
Ana Paula Moura
Nutrição
CRN: 95100221
Biografia
Ana Paula Moura é nutricionista clínica graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Também atua como fitoterapeuta e Coach em emagrecimento e qualidade de vida. É formada pela Academia de Coaching e Nutrição e especialista em Fitoterapia e Terapia Nutricional Enteral e Parenteral. Atende no Rio de Janeiro. CRN: 95100221
Artigos
Dieta low carb: Nutricionista explica como funciona famosa restrição alimentar
Hoje em dia não faltam opções de dietas, sendo que das diversas existentes cada uma é preparada com objetivos específicos para cada pessoa. Uma das mais famosas atualmente, apesar de existir há décadas, é a low carb. O termo em inglês quer dizer, em tradução livre, baixa quantidade de carboidratos, o que representa uma estratégia bem eficiente em termos de emagrecimento. Baixo consumo de carboidratos e maior consumo de proteína e gorduras “Em um plano alimentar convencional a quantidade de carboidrato varia de 40 a 50% dos nutrientes ingeridos. Na low carb esta quantidade fica, na maioria das vezes, abaixo dos 20%”, explica a nutricionista Ana Paula Moura. Segundo a profissional, o fato da baixa ingestão de carboidratos (somada ao aumento nos consumos de proteína e gorduras) ser tão eficaz na perda de peso ainda é controverso. “Destacaria como o principal motivo, a mobilização de gordura como fonte de energia na forma de corpos cetônicos que irão substituir a glicose obtida através dos carboidratos. O resultado é a utilização das reservas de gordura do organismo, que agora passam a servir como combustível para o metabolismo e produção de energia para o corpo”, analisa. Dieta low carb promove controle de insulina e aumento do bom colesterol Ana Paula destaca outros benefícios da dieta low carb, fora a perda de peso em si, como o controle de insulina e da glicose sanguínea, diminuição do triglicerídeo sanguíneo e da gordura visceral (aquela que fica na cavidade abdominal e é responsável pelo risco de eventos cardíacos e síndrome metabólica), além do aumento do HDL, também conhecido como bom colesterol. Como a low carb permite o consumo de gorduras na alimentação mais do que o normal, faz sentido pensar que ela possa representar algum tipo de risco à saúde. Conforme informou a nutricionista, isso só acontece se a dieta for mal orientada. “O plano alimentar LC prioriza gorduras de boa qualidade, por isso a necessidade de um nutricionista nesta orientação”.
Quantidade de calorias consumidas não determina emagrecimento ou ganho de peso
Se você quer emagrecer, não basta ficar apenas de olho no valor calórico dos alimentos. Para perder alguns quilinhos, a vigilância, que deve ser sempre orientada por um nutricionista, vai muito além disso. E você vai saber agora com a ajuda da nutricionista Ana Paula Moura. Para emagrecer, a solução não se restringe a simplesmente olhar o rótulo de alguns produtos e fazer uma simples contagem de calorias. É necessária uma dieta balanceada, para se alimentar de forma saudável, e dar uma atenção especial às atividades físicas, para acelerar o metabolismo. Uma nutricionista e um educador físico devem ser procurados. Isso explica o fato de muitas pessoas reduzirem as calorias consumidas diariamente, simplesmente “fechando a boca”, e não verem um resultado satisfatório ao subir na balança: “O jejum prolongado pode, em alguns casos, manter a pessoa em um peso fixo, pois este jejum desregula uma cascata de hormônios, que no fim do processo não permite o emagrecimento. E ainda pior, mantém a obesidade ou faz essa pessoa aumentar de peso, com uma maior procura por alimentos, devido aos hormônios alterados”, explica Ana Paula. Alimentos naturais ajudam a emagrecer Segundo estudos científicos, um dos melhores caminhos para o emagrecimento saudável é a ingestão de alimentos naturais. Além disso, é preciso abandonar os produtos processados e industrializados que existem no mercado: “O consumo de produtos industrializados nos faz ingerir várias substâncias perigosas chamadas de xenobióticos, definidos como compostos químicos estranhos ao organismo humano, que podem ser enquadrados em diversas categorias como, por exemplo, pesticidas agrícolas, inseticidas, plásticos, produtos de limpeza e fármacos, entre outros, levando, a curto ou longo prazo, a doenças graves”, alerta a nutricionista, que também orienta a fugir dos alimentos com “calorias varias”, que são muito calóricos e não fornecem nenhum nutriente, como refrigerante e açúcar branco. Desta forma, produtos naturais e frescos são sempre indicados. “Devemos inserir no dia a dia alimentos ricos em fibra, como os produtos integrais: pães, biscoitos, arroz e massas. A ingestão de água também é essencial, pois ela regula todos os processos fisiológicos do corpo e, juntamente com a fibra, faz o indivíduo ter um funcionamento intestinal adequado, indica a profissional.
