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    Estourar plástico bolha sem controle pode ser considerado TOC?

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    Estourar plástico bolha é um hábito que muitas pessoas desenvolvem pelo seu efeito calmante e até mesmo prazeroso e é bastante descrito como algo viciante. A ação em si não pode ser considerada TOC, pois não é necessariamente uma compulsão. Para que um determinado comportamento possa estar associado ao transtorno, ele precisa ser identificado como uma compulsão, ou seja, atos ou pensamentos repetitivos feitos em resposta a uma obsessão.
    “Dentro do transtorno obsessivo-compulsivo temos o que chamamos de compulsões. Essas compulsões são definidas como comportamentos repetitivos ou atos mentais que um indivíduo se sente compelido a executar em resposta a um pensamento indesejado e recorrente, ou de acordo com regras que devem ser aplicadas rigidamente (obsessão)”, explica a psiquiatra Ana Cláudia Ducati.

    Estourar plástico bolha pode ser compulsão


    As compulsões têm por objetivo reduzir ou prevenir uma ansiedade, sofrimento, ou evitar de alguma maneira um evento ou situação temida. Esses comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão real com o que visam neutralizar ou evitar e podem se basear em crenças irreais ou exageradas.

    Todavia, a médica aponta que estourar plástico bolha sem controle poderia ser considerado um comportamento compulsivo, caso ocorra com a finalidade de aliviar um pensamento indesejado ou inadequado, ou mesmo com o objetivo de neutralizar ou evitar uma situação temida. “Por exemplo, se eu não estourar 100 bolhas do plástico meus pais vão morrer”.

    Principais tipos de TOC


    Dentre os principais sintomas do TOC, destacam-se as obsessões e compulsões relacionadas a contaminação, com rituais de limpeza e lavagem; dúvida, com rituais de checagem; simetria, com necessidade de organizar objetos; e pensamentos invasivos desagradáveis, com rituais para afastar esses pensamentos. “Para tratamento do TOC, o ideal é que seja feita uma combinação de farmacoterapia e psicoterapia. A escolha da linha é baseada na experiência do médico e aceitação do paciente”.

    Dra. Ana Claudia Ducati Dabronzo é psiquiatra geral e da infância e adolescência, formada pela Universidade de São Paulo (USP). CRM: 150.562
    Foto: Shutterstock

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