as cirurgias”, explica o ginecologista e obstetra Maurício Mieli. O procedimento visa retirar todas as lesões e, em alguns casos, até mesmo partes dos órgãos afetados. O controle dos sintomas, no entanto, pode ser um problema nos casos em que o diagnóstico é feito tardiamente. “Muitas pacientes demoram anos com dor antes de confirmar seu diagnóstico. Quando o diagnóstico é confirmado, a doença já evoluiu bastante e, por isso, necessitam de um tratamento cirúrgico para a ressecção de doença acometendo outros órgãos”, conclui Brandão.   Foto: Shutterstock

É possível diferenciar uma cólica normal do período menstrual de um sintoma da endometriose?

Um dos principais sintomas da endometriose é a cólica intensa, que pode ser confundida com a dor comum ao período da menstruação. Por mais que as sensações em ambos os casos sejam parecidas, elas não são exatamente iguais. É possível diferenciá-las de acordo com algumas especificidades sutis.   Diferença entre cólica normal e de endometriose   “Sim, é possível diferenciar essas duas cólicas, por meio dos sintomas referidos pela paciente. Quando ela apresenta cólicas que incapacitam suas atividades habituais e também alterações do hábito intestinal e urinário durante o período menstrual, tudo aponta mais para um quadro de endometriose”, explica a ginecologista Jordanna Sant’Anna. Por outro lado, a dor da cólica menstrual é mais leve, alivia com medicações mais simples e quase sempre não está associada a outros sintomas. “Mesmo sabendo dessas especificidades, é sempre bom a paciente se consultar com seu ginecologista para tirar qualquer dúvida e ter o diagnóstico e tratamento adequados”, orienta o ginecologista Alexandre Brandão.   Outros sintomas da endometriose e tratamento   Além da cólica, outros sintomas importantes compõem o quadro de endometriose. “A paciente pode sofrer ainda com infertilidade; dores intensas durante as relações sexuais, dor pélvica crônica e alterações urinárias e intestinais associadas”, completa Alexandre. No caso de diagnóstico de endometriose, a paciente deve iniciar logo, junto ao médico especialista, o tratamento adequado, o qual se baseia em diversas medidas. É recomendado o uso de medicamentos para controlar a dor e a progressão da doença, mas também podem ser necessárias medidas mais sérias, como cirurgia, dependendo da gravidade do quadro.       Dra. Jordanna Sant’Anna Diniz e Moura é ginecologista e obstetra formada em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). CRM-DF: 20813 Foto: Shutterstock

Endometriose: gravidez pode ser de risco para quem tem a doença?

A endometriose é uma doença que atinge o sistema reprodutor feminino e que pode causar cólica intensa, fluxo menstrual irregular e dores durante ou após a relação sexual. Uma das dúvidas mais frequentes a respeito desse problema de saúde é se a endometriose na gravidez pode representar uma gestação de risco, tanto para a mãe quanto para o bebê. Mas, afinal, essa dúvida é mito ou realidade? Quem responde essa e outras perguntas é o ginecologista Alexandre Brandão. Confira!  Endometriose: gravidez não tem riscos maiores por causa da doença   De acordo com Dr. Brandão, pessoas que sofrem com a endometriose podem encontrar alguns obstáculos se quiserem engravidar. “A endometriose pode dificultar a gravidez, por diversos fatores. Os principais são: a inflamação no útero, que dificulta a implantação do embrião; obstrução nas trompas por aderências; inflamação dos ovários (que prejudica a qualidade dos óvulos) e cistos de endometriose nos ovários também podem dificultar a ovulação. Ela age de diversas maneiras, dificultando não só a ovulação mas também a fecundação”, comenta o ginecologista.  Entretanto, quando a paciente já está gestante, a doença raramente causa problemas, como esclarece o médico: “Os riscos de parto prematuro, pré-eclâmpsia e outras intercorrências são muito pequenos. A paciente que tem endometriose e engravida tende a ter uma gestação normal. O risco de aborto é minimamente aumentado em alguns casos, mas em outros não. Geralmente, a gestação é semelhante às outras. Há riscos que podem ser aumentados, como a rotura de cisto ou de endometriomas durante a gravidez, mas são casos extremamente raros”.  Março Amarelo: como se conscientizar sobre a endometriose   O mito de que a endometriose desenvolve uma gestação de risco faz parte de uma série de afirmações equivocadas causadas por um só motivo: a desinformação. Por isso, é muito importante saber exatamente o que é endometriose. O ginecologista esclarece: “É uma doença inflamatória e hormônio-dependente. Na endometriose, o que ocorre é que o tecido do endométrio, que fica dentro do útero e sai durante a menstruação, está fora da cavidade uterina, cresce, se desenvolve, mas não é liberado na menstruação e isso gera um processo inflamatório muito grande”.  Março foi o mês escolhido para a conscientização sobre a endometriose e seus desdobramentos. Neste Março Amarelo, é muito importante relembrar que mulheres que estão em gravidez com endometriose podem ter uma gestação saudável, desde que sigam cuidados básicos, como recomenda Dr. Brandão: “Iniciar o pré-natal o mais cedo possível, conversar com o obstetra sobre a doença e fazer um acompanhamento de rotina. Não existem exames a mais a serem feitos, apenas um acompanhamento adequado, seguindo as orientações para gestantes em geral”. 

Converse com um dos nossos atendentes