Qual é a diferença entre um nutricionista e um nutrólogo?
Quando se fala de tratamento baseado em práticas alimentares saudáveis, a primeira coisa que vem na cabeça é um nutricionista, certo? No entanto, ele não é o único profissional ligado a esta área específica. Há também o nutrólogo, que, apesar de ter especialização similar à do nutricionista, possui características próprias. Nutricionista e nutrólogo possuem formação e competências distintas Para início de conversa, ambos diferem entre si quanto à formação. “O nutricionista é graduado em Nutrição, em curso de nível superior, com 5 anos de duração. Após, pode se especializar em algumas áreas específicas (clínica, esportiva, funcional, etc.) em pós-graduação e/ou residência. O nutrólogo é graduado em Medicina, com 6 anos de duração e posteriormente se especializa em nutrição em curso de residência ou pós-graduação”, pontua a nutricionista Ana Paula Moura. Além disso, cada uma das ocupações dispõe de competências diferentes. “O nutrólogo é indicado para tratar sintomas, diagnosticar e orientar sobre as doenças nutricionais. Correlaciona o diagnóstico da patologia nutricional com outras áreas da medicina, como gastroenterologia, oncologia, etc., sendo também habilitado para prescrição de medicamentos, se for preciso”, explica. “Já o nutricionista define o diagnóstico nutricional com base em evidências clínicas, antropométricas e alimentares”. Nutricionistas são mais indicados nos casos de pacientes que buscam apenas emagrecer Por serem profissões bem semelhantes, que atuam na área de nutrição, porém com enfoques diferentes, nutrólogo e nutricionista muitas vezes se complementam. Esta relação saudável só tende a beneficiar quem mais precisa: o paciente. “Como o nutricionista tem a função de prescrever o plano alimentar individualizado e detectar doenças nutricionais que precisam de terapias medicamentosas e diagnósticos clínicos, pode indicar um nutrólogo para fazer isso”, exemplifica Ana Paula. Apesar de ambos os profissionais terem plenas condições de trabalhar nas mais diversas frentes da nutrição, o nutricionista larga na frente quando o assunto é emagrecimento. “Este profissional está totalmente preparado para realizar o diagnóstico nutricional e prescrever o plano alimentar individualizado para quem deseja emagrecer. Caso precise de um diagnóstico clínico mais detalhado, aí sim deve encaminhar o paciente a um nutrólogo ou cardiologista, gastroenterologista, etc.”, completa a nutricionista. Foto: Shutterstock
Emagrecimento: quais são as alternativas para o pão francês no café da manhã?
Apesar de ser, tradicionalmente, um dos principais símbolos do café da manhã, o pão francês não é uma opção muito interessante para aqueles que desejam emagrecer, tendo em vista o seu alto valor calórico. Por isso, é interessante encontrar alternativas para substituir esse tentador item da refeição tida como a mais importante do dia ou, ao menos, diminuir o seu consumo. Opções para substituir o pão francês no café da manhã “Podemos substituir o pão francês por pães 100% integrais, preparações com ovos e farinhas com fibra (aveia, chia, linhaça), além de raízes cozidas, como inhame, batata doce, batata baroa e aipim”, indica a nutricionista Ana Paula Moura. O consumo de frutas pela manhã, somado às opções antes mencionadas, eleva ainda mais a qualidade nutricional da refeição. Receita de panquequinha A profissional também indica uma receita de panquequinha de aveia, banana e queijo como bom substituto para o pão francês no café da manhã. Os ingredientes são: 2 ovos; 1 colher de sopa cheia de aveia; 1 colher de chá de chia; 1 banana picada em rodelas; e 1 colher de sopa de queijo cottage ou ricota. “Deve-se misturar os ovos e acrescentar todos os outros ingredientes, levar a frigideira com 1 colher de chá de manteiga, dourar em fogo médio os dois lados, retirar da frigideira e consumir”, explica Ana Paula. Malefícios do pão francês para o emagrecimento Segundo a especialista, essas alternativas oferecem benefícios que não são encontrados no pão francês, como uma maior quantidade de fibra. “Além disso, são ofertados carboidratos complexos, que controlam a glicemia, e ainda nutrientes (vitaminas e minerais), todos essenciais para regular as reações químicas necessárias para a perda de peso”, destaca. A falta de fibras aumenta o índice glicêmico do pão francês, o que faz a glicose sanguínea subir rapidamente (a insulina também, consequentemente), o que prejudica o emagrecimento. “A insulina possui várias funções e uma delas é promover a formação de tecido adiposo. Assim, a hiperinsulinemia não é bem-vinda no tratamento da perda de peso. Outro problema do pão francês é que a maioria das pessoas não consegue comer apenas um”. Foto: Shutterstock
Deficiência de zinco: quais são os riscos para a saúde das pessoas?
