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    A solidariedade como aliada em tempos difíceis

    Segurança para o Paciente

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    Nossa sociedade está submetida à constantes acontecimentos de ordem natural que nos impõe uma importante reflexão. Tempos difíceis despontam com a chegada da pandemia do COVID-19.

    A filósofa Simone Weil apontou para uma sociedade que vive o esmorecimento da noção do coletivo, pois foi e continua sendo dominada pela tirania do excesso de consumo, da desigualdade social e pelos tempos vazios da produção acelerada. Esta retira do homem a possibilidade do vínculo, inibindo-o de ter uma existência ancorada numa participação comunitária.

    Este novo vírus que invadiu os noticiários, os assuntos entre os colegas e tem assombrado às famílias, nos obrigou ao isolamento por respeito e cuidado ao outro. Diante desta dura realidade que bate na porta, o senso coletivo precisou ser resgatado com urgência, em um momento de comunhão.

    Sabe-se que há muito o que se fazer para avançar na prática sobre o tema. Contudo, ficar em casa e seguir os protocolos básicos de higiene é por nós, mas também pelos demais. Estamos unidos em prol de um objetivo comum e em cooperação mútua. O que vemos é o nascimento de uma rede de solidariedade.

    Pessoas do mundo todo tem iniciado ações de apoio aos indivíduos mais vulneráveis, demonstrando ser uma bela oportunidade de fomentar as relações pela força do vínculo comunitário.

    Conheça abaixo atitudes de solidariedade em época de Coronavírus:

    Atendimento psicológico sem custo: Psicólogos tem fornecido atendimentos gratuitos para profissionais de saúde ou para pessoas em isolamento.

    Vizinhança solidária: Jovens tem se disponibilizado à ir ao mercado, farmácia ou passear com os animais de estimação das pessoas que se enquadram no grupo de risco, mantendo a segurança dos mesmos em época de isolamento.

    Distribuições de itens básicos: Temos grandes empresas realizando doação de sabonetes e álcool gel, por exemplo.

    Economia Solidária: Continuar pagando os salários dos prestadores de serviço, que em sua maioria são autônomos e recebem por hora/dia/semana, como diarista, personal, profissionais de saúde, professores, entre outros.

    Valorização dos produtores e comerciantes locais: Fomentar os micro e pequenos empresários é crucial.

    Música na sacada: China e Itália iniciaram o movimento aonde pessoas cantam ou tocam juntas nas janelas.

    Atividades na varanda: Uma mistura de bom humor e solidariedade, um instrutor no sul da Espanha deu uma aula coletiva para os vizinhos em quarentena

    Aplausos para as equipes de saúde: Gestos simbólicos de agradecimento para os profissionais que estão atuando na linha de frente no combate do COID-19

    Essas atitudes são alguns exemplos do que tem sido feito. Mas você sabia que diversos estudos nos mostram que fazer boas ações para os outros, também é um meio de adquirimos maior satisfação de vida?

    Praticar a bondade e manifestar gentileza, mesmo que nos pequenos gestos, é o casamento perfeito entre realização pessoal e o bem-estar social. Atos de generosidade é um contágio do bem!

    Como você pode colaborar neste momento de crise? Por que não se reunir em família e pensar em ações que vocês podem disseminar juntos? Coisas que parecem simples podem produzir um grande efeito na vida de alguém. Que tal colocar em prática umas das sugestões abaixo?

    – Encaminhe uma mensagem personalizada para quem você ama dizendo os motivos que leva a admirá-lo(a)

    – Escreva recados positivos com as crianças e distribua na caixa de correio do prédio

    – Pense em qual a sua habilidade e como você pode afetar pessoas positivamente as compartilhando

    – Prepare o prato preferido da pessoa que está em isolamento com você

    – Conhece algum profissional de saúde? Dê força a ele neste momento de risco.

    Todos juntos por uma contaminação de amor!

    Referências Bibliográficas

    Weil, S. (2001). O enraizamento. (M. L. Loureiro trad.). Bauru: EDUSC. (Trabalho original       publicado em 1949 em francês).

    Post, S. G. (2005). Altruism, Happiness, and Health: It’s Good to Be Good. International Journal of Behavioral Medicine, 12(2), 66-77

    Midlarsky, E. (1991). Helping as coping. Prosocial Behavior: Review of Personality and Social Psychology, 12, 238-264

    Lyubomirsky, S., King, L. & Diener, E. (2005). The Benefits of Frequent Positive Affect: Does Happiness Lead to Success? Psychological Bulletin, 131, 803-855

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