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    O tratamento para síndrome do pânico e agorafobia é semelhante?

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    síndrome do pânico e a agorafobia são dois exemplos de distúrbios de ansiedade que podem ser vistos em um mesmo paciente. De acordo com a psiquiatra Luciana Staut, a última versão do Manual Diagnóstico e Estatístico Para Transtornos Mentais separou os dois transtornos porque muitas pessoas tinham agorafobia, mas nunca sofreram ataques de pânico. Por outro lado, a agorafobia pode aparecer diante da piora do quadro de transtorno do pânico.

    Transtorno do pânico provoca dor e falta de ar durante crise


    A principal característica do transtorno do pânico são as
    crises de ansiedade súbitas e inesperadas que atingem seu pico em até 10 minutos. “Há sintomas físicos intensos, como tremores, sudorese, sensação de sufocamento ou asfixia, dor no peito e medo de perder o controle ou enlouquecer”, conta a médica. É bastante comum o paciente acreditar que corre o risco de morrer a qualquer instante.
    A pessoa que passa por esses ataques pode ter a sensação de que está sofrendo um ataque cardíaco ou um AVC e pede para ser levado ao atendimento médico com urgência. Com a evolução do quadro, o paciente passa a ter crises recorrentes e surge a preocupação excessiva de ter outras crises e de precisar lidar com suas consequências, além de alterações comportamentais significativas.

    Agorafobia pode levar ao isolamento social


    “A agorafobia é caracterizada pelo medo de crises de ansiedade por estar em locais públicos ou de difícil saída, onde o socorro médico possa ser dificultado em caso de sintomas semelhantes aos de um ataque de pânico, ou até mesmo em caso de um ataque em pacientes com o transtorno do pânico“, explica a profissional. O problema pode acontecer em lugares com muitas pessoas ou em filas, pontes e viagens de ônibus ou avião e faz com que o paciente passe a evitar essas situações.

    Tratamento da síndrome do pânico e da agorafobia são semelhantes


    Apesar da separação entre os diagnósticos, Luciana afirma que o tratamento da agorafobia e do transtorno do pânico são semelhantes e têm como objetivo não apenas
    diminuir as crises de ansiedade e os ataques de pânico, mas também reduzir o comportamento de esquiva e a ansiedade antecipatória que o paciente desenvolve no decorrer do quadro.
    “Com o tratamento não farmacológico, podemos focar em mudanças de hábitos, como reduzir a ingestão de substâncias estimulantes, como a nicotina e a cafeína, além da prática regular de atividades físicas”, diz a especialista. O acompanhamento psicoterápico também é fundamental e a terapia cognitivo-comportamental costuma ser a mais eficaz. Já o tratamento farmacológico é baseado principalmente nos medicamentos antidepressivos, mas outros também podem ser utilizados na hora de uma crise ou para potencializar o tratamento.
    Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso, membro da Sociedade Brasileira de Psiquiatria e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734
    Foto: Shutterstock

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