O zinco é um micronutriente essencial ao corpo humano, pois participa de funções vitais no organismo. Como o corpo não armazena nem produz este mineral, é preciso que haja uma ingestão diária bem equilibrada para evitar tanto a deficiência quanto o excesso da substância. A falta de zinco resulta em sintomas variados, alguns graves e outros não tanto. Riscos da carência de zinco “O principal sintoma da deficiência de zinco relatado nos estudos é o comprometimento da imunidade. O indivíduo fica mais vulnerável a doenças como viroses e resfriados quando lhe falta zinco”, afirma a nutricionista Ana Paula Moura. Ela comenta que alguns grupos da sociedade precisam de mais atenção quanto à ingestão de zinco, tais como os vegetarianos, crianças, gestantes e idosos. Ainda segundo a especialista, a falta de zinco vai muito além da imunidade. “A pessoa com carência de zinco pode apresentar diarreia crônica, queda de cabelo, unhas fracas, paladar alterado, distúrbios de crescimento, infertilidade, dificuldade na cicatrização de feridas e distúrbios neurológicos”, aponta. Benefícios do zinco e principais fontes Além de evitar todos esses riscos, a ingestão correta de zinco contribui para uma série de outros benefícios, tais como: ganho de massa magra; funcionamento correto da tireoide; regulação da insulina; prevenção do ganho de peso; aumento da libido; melhora na concentração e na memória; e prevenção do câncer, pois é um nutriente essencial na produção de células saudáveis. As principais fontes de zinco são os alimentos de origem animal, como carne de boi, frango, peixes, ostras e camarão. Grãos integrais também são opções (gemem de trigo, feijões, grão-de-bico, castanhas, amêndoas e semente de linhaça). “A suplementação do zinco só é necessária quando a ingestão não é satisfatória. Para suplementar com zinco uma criança, principalmente, deve-se fazer uma boa avaliação clínica e laboratorial, pois o excesso também é prejudicial”, recomenda Ana Paula. Foto: Shutterstock
Qual a relação da vitamina D com o cálcio na saúde dos ossos?
A associação entre vitamina D e cálcio é essencial para a saúde osteoarticular, pois um completa a função do outro. O cálcio é o principal mineral na composição dos ossos, mas sozinho ele não consegue desempenhar plenamente seu potencial. Cabe à vitamina D aumentar a absorção do cálcio pelo organismo e, por isso, ambos devem estar sempre juntos. Segundo a nutricionista Ana Paula Moura, a vitamina D também pode depender do cálcio, em alguns processos metabólicos. “Para a manutenção da saúde óssea, um nutriente depende da presença do outro. A deficiência de um ou do outro será responsável por doenças como osteopenia e osteoporose”, afirma. Principais fontes de vitamina D e cálcio A vitamina D deve ser obtida por meio da exposição solar, que é a principal fonte do nutriente, enquanto o cálcio pode ser obtido em alimentos (leite e derivados, espinafre, brócolis, castanha do Pará, dentre outros). A alimentação também é importante no caso da vitamina, com destaque para alimentos como: peixes, frutos do mar, ovo, leite, queijo, cogumelos, fígado e outras carnes. Vale destacar, no entanto, que a absorção de vitamina D pela alimentação representa uma parcela minoritária das necessidades diárias do nutriente. Em função disso, por mais que essas fontes pareçam ser suficientes tanto no caso da vitamina D quanto do cálcio, é possível que, em alguns casos, os níveis adequados dos nutrientes não sejam atingidos pela alimentação e pela exposição solar, no caso da vitamina D. Sendo assim, suplementos de ambos os nutrientes podem ser recomendados pelo médico, a fim de permitir que o paciente alcance as doses diárias recomendadas. Falta de vitamina D e cálcio pode gerar problemas que vão além da saúde óssea Segundo a especialista, a falta da associação entre vitamina D e cálcio pode trazer prejuízos não somente para a parte óssea, mas com repercussões negativas na saúde do organismo como um todo. “A falta da vitamina D prejudica outros processos metabólicos que o cálcio participa, como: regulação da pressão arterial, processo de coagulação sanguínea, saúde cardíaca e contração muscular”, completa Dra. Ana Paula. Foto: Shutterstock